Trabalho de Ética
Por: Wesley Pires • 8/4/2017 • Trabalho acadêmico • 1.122 Palavras (5 Páginas) • 246 Visualizações
Ìndice
Introdução
O trabalho aqui apresentado diz respeito à disciplina de Ética, que tem como objetivo desenvolver consciência e análise crítica a respeito dos temas desenvolvidos, elucidar e estimular a necessidade da reflexão analítica da sociedade e sobretudo salientar a moralidade na diversificação dos pensamentos.
O principal intuito acerca do trabalho é discutir o papel da cultura na construção e manutenção do preconceito demonstrando que seu processo de formação que varia de acordo com a socialização e características culturais às quais os indivíduos estão expostos.Os efeitos destes fenômenos sociais tem por influências o histórico, a linha do preconceito e perspectivas a partir da reconstrução dos fatores históricos e sociológicos que contribuíram para a formação do preconceito na cultura brasileira.
A geração de preconceito não vem de hoje, este tipo de construção originalizou-se desde a época do Brasil Colônia, que foi quando houve uma miscigenação de culturas entre os povos europeus, índios e africanos. Houve uma grande exploração dos povos negros e também dos índios pelos colonizadores. E que o percebemos desde aquela época é que não houveram tantas mudanças profundas que fizessem com que erradicasse-mos o preconceito.
O preconceito não é inato; ele se instala no desenvolvimento individual como um produto das relações entre os conflitos psíquicos e a estereotipia dos pensamento- que já é uma defesa psíquica contra aqueles -e o estereótipo,o que indica que elementos próprios à cultura estão presentes.(CROCHIK, 2006, p. 37).
O conceito de preconceito é formado de forma antecipada com relação a determinado assunto, gerando juízo de valor sobre um fato sem fundamentação objetivada, ou seja, não se conhece o assunto mas mesmo assim já se cria uma percepção anterior deste assunto de forma negativa sobre ele.Existem diversos tipos de preconceito o cultural, racial, social, etnocêntrico,sexismo, machismo, feminismo entre vários outros tipos.
O racismo também é uma forma de preconceito. De acordo com (TEIXEIRA; DE CAMPOS; GOELZER; APUD CARNEIRO, 2003, p.62) “o racismo pode atingir diferentes graus de intensidade: vai de um simples pensamento até os casos mais extremos, de agressão física, por exemplo [...]”. Assim esse é o maior grau de preconceito que é o geração de violência física. Para este tipo de preconceito vê-se a necessidade de voltarmos ao final do século XIX que vem com a chegada dos negros que eram maltratados pelas elites, que criavam um tipo ideal de homem, que eram os homens brancos. “O negro e o mestiço dificilmente conseguiam igualar-se ao homem branco. O “mundo da senzala” sempre esteve muito distante do “mundo da casa grande” (TEIXEIRA; DE CAMPOS; GOELZER; APUD CARNEIRO, 2003, p.15).
De acordo com (RIBEIRO, 2016) conceito de cultura é: “conjunto de hábitos, comportamentos, valores morais, crenças e símbolos, dentre outros aspectos mais gerais, como forma de organização social, política e econômica que caracterizam uma sociedade.” A cultura trouxe consigo também vários traços de preconceito, pois esta liberdade de expressão trazida até mesmo pela Constituição, fez com que se criassem ideologias a respeito de todo e qualquer assunto, seja crença religiosa, política, etc. Este fundamentalismo ideológico também cria o preconceito, pois criou-se “padrões” do que é certo e errado, e pior, ‘ o meu é melhor que o seu”.
Precisamos ser capaz de entender e aceitar os diferentes tipos de pensamentos e entender que existem diversas culturas e ideologias, deixarmos de lado o preconceito criado a respeito de outras culturas que sejam diferentes das nossas, se for para haver discussões que sejam fundamentadas e intelectuais, este é o sentido da dialética.
A Carta Constitucional, em harmonia com a concepção contemporânea de Direitos Humanos, demonstra sua universalidade e indivisibilidade de direitos. Ela consagra a universalidade de direitos à medida que estabelece dignidade da pessoa humana como valor primordial para o Estado Democrático de Direito e a indivisibilidade ao colocar ao lado da categoria de direitos civis e políticos a categoria de direitos econômicos, sociais e culturais como direitos e garantias fundamentais. (CENCI; ANDRIGHETTO, 2015, p. 1101).
Outro elemento do preconceito está na generalização de um grupo como um todo, apenas por haver um estereótipo a um membro deste grupo. Segundo (CROCHIK, 2006) “As relações pessoais dos preconceituosos se dão através de categorias que permitem classificar os indivíduos, o que impede que a experiência individual possa se contrapor ao estereótipo”. Segundo estudos de Adorno e Horkheimer, mesmo depois de uma pessoa conhecer realmente a outra, se já foi criado um estereótipo, um pré - conceito com relação a esta, essas experiências não são suficientes para se quebrar o preconceito. (ADORNO; HORKHEIMER, 1986 APUD CROCHIK, 2006).
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