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Teoria clássica da motivação

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Por:   •  14/4/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  6.251 Palavras (26 Páginas)  •  992 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Em psicologia a perspectiva cognitivista, centrada no pensamento humano, dedica-se a compreensão dos processos cognitivos que influenciam o comportamento. Nesta abordagem, considera-se que o comportamento humano é determinado pelo pensamento, ou seja, por fatores internos, em que o sujeito reage as suas interpretações acerca dos eventos externos, em vez de reagir os mesmos. A partir da década de oitenta, o conceito de motivação tem sido estudado por múltiplos investigadores, desenvolvendo inúmeras teorias que permitem estudar os mecanismos psicológicos implicados no desenvolvimento, intensidade e a persistência do comportamento humano.

Nuttin, um dos investigadores que mais contribuiu para o estudo da motivação humana, identificou vários conceitos originais, através da sua Teoria Relacional da Motivação, atribuindo particular relevância á temporalidade futura no processo motivacional.

Para Deci a persistência do individuo em determinadas atividades é explicada através do conceito de motivação intrínseca, cuja a essência é a necessidade de competência autodeterminada.

A teoria de Auto eficácia de Bandura considera que as expectativas de eficácia pessoal, enquanto antecipação da probabilidade de sucesso ou fracasso, exercem influencia sobre o comportamento do individuo.

Para Rotter, a Teoria da Aprendizagem Social , sugere que o comportamento humano é influenciado por fatores ambientais ou contexto social, e não apenas por fatores psicológicos. As pessoas aprendem um novo comportamento, através da observação de fatores sociais no seu meio ambiente.

DEFININDO MOTIVAÇÃO

Definimos motivação como o processo responsável pela intensidade, pela direção e pela persistência dos esforços de uma pessoa para alcançar determinada meta. Embora a motivação, de maneira geral, esteja relacionada ao esforço para atingir qualquer objetivo, reduziremos nosso foco aos objetivos organizacionais, para refletir interesse especifico no comportamento relacionado ao trabalho.

Os três elementos chave em nossa definição são intensidade, direção e persistência. A intensidade refere-se a quanto esforço a pessoa despende. É o elemento ao qual a maioria de nós se refere quando falamos de motivação. Contudo, uma alta intensidade não é capaz de levar a resultados favoráveis de desempenho profissional, a menos que canalizada em uma direção favorável a organização.

Portanto, precisamos considerar a qualidade do esforço, tanto quanto sua intensidade. O tipo de esforço que devemos buscar é aquele que vai em direção aos objetivos da organização e que é coerente com esses objetivos. Por fim, a motivação tem uma dimensão de persistência. Essa é uma medida de quanto tempo uma pessoa consegue manter seu esforço. Os indivíduos motivados mantêm-se na realização da tarefa até que seus objetivos sejam atingidos.

TEORIA CLÁSSICA DA MOTIVAÇÃO

A década de 1950 foi um período frutífero para o desenvolvimento de conceitos sobre motivação. Quatro teorias foram formuladas nesse período e, embora sejam muito criticadas hoje e questionáveis em sua validade ainda são provavelmente as conhecidas e estudadas sobre a motivação dos trabalhadores. Como você vera no decorrer deste capitulo, outras explicações mais validas sobre a motivação foram elaboradas desde aquela época, mas devemos conhecer as primeiras teorias por, pelo menos, duas razoes: (1) elas representam os fundamentos sobre os quais as teorias contemporâneas se desenvolveram e (2) alguns gestores ainda utilizam esses conceitos e sua terminologia para explicar a motivação de seus funcionários.

TEORIA DA HIERARQUIA DA NECESSIDADE

Podemos confirmar que a mais conhecida teoria sobre motivação é, provavelmente, a hierarquia de necessidade, de Abraham Maslow. Segundo esse autor, dentro de cada ser humano existe uma hierarquia de cinco categorias de necessidades, que são.

1. Fisiológica: inclui fome, sede, abrigo, sexo e outras necessidades corporais.

2. Segurança: segurança e proteção contra danos físicos e emocionais.

3. Social: afeição, aceitação, amizade, e o sentimento de pertencer a um grupo.

4. Estima: fatores internos de estima, como respeito próprio, realização e autonomia, e fatores externos, como status, reconhecimento e atenção.

5. Auto-realização: ímpeto de se tornar tudo aquilo que se é capaz de ser. Inclui crescimento, alcance do próprio potencial e autodesenvolvimento.

Figura

7.1

De acordo com essa teoria, embora nenhuma necessidade possa ser totalmente preenchida, uma substancialmente satisfeita não motiva mais. Portanto, na medida em que cada uma delas é atendida, a próxima torna-se dominante. Como mostra a figura 7.1, o individuo move-se para o topo da hierarquia. Assim, de acordo com a teoria de Maslow, para motivar alguém é preciso saber em que nível da hierarquia a pessoa se encontra no momento e focar a satisfação naquele nível ou patamar imediatamente superior.

Maslow separou as cinco categorias de necessidades em patamares superiores e inferiores. As necessidades fisiológicas e de segurança são consideradas necessidades de nível inferior, e aquelas relacionadas à estima, a vida social e a auto-realização são chamadas necessidades de nível superior. A diferenciação entre os dois níveis parte da premissa de que as necessidades de nível superior são satisfeitas quase sempre internamente (dentro do individuo), ao passo que as de nível superior são satisfeitas quase sempre externamente (por meio de coisas como remuneração, acordos sindicais e permanência no emprego).

A teoria das necessidades de Maslow recebeu amplo reconhecimento, em especial por parte de gestores e consultores. Ela possui uma lógica intuitiva e é de fácil compreensão. Infelizmente, contudo, as pesquisas empíricas não validam a teoria. Maslow não fornece comprovação empírica substancial e vários outros estudos que buscaram validar sua teoria não conseguiram encontrar embasamento para ela. Há poucas evidencias de que as estruturas de necessidades são organizadas dentro das dimensões propostas por maslow, de que aquelas não satisfeitas é um fator motivador e de que uma necessidade atendida ativa um movimento em direção ao nível seguinte. Mas as

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