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TEXTO DISSERTATIVO COM CITAÇÃO DE LIPOVETSKY

Por:   •  13/11/2016  •  Resenha  •  1.195 Palavras (5 Páginas)  •  807 Visualizações

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TEXTO DISSERTATIVO COM CITAÇÃO DE LIPOVETSKY

NATAL

2016

Trabalho apresentado à Universidade Potiguar-UnP, na disciplina Análises e Interpretação de Textos, como forma de obtenção da nota parcial da Unidade II

Orientador – Profa. Msc. Eliude Gomes Buarque de Souza

NATAL

2016

  1. INTRODUÇÃO

        O objetivo geral deste trabalho é especificar o ponto de vista do autor e filósofo Lipovetsky sobre o consumismo ligado a publicidade e a sedução, e os seus efeitos na vida social de cada indivíduo.

        O texto de estudo expõe as principais diferenças entre as noções de persuasão e de sedução, quando usadas em estratégias publicitarias, sobre a moda ter se tornado um dos símbolos da atualidade, e quão emancipadora ela poder ser.

        Lipovetsky (2000) defende a ideia de que a tríade sedução, publicidade e pós-modernidade, que é bastante condenada pelos pensadores politicamente corretos, não consegue se estender a todos os indivíduos. E com isso, gerando a exclusão, se tornando um problema.

  1. DESENVOLVIMENTO

        Hoje, observa-se que a moda é a tendência de consumo da atualidade, sendo acompanhada por diferentes grupos sociais. É de grande importância para as pessoas hoje em dia, expressar seu modo de vida, comportamento, seu grupo social e seus gostos pessoais, através da moda, refletindo a sua personalidade no estilo e modo de se vestir. Elas veem isso como uma forma de se inserirem em uma sociedade que valoriza bastante esse contexto.

        Percebe-se que o autor Lipovetsky (2000) ressalta a importância da moda e seus aspectos positivos na sociedade juntamente com o consumismo equilibrado, contudo critica o fato dessa sociedade não incluir todos em indivíduos em sua esteira, visto que o problema está na exclusão e não meramente no consumo.

        A moda também de certa forma provocado exclusão, visto que não é tão essencial como antes. Os jovens, por exemplo, adotam modas que excluem outros tipos de grupos sociais, ocorrendo uma certa tirania de modelos, muitos relacionados a música, gosto e a obsessão por marcas. Aquele que não se veste da mesma maneira de um estilo determinado rejeitado pelo resto do grupo, (LIPOVETSKY, 2000).

        Contudo a moda se tornou democrática no sentido de escolhas, de acordo com Lipovetsky (2000) na época de Luís XIV, quando a corte estabelecia o padrão de vestimenta todos tinham que seguir, o que não se vestisse conforme o estabelecido era ridicularizo e excluído. No entanto, nota-se a diferença em relação a isso, já que nos tempos atuais cada um se veste de acordo com suas vontades.

        Levando em consideração esses aspectos, percebe-se que a moda é um fenômeno grupal que se caracteriza, isto é, a moda é inovadora, transitória, de uma maneira autônoma sem ser meramente absoluta, permitindo a flexibilidade para mudanças, sendo conveniente a cada um, (LIPOVETSKY,2000).

        Podemos concluir que a moda é negociável, apesar dela criar modelos, existe a maneira de trabalhar com possibilidades, de reinventa-la. Lipovetsky (2000) afirma em seu texto que buscamos exprimir não a posição social, mas o gosto pessoal e a idade de cada um, considerando mais importante do que a expressão a identidade socioeconômica.

        A moda juntamente com a publicidade teve uma grande contribuição na atividade feminina, ajudaram as mulheres a construir uma voz ativa ao longo dos últimos tempos. A importância da mulher na sociedade está cada vez mais acentuada. “A moda e a publicidade influíram positivamente no processo de liberação das mulheres” (LIPOVESTKY, 200, p.9)

        Lipovetsky (2000) não acredita que a publicidade seja um jogo de manipulação, onde as pessoas só consumem porque estão sendo conformistas e manipuladas a tal ato, mas é fiel ao fato de que ela serve como meio de comunicação, levando satisfação as pessoas. Lipovetsky (200, p. 12) afirma que "O consumidor seduzido pela publicidade não é um enganado, mas um encantado".

        Para obter a atenção e aceitação do público, as técnicas de publicidade estão cada vez mais chamativas e sedutoras, Lipovetsky achou importante ressaltar que,

As técnicas publicitárias permitem a eficácia, mas não são totalitárias. No fundo, é bobagem afirmar que a publicidade impõe algo. O totalitarismo tem por lógica a reconstrução da condição humana. Já a publicidade amplia a aspiração ao bem-estar. Amplia, insisto, não cria. A publicidade faz vender, sem impor mecanicamente comportamentos ou produtos. Crucial para as empresas, funcionam como a sedução: só se pode seduzir alguém que já esteja predisposto a ser seduzido. Logo, pressupõe um limite para persuasão. Além disso, atua sobre aspectos secundários da existência, não sobre o fundamental como o amor, a educação dos filhos, a política e a morte. Os apocalípticos dão um poder exorbitante à publicidade e à mídia, poder que estes não possuem, mesmo que seja eficazes. A maioria da população, enfim, é perfeitamente indiferente ao jogo da publicidade (LIPOVETSKY, 2000, p. 9)

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