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TRANSNACIONAIS E EMPRESAS DESNACIONALIZADAS NO BRASIL: Produtividade X Mão de Obra

Por:   •  24/5/2019  •  Artigo  •  7.897 Palavras (32 Páginas)  •  236 Visualizações

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FEAD – FACULDADE DE ESTUDOS ADMINISTRATIVOS – MG[pic 1]

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

Giselle Cristina Pereira

TRANSNACIONAIS E EMPRESAS DESNACIONALIZADAS NO BRASIL:

 Produtividade X Mão de Obra

Belo Horizonte

 2013


FEAD – FACULDADE DE ESTUDOS ADMINISTRATIVOS – MG

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO[pic 2]

Giselle Cristina Pereira        

TRANSNACIONAIS E EMPRESAS DESNACIONALIZADAS NO BRASIL:

Produtividade X Mão de obra

Trabalho final apresentado como requisito de conclusão do Curso de Graduação em Administração da FEAD – Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais.

Orientador: Tiago S. A. de Brito

Belo Horizonte

 2013

  1. INTRODUÇÃO

O homem desde o princípio da sua existência notou que a vida em sociedade em que o indivíduo ligado por idéias ou por algum interesse em comum era digamos mais fácil para se alcançar os seus objetivos. A necessidade de uma organização primorosa, para uma convivência saudável, trouxe a tona a arte e o exercício de administrar.        

Os primeiros indícios do surgimento da Administração ocorreram sequencialmente na Suméria, Egito e China; Na evolução da história da Administração destacam-se ainda a Igreja Católica Romana e as Organizações Militares (SOUSA, 2008).

Nota-se que antes do surgimento dos grandes empreendimentos vistos hoje, a história da Administração é uma história de governos, cidades, exércitos ou organização religiosa.

As grandes empresas surgiram na Revolução Industrial em 1845 que teve início na Inglaterra. Dentre as transformações técnicas e econômicas tem como característica principal a substituição da energia física pela energia mecânica, da ferramenta pela máquina. Nascia assim duas classes distintas os empresários (capitalistas) proprietários dos capitais e os trabalhadores ou proletários que possuíam apenas a força de trabalho que a vendiam aos empresários para fabricar mercadoria em troca de salário. No início da Revolução as condições de trabalho eram duras; não havia segurança, a jornada era intensa, descansos e férias não eram respeitados e mulheres e crianças não tinham tratamentos diferenciados aos dos homens. (FAUSTO, 2001; HOBSBAWN, 1997)

Posterior a esse momento veio a Segunda Revolução Industrial que é considerada pelos sócios-econômicos, somente um aperfeiçoamento das tecnologias da primeira.

Já a Revolução Tecno-Cientifica, pós Revolução Industrial se fossemos defini-la em poucas palavras, podemos dizer que seria a Revolução Digital. Nessa a tecnologia se refina aprimorando as antigas invenções.  São criados diversos produtos eletrônicos. A informática produz computadores e softwares; a telecomunicações se viabilizam para transmitirem informação em tempo real. (SILVEIRA, 2003; ALMEIDA, 2011)

Surge assim o fenômeno capitalista da Globalização, onde o mundo se interliga, permitindo assim mercados de atuação. A esta altura os países desenvolvidos já tem uma mão de obra com alto grau de capacidade técnica científica, nível de vida bastante elevado e pequeno ou nulo o número de analfabetos; impossibilitando assim o pagamento de baixos salários. Essa realidade contradiz com os princípios dos empresários capitalistas que exigem uma produção em massa e salários reduzidos. Esse foi um dos fatores para que os empresários optassem para a migração para países subdesenvolvidos, onde a custo da mão de obra é baixo. (PRADO.2007; GARDELS,2007)

No Brasil a situação foi um pouco diferente. O país passou a receber empresas internacionais somente após a industrialização brasileira em 1955 quando o presidente da época: Juscelino Kubitschek em seu Plano de Metas priorizou em industrializar o país e abriu o mercado para as empresas estrangeiras se instalarem. As primeiras indústrias a se instalarem no país foram as montadoras de automóveis a Ford, Volkswagen, Willys e GM, que trouxeram muito desenvolvimento para o país, pois junto a elas se desenvolvera, também os fabricantes das matérias- primas e também as dos produtos indiretos de fabricação transformando assim as suas cidades de instalação em grandes parques industriais. (SODRE, 2004; VANINFAS, 2002)

Em 1976 se instalou em Betim-MG a montadora Fiat que trouxe com ela muito crescimento para a cidade. Antes da instalação a cidade tinha 37 mil habitantes sendo 64% de origem rural. A Fiat veio como um divisor de águas para a cidade, que hoje é o segundo polo automotivo do Brasil. Em torno de si formou- se um “Cinturão de Aço” composto por grupos de autopeças.  Hoje Betim é considerada uma cidade fábrica, seu PIB industrial em 2009 foi de R$11,1 bilhões e o crescimento populacional foi para 388.873 habitantes (IBGE, 2012) ficando assim economicamente atrás somente da capital Belo Horizonte para Minas Gerais.

Hoje Betim apresenta uma nova realidade, as empresas familiares que se firmaram na cidade na época da instalação da montadora e que são encaradas como potências no município viraram alvo de empresas estrangeiras. Estas empresas têm demonstrado cada vez mais interesse na aquisição das mesmas e a transformá-las em filiais potentes. Além da realidade econômica da cidade que tem com ICMS da ordem de quase R$4 bilhões, concentrar mais de 6.000 empresas e ter um PIB per capita quatro vezes maior do que a média do estado; um fator vantajoso também é a questão logística: A cidade tem encontro de duas importantes rodovias (BR381 – BR262), acesso a malha viária que interliga algumas das principais cidades do país e próxima à malha ferroviária. (CLIMACO, 2010)

Tendo em vista que para a cidade a aquisição de empresas familiares por grandes empresas estrangeiras seja importante para o desenvolvimento, aumento de empregos, reconhecimento da importância perante o mundo; a realidade é que nem sempre essa mudança pode ser benéfica para todos. Ao se instalarem, elas trazem contigo sua cultura podendo assim modificar o cotidiano de todos os envolvidos. Corte de mão de obra é comum na fase de integração.

  1. Justificativa

Hoje o Brasil virou um mercado prioritário para investimentos, pois além dos fatores macroeconômicos como: moeda estável, oitava economia mundial, vigésimo maior exportador do mundo é também o quinto maior país do mundo em extensão territorial. O clima é agradável e fenômenos naturais são previsíveis, além de ter uma mão de obra cada vez mais capacitada e continuar com um custo menor em relação á países de primeiro mundo. As taxas de juros elevadas, as ameaças de volta da inflação e a elevada carga tributária ainda são fatores a se analisar, porém não impede tais investimentos. Betim além das vantagens competitivas perante o seu crescimento aposta na sua vantagem logística.

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