Ética e Administração
Por: arileide • 30/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.202 Palavras (5 Páginas) • 132 Visualizações
A ética, política e sociedade em contextos monárquicos e democráticos, uma análise crítica aos conceitos de “ordem e progresso”
Para entendermos de forma ampla e crítica a política contemporânea, faz-se necessário, uma análise histórica dos pilares da política. A monarquia, foi um regime que vigorou por vários anos em diversos países, até o moderno atual regime democrático, que será nosso objetivo de análise. Faremos uma análise teórico-prática sobre esses dois períodos da política. Para que assim, possamos analisar e nos deparar com os seguintes questionamentos: Será que ainda existe algum traço da monarquia na nossa sociedade democrática? De que forma esta age, e como ela influência a nossa sociedade.
A principal finalidade, deste texto, é fazer uma análise crítica prática do atual regime político brasileiro, com o embasamento teórico da monarquia, proposta na obra de Nicolau Maquiavel “O Príncipe”. Obtendo por meio dessa análise de colação um possível entendimento da sociedade em que estamos inseridos, e as bases pelas quais, O Estado, como atualmente conhecemos, foi criado e mantido até os dias atuais.
A sociedade em que estamos inseres, vive sob o regime democrático, portanto as definições de formas de manutenção da monarquia, como a crueldade, o absolutismo dos reis e a mílicia, não podem ser implantadas para a manutenção do poder, do representante da república no caso, o presidente, pelos motivos obvios, que a cada quatro anos são feitas eleições diretas, onde a maioria elege um representante que terá poderes legais para presidir a república por quatro anos consecutivos. E pelo motivo da democracia ter nos tornados um povo condicionado a liberdade, e uma das principais caracteríscas da monarquia é justamente o absolutismo do líder, desta forma, presumi-se que se as mesmas formas de manutenção de poder fossem levada na íntegra, ocasionaria justamente uma contraposição por parte do povo. Pelo poder do representante ser considerado ilegitimo. Porém, podemos considerar propício da sociedade atual, os meios pelos quais um líder é aclamado pelo povo, o livro de Maquiavel, ressalta uma mensagem que se propaga até os dias atuais, apesar desta não ser mencionada no livro, de que “os fins justificam os meios” pois no livro são mencionados meios éticos e antiéticos que o príncipe pode fazer uso, para cativar a devoção e submissão de seus liderados para conduzir um governo longo, seguro e astuto.
Fazendo uma linha de convergência entre livro “o príncipe”, o qual nos propõe uma melhor fomentação sobre a monarquia, e a sociedade atual identificamos que, os meios pelos quais os líderes se mantêm “mudou” porque agora os líderes são eleitos, pelo seu carisma, pela sua retórica em convencer o povo, que ele possui qualidades excepcionais, se destacando dos demais, proporcionando através do povo poder ao seu representante. Porém, o modo como o líder trabalha a questão da aceitação e prestígios da massa, apresentado no livro, desvenda-se como características utilizadas atualmente por vários líderes e com êxito. Considerando que o povo é e sempre será o motivo de se haver governo e liderança, hoje em dia, mais do que nunca o governo se tornou voltado para o povo. E a manutenção de um grupo no poder depende inteiramente da aceitação deste, por parte do povo.
Os conceitos trazidos em “O príncipe” um livro desenvolvido cerca de 500 anos atrás, num contexto totalmente diferente do atual, e ainda assim, o livro pode ser considerado como abrangente para os dias de hoje. Pois a centralização do poder continua na mão do povo, e os representantes hoje mais do que nunca, procuram manter o povo “satisfeito” porque precisam de sua aceitação. E as suas formas para conduzir a aceitação da massa continua serem as mesmas, manutenção da aparência vistosa para iludir o povo da preocupação dos seus representantes para com seu bem-estar, a persuasão, a alienação, os beneficios para manter o povo entretido, sem observar a verdadeira situação, as festas estratégicas para desviar a atenção dos problemas na nação. Tudo isso parece bastante com os dias atuais, porém na verdade, são os fundamentos Maquiavélicos propagadas há cerca de meio milênio.
Analisando de forma geral os fundamentos da política moderna, podemos considerar que a posição de Maquiavel consegue se sustentar diante da realidade atual, pois os meios antiéticos continuam a ser o meio pelo qual o líder voltado a seus interesses pessoais, coneguem iludir o povo com falsas aparências de integridade e honestidade.
As discussões concernentes a ética desde os tempos gregos antigos até os dias atuais, obteve um alto teor, hoje, qualquer pessoa conhece os fundamentos da ética na sociedade, porém a sua prática costumeiramente é esquecida, não digo apenas no cenário político, mas também na vivencia em sociedade, poderia então assim dizer o que nos fazem crer que somos um povo evoluído? Se tudo que nos é ensinado, não o colocamos em prática, e estamos sempre em estado de alienação por parte dos mais fortes. A propagação dos fundamentos da ética é estritamente importante, porém sua prática é, sobretudo mais importante ainda. Agimos conforme o nosso espelho, que são os nossos representantes antiéticos, que fazem qualquer coisa para permanência de seu grupo no poder. Como se define a sociedade atual: caos, que tornou os representantes extremamentes voltados a seus próprios interesses, e aos interesses de certo grupo, deixando à mercê a sociedade que se configura da mesma maneira que os líderes. Podemos concluir então que uma vez que as discussões referentes à ética e seu papel na vida de cada um de nós aumentaram, a sua prática efetiva decaiu. E fazendo uma comparação com as ideias de Maquiavel, podemos salientar que s posicionamentos deste, continuam a ser propagadas, porém com mais verocidade, pois os líderes não se imprtam mais com a sociedade, pois por diversas vezes “as máscaras” caem ao chão, mais o povo encontra-se no que segundo o livro, diz: acomodados, pois seus costumes continuam preservados.
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