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Rio Grande - História

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Por:   •  6/4/2014  •  Tese  •  2.627 Palavras (11 Páginas)  •  338 Visualizações

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(ATPs Passo 1, Etapa 2)

Tempos Modernos:

O vídeo Tempos Modernos se passa no inicio do século XX, onde a produção artesanal foi substituída pela produção em serie, período esse chamado de Revolução Industrial.

O filme nos faz discutir e refletir todo conceito que a teoria cientifica trouxe, nos ajudando a compreender o contexto e a realidade da época. Tempos Modernos mostra de maneira objetiva a mecanização do trabalho e a falta de cuidados com operário, num contesto onde o homem deveria se adaptar a maquina, conceito esse quebrado anos mais tarde.

Atualmente as adaptaçõe s e modernizações são feitas constantimente única e exclusivamente para que o operário possa ter mais segurança e conforto para realizar suas tarefas e contribuir com o aumento da produtividade da empresa.

Histórico

Rio Grande - Breve Histórico

Na arenosa Planície Litorânea, na margem sul do canal que liga a Laguna dos Patos ao Oceano Atlântico, na maior costa retilínea do mundo - de Laguna/Santa Catarina a Maldonado/Uruguai ? está localizada a cidade do Rio Grande.

Nos tempos da expansão marítima européia, capitaneada pelos povos da Península Ibérica, estas paragens, circundadas pelo maior sistema lagunar brasileiro e pelo Oceano Atlântico, varridas pelos ventos, dificultavam a chegada daqueles que queriam conquistá-las.

No início do século XVI, em conseqüência de acordos diplomáticos entre Portugal e Espanha, apadrinhados pela Igreja de Roma, estas terras pertenciam à Espanha (Tratado de Tordesilhas). Mas portugueses, tal como os espanhóis, já as olhavam de longe, do mar.

A barra da Laguna dos Patos, mais tarde chamada de -barra diabólica-por Gomes Freire de Andrada, parecia aos navegantes, que a olhavam das embarcações, a foz de um grande rio.

Os portugueses o chamaram de Rio de São Pedro (expedição de Martim Afonso em 1532). Na cartografia dos espanhóis aparecia como Rio Grande.

Com o tempo, Rio Grande de São Pedro.

E a posse desse território inóspito e estratégico (política e economicamente) foi intensamente almejada e disputada por Espanha e Portugal durante séculos.

Para Portugal, no início do século XVIII, ocupá-lo significava a defesa e o abastecimento da região mineira recém descoberta no interior da Colônia. Defender dos espanhóis que vinham pelo interior e defender dos franceses e holandeses que vinham pelo mar. Abastecer com carnes, couros e mulas de transporte às áreas mineradoras que não produziam alimentos e precisavam escoar a produção aurífera.

Naquele momento os ibéricos já tinham perdido a posição de vanguarda e preponderância no continente europeu. Era, então, dos ingleses a supremacia. E é aos ingleses que Portugal alia-se para manter suas colônias: em troca de favores comerciais dos portugueses, a proteção política e militar da Inglaterra (Tratado de Methuen, 1703).

Rio Grande foi oficialmente fundada em 19 de fevereiro de 1737 pelo Brigadeiro José da Silva Paes, como parte de um plano político amplamente discutido entre as autoridades metropolitanas e coloniais, mas mantido em sigilo para não despertar a atenção dos espanhóis.

A expedição que chegou em Rio Grande zarpara de Lisboa em 25 de março de 1736, incorporara outros elementos no Rio de Janeiro (Silva Paes, inclusive) e fizera escala em Santa Catarina. Dirigira-se à Colônia do Sacramento, ajudando-a em sua luta contra Buenos Aires, tentara conquistar Montevidéu, desistira de Maldonado, deixara -pontos de guarda- no Chuí e em São Miguel e, finalmente, retornando, cumpre a ordem real de levantar um presídio (guarnição militar) que teria, além das funções de defesa da costa e apoio a Sacramento, atribuições fiscais, a cobrando a quinta parte dos couros e gados devidos ao rei.

Chamou-se Jesus-Maria-José este presídio.

Para a ocupação do Canal do Rio Grande, Silva Paes contou com o apoio e a orientação de Cristóvão Pereira de Abreu, homem com grande conhecimento da região, aliado dos índios minuanos no abate do gado chucro, que desfrutava do monopólio dessa caça e da exportação de couros pela Colônia do Sacramento, desde 1702.

Encontravam-se na Ilha de Santa Catarina em julho de 1736 e, enquanto Silva Paes ia por mar até Sacramento, Cristóvão Pereira vinha pela restinga trazendo gente e gado para esperar no Canal à volta dos navegantes. Silva Paes fundeia ao largo e, de bote, chega à praia, recebendo o abraço acolhedor de Cristóvão Pereira.

Ao Presídio de São Pedro do Rio Grande é dada a qualificação de Comandância Militar. O Brigadeiro foi substituído, em setembro de 1737, pelo Mestre de Campo André Ribeiro.

Para os que aqui chegaram naquela expedição (soldados, alguns escravos, alguns agregados), os primeiros tempos foram duríssimos: fome, sede, frios, doenças, rigor disciplinar, as piores condições de trabalho -em 1742, rebelam-se os "Dragões do Rio Grande", prendem os oficiais e colocam no comando o celebrado Cabo Pipoca. Só encerraram o movimento rebelde com a chegada de Silva Paes, trazendo mantimentos e parte dos soldos atrasados.

Aos poucos, chegaram alguns índios minuanos, mulheres e crianças guaranis, peões espanhóis vindos de Santa Fé e Corrientes, alguns moradores de Sacramento, alguns povoadores do Rio de Janeiro e, finalmente, açorianos.

Para estes povoadores, as condições de trabalho e vida também foram extremamente adversas. A coroa portuguesa, sem fundos para garantir empresa de tamanho vulto, não cumpria as promessas feitas aos colonos recém-chegados e explorava ao máximo o trabalho de seus soldados e funcionários do baixo escalão.

Foi com essa gente de muita fibra que Portugal conseguiu garantir a soberania lusitana nos confins meridionais de sua imensa colônia americana.

O presídio transformou-se em povoado e este foi elevado à condição de Vila em 1747.

Em 1760, criou-se a Capitania do Rio Grande de São Pedro, passando a vila do mesmo nome a ser sua capital. No entanto, os conflitos na região platina continuaram e, em 1763, a Vila do Rio Grande foi invadida e ocupada pelos espanhóis, que nela permaneceram por 13 anos.

Por ocasião desta invasão, o governador, Coronel Clói Madureira, fugiu para o lado Norte do Canal acompanhado de parte da população (os que tinham bote ou podiam pagar pela travessia) e a capital da Capitania foi transferida para a recém-criada Vila do Viamão.

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