Resenha O Diabo Veste Prada

        

Resenha: O Diabo Veste Prada.

O filme de David Frankel baseado no livro homônimo de Lauren Weisberger adentra o mundo da alta costura através dos olhos de uma moça que aparentemente não se encaixa nos padrões estabelecidos por essa indústria.

         Jovem, recém-formada e idealista, Andrea Sachs não acredita em regras na hora de se vestir. Mas ao ser contratada para trabalhar em uma revista de moda depara-se com pessoas que fazem uma vida de algo que para ela é banal e desnecessário. A jornalista se torna umas das assistentes de Miranda Pristly, diretora da revista Runway.

Miranda é uma profissional exigente a qual não aceita que seus funcionários cometam erros e principalmente, não admite que ela mesma possa errar. Determinada, temida e controladora, Miranda construiu um império a seu redor no qual somente ela tem opiniões importantes que podem mudar a dinâmica do sistema “fashion”. Mesmo desagradando a muitas pessoas é respeitada e admirada.

Apesar de ser alertada inúmeras vezes sobre o que seu emprego representaria para muitas outras garotas, Andrea não vê seriedade no trabalho desempenhado por seus colegas. Entretanto, tendo sido uma aluna exemplar na faculdade, estranha não ser reconhecida por desempenhar bem suas funções. Nigel, funcionário da Runway a muitos anos, alerta a garota que Miranda não a recompensa por não ser de seu feitio e porque percebe que a moda não tem importância na vida da moça.

Visto que somente total comprometimento faria com que ela se destacasse, Andrea embarca em uma transformação que acabará por mudar completamente a vida como ela conhece. Além de roupas, sapatos, bolsas e maquiagens, sua forma de agir também muda para destacar-se e acaba destruindo relações externas ao trabalho.

Suas conquistas acabam fazendo com que Miranda a convoque para trabalhar em um dos eventos mais importantes da alta costura: a semana de moda de Paris. Mas, para que ela viaje a outra assistente, Emily, não poderá ir. Emily sempre mostrou seu interesse pela viagem e tem sacrificado sua saúde para tanto. Por mais que não se sinta confortável com a situação, Andrea não vê alternativa para garantir seu sucesso e aceita a proposta.

Na França, a assistente acaba por descobrir uma trama de intrigas para destruir o reinado de Miranda Pristly. Sem saber que a chefe já está ciente da situação a moça tenta alertá-la, demonstrando lealdade e princípios éticos.  Para a surpresa de Andrea, Miranda dá a sua suposta substituta, Jacqueline Follet, uma alternativa tão gloriosa quanto a direção da revista: ser sócia de um jovem estilista, James Holt, o qual foi descoberto pela própria Miranda. Além disso, a diretora ameaça o dono da franquia com nomes de colaboradores que a seguiriam no caso de ela ser desligada do quadro de funcionários da Runway.

Porém, para que Jacqueline assumisse a posição de sócia de James Holt, Miranda teve que destituir aquele que originalmente ocuparia o cargo, no caso Nigel. Sabendo disto, Andrea fica indignada com as atitudes da chefe para salvar o próprio cargo em detrimento de um funcionário competente que sempre lhe foi fiel.

Miranda mostra-se satisfeita com a iniciativa da assistente para com ela e lhe diz o quanto as duas se parecem, pois não medem esforços para alcançar seus objetivos profissionais  não importando o que tenha que ser sacrificado: seja relações com outros profissionais da área em que atuam, seja até mesmo relações familiares. A moça tomando consciência de ter agido na mesma maneira que Miranda, percebe que não deseja basear sua vida em uma escalada profissional sem princípios ou respeito pelo trabalho alheio, e acaba desistindo do emprego.