Por uma Outra Globalização

[pic 1]

Centro de Ciências da Saúde – CCS

Curso do BIS 2015.2

Aluno: Gleidson Cerqueira dos Santos Pereira

Data:18/06/16

                          CC: L.L.P.T.A

                          Docente: Adriano Oliveira

ATIVIDADE

Milton Santos, em seu primeiro capítulo da obra “Por uma outra globalização”,  exterioriza como o mundo é percebido pelo homem, segundo ele, de forma confusa, o que acarreta nessa busca constante por explicações sobre sua constituição e forma. A globalização do mundo torna tudo mais rápido, próximo e desigual, sendo a ultima das definições em alguns momentos, encobertado por uma parte da sociedade para que outra parte venha a crer que a desigualdade já teria sido extinta. Milton ainda pontua que o homem não admite o mundo tal qual sua percepção lhe apresenta, onde, a partir deste contexto sugere que o mundo é dividido em três partes:

“O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro o mundo como ele pode ser: uma outra globalização” (SANTOS, 2001, p.17)

A globalização como fábula discorre um mundo no qual a ideias já vêm prontas pra maior parte da sociedade, ideias de que as pessoas estão mais próximas, quando na verdade estão cada vez mais distantes, que há igualdade entre os povos, quando que estas estão cada vez mais desiguais. Milton Santos descreve a globalização como fábula como um mundo fantasioso que mascara as dificuldades, apresentando apenas as partes boas que coexistem no mundo.

A globalização como perversidade destaca exatamente o contrario da globalização como fábula, é um mundo perverso no qual reina a desigualdade, desemprego, pobreza, doenças e miséria, neste mundo pouco se ouve falar em qualidade de vida. O autor destaca ainda que a globalização perversa “(...) está na raiz dessa evolução negativa da  humanidade tem relação desenfreada aos comportamentos competitivos que atualmente caracterizam as ações hegemônicas.” (SANTOS,2001, p.05 ) Ou seja, a competição pelo poder faz com que as pessoas afastem- se uma das outras e promovam ainda mais a desigualdade entre elas.

Na ultima parte deste capítulo, e também a ultima parte do mundo segundo Milton Santos, o mundo como pode ser: uma outra globalização, nesta há uma perspectiva de um mundo mais humano e unido, com diversidade de cultura e respeito entre elas onde o progresso das informações aproxima verdadeiramente as pessoas. Nessa nova globalização existe também a formação de aglomerados de pessoas com uma grande diversidade de cultura e saberes permitindo assim a construção de um novo grupo unificado.

 Milton Santos faz uma  colocação extremamente plausível da globalização e do mundo. Vivemos em um mundo desigual onde uma pequena minoria contém as grandes riquezas e poder sobre uma grande maioria que vive em descaso social e por, na maior parte das vezes, não possuir conhecimento suficiente cria fabulações para diminuir seu sofrimento e aumentar suas esperanças em alcançar um mundo diferente, uma outra globalização, onde as pessoas são unidas e diversas em gênero, cultura e etnia e principalmente onde existe o respeito. Ele elucida a globalização e seus três lados: O que acreditamos (Fábula), o que realmente é (perversidade) e o que poderia ser (possibilidade). A perspectiva do mundo como fábula, é tido como influenciado de um outro meio externo, discursos que tem o intuito de alienar as pessoas. O mundo como é, é abordado de maneira coerente, pois o realismo realmente, o seu maior intuito é a busca pelo lucro, pelo crescimento das produções, o que realmente acaba tornando as pessoas cada vez mais gananciosas, querendo crescer e acabam por tornar-se menos humanizadas.