Trabalho Acadêmico Psicologia Organizacional

PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL

Sob a Influência da Psicologia nos Processos Decisórios da Organização

Prof-Tutor. Marcosuel Sousa

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Bacharelado em Administração de Empresas (ADG48) – Seminário V

        

RESUMO

A Psicologia Organizacional e do Trabalho surgiu na metade do século XIX com a Revolução Industrial, chegando com grandes transformações nas estruturas das empresas. É uma área de fronteira entre o homem, a empresa e a sociedade.

Estudar o comportamento de cada indivíduo em meio ao coletivo formado por todas as pessoas da organização é o objetivo da Psicologia Organizacional, portanto sua influência nos processos de tomada de decisão nas empresas é fundamental. Com o propósito de ajudar na promoção e na qualidade de vida dos trabalhadores, atua com treinamentos, capacitação e nas tarefas  do ambiente organizacional, bem como na satisfação e bem-estar dos funcionários, relacionando-se à humanização do trabalho. Nesse sentido, o presente trabalho aborda a influência da psicologia nas organizações no âmbito da psicologia organizacional e seus efeitos na estrutura do capital humano. Os objetivos do referido estudo foram: investigar através de revisão de estudos existentes e literatura relevante a contribuição do psicólogo organizacional para o processo decisórios da organização; levantar as principais atividades desenvolvidas pelo psicólogo organizacional e do trabalho; identificar a compreensão dos psicólogos sobre qualidade de vida dos trabalhadores e analisar, dentre as atividades desenvolvidas, quais estão relacionadas no trabalho, segundo os diferentes autores desta área de conhecimento. Como instrumento de fundamentação, foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica sobre o tema, detectando e analisando os aspectos mais importantes sobre os efeitos da psicologia organizacional para gerir as decisões na organização.

Palavras-chave: Psicologia organizacional, Processos decisórios da organização.

 

1. INTRODUÇÃO

Uma tomada de decisão pode parecer algo simples e ao mesmo tempo complexo. Seja na vida pessoal onde temos que fazer escolhas como decidir o que vestir, o que comer, para onde ir, e também na vida profissional, em nosso ambiente de trabalho. Independente do ambiente, da nossa posição, qualquer que seja a nossa escolha, isso nos trará uma consequência. Por isso é preciso muita cautela ao tomarmos decisão. Para um Gestor de uma organização, tomar decisões é uma atividade constante e também de grande responsabilidade. Pois sua decisão compromete toda a história da empresa.

Diante de um problema, surge várias opções de solução e o processo de tomada de decisão é um processo também de renúncias, pois é necessário fazer uma escolha entre várias alternativas. É isso o que torna o processo mais difícil. O Gestor precisa ter uma boa orientação, dedução, razão e intuição para que sua escolha seja a favor e a melhor possível para os propósitos da empresa. É indispensável que ele tenha um bom planejamento estratégico, pois sua decisão será a essência da sua gestão. Quando for tomada uma decisão, é importante que seja explicado e armazenado todos os detalhes da decisão.

Segundo Maximiliano, Imperador Romano, para que se tome uma decisão é feito uma estruturação do processo, onde ajuda os gestores a eliminar a imprevisão e aumentar o grau de certeza na tomada de decisão. Esse processo, segundo ele, possui cinco fases: o problema, o diagnóstico, as alternativas, a decisão e a avaliação. Na etapa do problema, é onde surge o fato que irá precisar de uma ação corretiva, no diagnóstico, é a fase onde se analisa a situação identificando as ameaças, oportunidades, causas e consequências. Depois que é feito o diagnóstico é gerado as alternativas para a solução do problema em questão. Essas alternativas são julgadas, avaliadas e comparadas para assim ser tomada a decisão e avaliar todo o processo que foi gerado para a tomada de decisão. Dentro de uma organização, o Gestor antes de tomar qualquer atitude irá contar com o parecer de alguns setores e o papel do psicólogo organizacional é de extrema importância para os processos decisórios da organização.

Um dos grandes diferenciais de uma boa liderança é sua capacidade de tomar decisões que gerem resultados positivos para a organização, para seus colaboradores de uma forma geral, e também para si enquanto profissional.

Em nossa vida profissional, o poder de fazer a escolha certa é o que vai definir suas decisões e a forma como apresenta e sustenta suas convicções. Fazer a escolha certa exige que sejamos confiantes e sinceros com nossas escolhas. Por isso, é importante que evitemos protelar ou deixar nossas decisões para depois.

2. A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL

O psicólogo que se insere no contexto das organizações encontra um campo de atuação vasto, desenvolvendo ações ligadas à gestão e compreensão dos comportamentos de pessoas, grupos e estruturas. Bleger (1984) relata que o psicólogo pode se definir como técnico de relações interpessoais. Portanto, deve agir como facilitador das relações entre pessoas e organizações, contribuindo para o desenvolvimento de ambas.

O psicólogo organizacional e do trabalho pode assumir várias atividades que auxiliem a organização a enxergar a necessidade de voltar seu foco à qualidade de vida do trabalhador. É trabalhando na promoção de saúde, no bem-estar psicofísico dos colaboradores e enxergando todo sistema de relações da empresa, que o psicólogo poderá contribuir para que a organização alcance altos níveis de satisfação, melhore o clima de trabalho e, consequentemente, atinja o sucesso organizacional (RICARDINO, 2005).

Este profissional está voltado para as atividades no contexto da instituição, intervindo nos processos individuais e grupais que ocorrem, promovendo a integração entre as pessoas e a empresa nas suas dimensões social, política, econômica e cultural. Pode utilizar seu conhecimento, a fim de transformar a realidade das organizações, contribuindo de maneira significativa tanto em relação à produtividade quanto em relação à qualidade de vida no trabalho.

Para o psicólogo desempenhar algumas funções na empresa, é preciso que tenha uma formação mais adaptada ao mercado de trabalho, bem como, que instigue a consciência crítica com relação à prática profissional (ZANELLI, 1994).