Trabalho de Tecnologia e Logística no Modal Marítimo
Por: Natashaanjos • 10/12/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 351 Palavras (2 Páginas) • 144 Visualizações
Os últimos anos marcaram para a indústria de navegação uma era de redefinição dos seus serviços. Armadores centenários, que viram nascer a indústria do container e, com ela, as relações comerciais mudarem a integração dos países, estão diante do novo desafio, que hoje tem duas correntes.
Uma opção seria abraçar o serviço de gestão de transportes, detalhado de ponta a ponta, chegando mais perto do cliente, por meio da digitalização de operações e modernização de toda a estrutura. A outra seria manter o escopo na venda de fretes marítimos, evitando fazer investimentos que não necessariamente vão levar as companhias de navegação a uma condição de atendimento ao cliente que se equilibre aos serviços das gigantes do e-commerce mundial.
Para grandes empresas, como Maersk e CMA CGM, que apostam no rumo da integração da cadeia logística ponta a ponta, seria uma questão de deixar de ser um serviço “comoditizado”, aumentar a previsibilidade das receitas, gerar valor para o cliente e, especialmente, posicionar-se diante das novas tendências do mercado. “Questão de sobrevivência”, diz o consultor da Solve Shipping, Leandro Barreto, e agora as empresas enxergam na tecnologia um importante aliado para a retomada do contato direto com o cliente. “Ou fazemos isso, ou ficaremos nas mãos de empresas como Alibaba ou Amazon” diz o ex-CEO da Maersk, Søren Skou.
A trajetória de digitalização que visa mudar a gestão operacional das empresas começou originalmente com o propósito de reduzir de custos e reduzir erros humanos. Porém, com o desenvolvimento da tecnologia Blockchain, testada e aprovada com massificação das criptomoedas como Bitcoin, as empresas perceberam que haverá condições de usar dados criptografados de forma pulverizada, com grande confiabilidade e capacidade de integrar processo.
Hoje já vemos parcerias entre empresas de tecnologia com armadores tradicionais, como a Maersk e a IBM, que lançaram, em agosto, a TradeLens, sua plataforma integrada para gestão da cadeia utilizando a nova tecnologia.
A indústria da navegação vem sendo reinventada a cada dia, e ainda não vislumbrou qual será o seu papel em um mundo cuja economia será movimentada pelo e-commerce e controlada pela Internet das Coisas.
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