RESENHA DO CAPITULO TRÊS DO LIVRO “HISTORIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO UMA PERSPECTIVA CRITICA”
Por: Renato Rcorrea • 12/7/2018 • Trabalho acadêmico • 2.507 Palavras (11 Páginas) • 879 Visualizações
RESENHA DO CAPITULO TRÊS DO LIVRO “HISTORIA DO PENSAMENTO ECONOMICO UMA PERSPECTIVA CRITICA”
CAPITULO 3 – Adam Smith
Adam Smith pode ser considerado um economista impar diante de todos que o antecederam, não só por sua formação ou pelos seus amplos conhecimentos, mas por ser o primeiro a cria um modelo completo e relativamente coerente da natureza, da estrutura e do funcionamento do sistema capitalista. Ele nasceu na Escócia, onde viveu quase toda a sua vida. Cursou as universidades de Glasgow e Oxford (1737-1746) e foi professor em Glasgow, de 1751 a 1764.
Os modelos criados por Smith são muito importantes para compreender a economia como um todo, podemos achar intrigantes tanto suas teorias logicas quanto suas contradições.
O Contexto Histórico das Ideias de Smith
Podemos observar que na Inglaterra tinha uma economia com um mercado bem desenvolvido durante o século XVIII, onde a resistência em relação ao capitalismo, em termos de atitudes e ideologia, já estava muito enfraquecida, e onde os lucros sempre crescentes eram relacionados aos preços baixos em uma grande quantidade de produtos industrializados. O seu mercado externo cresceu mais rapidamente que em comparação ao seu marcado interno na época.
Várias inovações no modo de tecelagem, otimizaram a produção, e a indústria têxtil foi de suma importância, no início da Revolução Industrial. Não há dúvida de que a mais importante dessas inovações foi o desenvolvimento do motor a vapor. O desenvolvimento da energia a vapor levou a profundas mudanças econômicas e sociais. Todas essas invenções levaram a uma rápida expansão das indústrias metalúrgicas e de mineração de carvão – o que permitiu o uso generalizado de máquinas de ferro em uma grande variedade de indústrias.
E esse novo implemento para as fabricas levou aos empresários de muitas outras indústrias a ver as possibilidades de maiores lucros, se conseguissem aumentar a produção e baixar os custos. Durante este século houve uma grande expansão no número de invenções aplicadas nos modos de produção, eles trouxeram uma maneira de otimizar os processos, e expandir de maneira física as fabricas tirando elas do isolamento perto das correntes fortes de rios:
“As fábricas não estavam mais presas aos vales, onde tinham aparecido, solitárias, ao lado de rápidas correntes de água. Passou a ser possível trazê-las para mais perto dos mercados, onde eram compradas suas matérias-primas e onde eram vendidos seus produtos finais, e para mais perto dos centros populacionais onde se recrutava mão de obra. As fábricas se multiplicaram próximas umas das outras e, amontoadas, deram origem às grandes e escuras cidades industriais, que o motor a vapor cercava com uma perpétua cortina de fumaça”
Houve um enorme aumento nas populações em volta a essas cidades, onde eram consideradas capitais da industrias. Pessoas de longe onde procuravam trabalho e sustentou para suas famílias, viram como grande oportunidade o movimento das industrias para mais próximo das cidades, e busca por oportunidades nessas industrias foram em grande escala, e assim barateando a mão de obra.
Smith ficou impressionado com o grau de divisão do trabalho nas manufaturas e com os resultantes aumentos de produtividade do trabalho. Adam Smith foi o primeiro economista importante a fazer a clara distinção entre os lucros que se destinavam ao capital industrial, salários, aluguéis e os lucros do capital comercial. Também foi o primeiro a avaliar o significado do fato de que as três principais categorias funcionais de renda, eram elas: lucros, aluguéis e salários, estes se relacionavam diretamente a três classes sociais: os capitalistas, os proprietários de terras e os operários “livres”, estes operários que tinham a oferecer somente sua foça de trabalho em troca das gratificações salariais.
As Teorias de História e Sociologia, de Smith.
Um tema que estava sempre presente nas teorias de Smith eram as leis da natureza” ou na “divina providência”, que Smith chamava de “mão invisível”, que ele discutia que embora os indivíduos pudessem agir de forma egoísta e estritamente em proveito próprio ou da classe à qual pertencessem, e muito embora o conflito individual e o conflito de classes parecessem, à primeira vista, resultar desses atos, a “mão invisível” guiava esses atos conflitantes em uma direção benevolente harmonia. Podemos considerar esta umas das teorias mais errôneas de Adam Smith.
Ele teorizava que existiam três estágios de distintos de desenvolvimento econômico, eram eles: a caça, o pastoreio, a agricultura e o comércio. O estágio da caça como “o estado mais baixo e rude da sociedade, tal como encontramos entre as tribos nativas da América do Norte, porque a base econômica necessária para privilégios e poder não existia. Portanto, “neste estado de coisas, não existe, na verdade, soberanos ou bem comum”, porque envolvia uma igualdade, na qual não havia qualquer forma institucionalizada de poder ou de privilégios.
O mais alto estagio é do pastoreio, nesse estágio, a economia permitia maiores agrupamentos sociais. A produção baseava-se na domesticação de animais e a criação exigia uma existência nômade. Podemos encontrar o primeiro indicio de acumulo de riqueza: o gado. A propriedade do gado tornou-se, então, a primeira forma de relação de propriedade e com ela surgiu a necessidade de criar uma proteção institucionalizada do privilégio e do poder. E assim investigando as circunstâncias ou causas que “dão aos homens… uma superioridade sobre a maior parte de seus semelhantes”.
Estagio da agricultura é identificado na economia medieval, feudal, da Europa Ocidental. As sociedades se fixavam permanentemente em uma área, e a agricultura se tornava a atividade econômica mais importante. Com isso, a propriedade da terra passava a ser a relação de propriedade mais significativa na diferenciação das classes, segundo seus privilégios e poder. Assim as grandes extensões de terra foram ocupadas por poucos e grandes proprietários, assim estabelecendo um status de poder ao possuir terras capazes de abrigar novas formas de produzir riquezas. Também houve uma extensão muito maior dos direitos de propriedade, que permitiu aos produtores aspirar à criação de riqueza para si próprio e não para um senhor. Essa maior liberdade e segurança liberou um dos mais poderosos motivos humanos: a vontade de acumular riquezas materiais. Smith acreditava que a natureza tinha, em toda parte, criado uma ilusão nas pessoas: a de que a felicidade pessoal era fruto, principalmente, da riqueza material. Embora ele próprio acreditasse na falsidade dessa ilusão, ficou muito impressionado com os efeitos econômicos e sociais do desejo de ganhos pessoais criado por essa ilusão.
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