Sistemas de Administração da Produção (SAP)
Por: EduardoRSilveira • 25/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.219 Palavras (5 Páginas) • 933 Visualizações
1 – Introdução
Segundo Oliveira(2004), as organizações encontram-se em um cenário constante de procura pela competitividade, buscando melhores condições e permanência no mercado.
2 – Sistemas de Administração da Produção (SAP)
Segundo Corrêa e Gianesi(2006), os Sistemas de Administração da Produção(SAP) planejam e controlam todo o processo de manufatura. É com ele que a organização garante que suas decisões operacionais sejam adequadas as necessidades estratégicas.
Os Sistemas de Administração da Produção proveem informações que auxiliam no gerenciamento de diversas áreas durante o processo de fabricação e a comunicação com os clientes se referindo as necessidades operacionais. Os SAP não tomam decisões ou gerenciam sistemas, eles tem a função de dar suporte aos administradores para que estes possam executar de forma adequada (VOLLMANN et al., 1992).
Corrêa e Gianesi(1996:43) definem algumas atividades que devem ser suportadas pelos SAP:
• Planejar as necessidades futuras de capacidade do processo produtivo, atendendo o mercado de forma competitiva;
• Planejar os materiais comprados para que não prejudique o processo produtivo;
• Planejar níveis apropriados de estoques desde matérias-primas até produtos finais;
• Programar atividades de produção devidamente para evitar desperdícios;
• Ser capaz de reagir eficazmente em situações adversas;
• Prover informações a outras funções sobre diversas ocasiões que possam ocorrer; e
• Ser capaz de prometer prazos para o bom atendimento ao cliente.
Corrêa (2001:56) diz que uma das razões da existência dos SAP, é auxiliar na tomada de decisão.
Segundo Slack, Chambers e Johnston (2002) uma das funções do SAP é de poder proteger
a produção das incertezas “ambientais” em termos de oferta e demanda.
Segundo Moura (1996), em um sistema de manufatura, toda vez que são formulados objetivos, é necessário formular planos de como atingi-los, sendo este processo realizado pela função de Planejamento e Controle da Produção (PCP).
A partir destas premissas os Sistemas de Administração da Produção trazem informações necessárias para estabelecer o estoque ideal para que o mesmo não tenha um dimensionamento que gere desperdício.
3 – Desperdícios na Produção
Para Oliveira (2004), para alcançar os objetivos as empresas precisam eliminar os desperdícios.
Shingo (1991) diz que os desperdícios devem ser todos analisados porque estão inter-relacionados e são facilmente encobertos em grandes organizações.
Robles Jr. (2003:18) afirma que “a eliminação dos desperdícios está intimamente associada à questão da qualidade (...)”.
Foram identificados sete tipos de desperdícios, os quais, acredita-se, são aplicáveis em vários tipos de operações – tanto em serviços como em manufatura:
• Superprodução, produzir mais do que é imediatamente necessário para o próximo processo;
• Tempo de espera, é o desperdício de espera que ocorre quando os fatores de produção aguardam para serem processados;
• Transporte é o desperdício que ocorre na medida em que existem longas distâncias a serem percorridas pelos fatores de produção ao longo do processo;
• Processo de atividades desenvolvidas que não agregam valor e continuam sendo executadas;
• Movimentação é o desperdício decorrente de falhas no projeto do posto de trabalho;
• Produtos defeituosos é o desperdício referente a perda de recursos de produção, tempo, armazenagem, desgaste de equipamentos, credibilidade, etc;
• Estoque ocorre quando a empresa mantém estoques desnecessários, que significam perdas de investimento e também de espaço físico.
Segundo Ballou (2001), o monitoramento de desperdícios pode e deve ser executado também pela operação, para que seja minimizado o mais breve possível o prejuízo.
4 – Logística
Christopher (1999:2) define logística como
o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo.
Segundo Ballou (2001), tem sido sugerido que uma estratégia de logística tenha três objetivos: (a) redução de custos; (b) redução de capital; e (c) melhorias no serviço.
O autor comenta que a logística atuará na estratégia de estoque para minimizar os custos e despesas de estocagem e otimizar o traslado da matéria-prima dentro do processo produtivo.
A Logística, segundo Lima (apud Brand e Muller, 2004:20), pode ser desmembrada em três macro-processos: logística de suprimento (Inbound Logistics), logística de planta e logística de distribuição (Outbound Logistics). A logística de suprimento, de acordo com Ballou (apud Brand e Muller, 2004:20) trata do fluxo de produtos para a empresa ao invés de a partir desta. A logística de planta corresponde aos processos de abastecimento interno da manufatura. Em relação
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