QUANDO A SITUAÇÃO FICA DIFÍCIL, O QUE ACONTECE COM A GQT?
Por: jarmando • 28/3/2017 • Artigo • 1.961 Palavras (8 Páginas) • 394 Visualizações
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Universidade Federal do Ceará
Pró-Reitoria de Graduação
Superintendência de Recursos humanos
Curso: Tecnologia em Gestão da Qualidade
Disciplina: Gestão da Qualidade I/Turma II Período: 2016.2
Prof.: WELLIANDRE Data: 26/09/2016
ESTUDO DE CASO
QUANDO A SITUAÇÃO FICA DIFÍCIL, O QUE ACONTECE COM A GQT? |
O mais elevado nível gerencial da Salto Indústria Química (SIQ), empresa sediada na cidade de Salto, no vale do Tietê em São Paulo, aguarda a chegada do Diretor Superintendente da organização Dr. Marcelo Caldeira, para dar início a uma importante reunião. "Francisco, nós percebemos este problema surgindo há 18 meses atrás", balbuciou João Batista, diretor de GQT da SIQ. "O fracasso da SMALLBAG não é motivo para abandonarmos tudo o que construímos nos últimos cinco anos. O que precisamos fazer é continuar com o nosso comprometimento com o programa original de GQT e adaptá-lo a uma organização temporariamente menor".
O Diretor Financeiro, Petronio Martins olhou para seu colega a balançou a cabeça. "Eu não acredito que Marcelo Caldeira vá ver isto desta maneira, João. A SMALLBAG foi nosso maior cliente. Representava 35% das vendas da SIQ, e nós projetamos o programa GQT para atender suas necessidades. Depois de efetivada a demissão do pessoal, nós não vamos ter tempo e recursos para retrabalhar uma estratégica GQT. E eu não acredito que Marcelo Caldeira estará interessado em coisa alguma a não ser uma abordagem top-dowm para dirigir a organização".
"Mas a GQT funcionou maravilhosamente bem nos cinco anos que passaram", disse Sandra Brown, gerente de uma das divisões da SIQ. "Nós transformamos nosso sistema de controle de processos da SIQ1 no melhor da empresa, graças a GQT. Nós somos os que têm menores custos, praticamente não existem produtos defeituosos, e conseguimos os melhores resultados em melhoria da segurança do trabalho. Além disso, a SIQ1 nunca forneceu para a SMALLBAG. Por que vamos abandonar um sistema de trabalho tão bom justamente agora?"
"Marcelo Caldeira não se moverá um milímetro a este respeito, Sandra", respondeu Petronio Martins. "Ou mantemos a GQT ou a abandonamos de vez. Você sabe como ele é teimoso a respeito de uma cultura corporativa focada".
Marcelo Caldeira adentrou a sala e sentou-se na cabeceira da mesa de reuniões. "Como vocês sabem, a quebra da SMALLBAG tem sido um vento contrário muito forte para nossos negócios", começou. "Isto não é algo que iremos nos recuperar rapidamente, mas certamente nos recuperaremos. Há outros clientes a conquistar, e isto a tempo. Neste momento, eu quero assegurar que podemos continuar a satisfazer nossos atuais clientes com custos baixos e qualidade superior. Isto significa apertar nossos cintos e talvez desenvolver novos processos e modos de controlar. A vocês foi transmitido os conceitos de "downsizing (1)", e eu acredito que ainda há dúvidas a respeito das demissões".
Marcelo Caldeira continuou a se expressar firme e claramente. "Hoje eu quero orientar a questão GQT". Assim que os gerentes terminaram suas anotações, Marcelo virou-se para os gráficos expostos, num grande quadro fixado a sua frente, onde estavam registrados a produtividade e os custos de controle da qualidade. Ele apontou para o primeiro segmento no eixo do tempo. "Há cinco anos, quando meu pai era presidente, a SMALLBAG pediu que implantássemos um sistema de gerenciamento total da qualidade em nossas unidades químicas para melhorar a qualidade de nossos produtos e serviços. Os consultores da SMALLBAG auxiliaram no desenvolvimento e na implantação de um plano e, após um início lento, a GQT provou que o invenstimento havia dado um excelente retorno. O moral dos empregados aumentou expressivamente, bem como a qualidade e a produtividade".
Marcelo tossiu, bebeu um gole de água e pontou o intervalo seguinte. "Quando assumi, há dois anos, estávamos animados e éramos eficazes e eficientes. Nosso sistema de controle funcionava bem e a GQT incorporou-se a cultura de nossa empresa. A SIQ continuou a melhorar e a SMALLBAG começou a falhar. Agora a SMALLBAG não é mais um cliente, e nos encontramos em uma situação difícil. Petronio Martins, um colaborador preciso e frio, preparou um plano para substituir a GQT com um sistema menos participativo. Inicialmente eu gostaria que ele explicasse suas razões e então poderemos discutir a situação. Petronio, por favor explique".
"Antes que SMALLBAG começasse a comprar da SIQ a nossa qualidade já falava por si", disse Petronio Martins ao virar uma página de seu livro de anotações. "Nossos clientes estavam satisfeitos e nossos empregados também. Com a GQT, eu admito ocorreram muitas alterações para melhor, mas as distrações que vieram com o programa nos desviaram do objetivo original de sermos líderes de mercado no setor químico no Vale do Tietê. Enquanto perdíamos tempo organizado equipe, desenvolvendo sistema de medição e avaliação, e preenchendo relatórios semanais da qualidade, nossos competidores concentraram-se em vendas e roubaram uma parte do mercado Vale do Tietê que almejávamos. Quando mais buscávamos agradar a SMALLBAG, mais nos distanciávamos de outros clientes".
"Não há dúvida, a GQT foi uma bela abordagem de crescimento a longo prazo", continuou Petronio Martins. "Mas ela não gerou um plano para a situação em que nos encontramos agora".
"Eu não vi reclamações da Astro e da Mineira", disse Sandra Brown seriamente. "Certamente, no começo perdemos alguns pedidos deles e de outros clientes. Mas uma vez estabelecido a GQT, eles retornaram. Os trabalhadores da SIQ1 levaram algum tipo para abraçar a metodologia GQT, mas sei que não desejam abandoná-lo agora. As equipes de trabalho e o esquema de recompensa foram ideias brilhantes que funcionaram melhor do que se imaginava. Olhem para o gráfico de produtividade. Os números provam que não encontraremos um sistema melhor do que temos hoje".
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