A Analise e Expressão Textual
Por: Marina de Moura • 18/1/2020 • Abstract • 1.160 Palavras (5 Páginas) • 416 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO |
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO |
ANÁLISE E EXPRESSÃO TEXTUAL |
DISCENTE: MARINA CORDEIRO DE MOURA |
A Construção Textual Para Futuros Arquitetos
Na realidade de estudantes de Arquitetura e Urbanismo o conhecimento linguístico para a produção de um bom discurso torna-se imprescindível, dada a realidade que trabalhamos diretamente na prestação de serviços à outras pessoas, ou seja, conseguir repassar informações técnicas para pessoas com pouco ou nenhum conhecimento de projetos arquitetônicos. Então, a aprendizagem de conceitos linguísticos facilita na explicação e no convencimento de projetos diante de diferentes clientes e colegas de trabalho, como pedreiros, mestres de obras etc., a capacidade de produção de um texto depende de vários fatores que será discutido na sequência.
O conhecimento da linguagem é o primeiro passo para a produção de um bom texto, a linguagem é o nosso meio de comunicação interpessoal e intrapessoal, ou seja, a comunicação entre duas pessoas ou mais e a comunicação com nós mesmos, pensamentos e ideias. Com o conhecimento da linguagem a transmissão do conteúdo desejado ao interlocutor torna-se uma tarefa mais fácil e natural, impedindo com que a mensagem seja mal interpretada. Porém mesmo a linguagem sendo primordial na construção de um bom texto, a obtenção de conhecimento da mesma não é algo fácil, pois trata-se não só do conhecimento da língua, mas também da cultura e personalidade de cada ser, afinal a linguagem é algo singular do ser-humano e cada ser-humano possui sua própria singularidade, por conta disso a aquisição inicial de conhecimento na área da linguagem, mesmo que mínimo, trata-se de um processo de autoconhecimento, na tentativa de entender sua própria natureza linguística.
Todo texto tem a necessidade de um pequeno “roteiro” antes de sua produção, com diversos questionamentos como: Qual o objetivo do texto que será produzido? Qual informação será transmitida? Qual o gênero mais adequado? Qual estrutura de linguagem deverá ser usada? Para conseguirmos responder esses questionamentos, temos que refletir sobre algumas funções de linguagem com os seguintes objetivos, centrados no Eu, no leitor, na explicação da língua (metalinguística), na arte, etc. todas essas funções linguísticas têm como objetivo categorizar os textos para as diferentes finalidades. Após a decisão sobre qual função linguística será utilizada na produção do texto, podemos começar a refletir sobre as estruturas linguísticas, a escolha entre a modalidade oral e escrita, se dá através das necessidades textuais, pois cada modalidade possui prós e contras, dependendo da situação de seu uso.
FALA | ESCRITA |
Espontânea | Planejada |
Evanescente | Duradoura |
Grande apoio contextual | Ausência de apoio contextual |
Face a face | Interlocutor distante |
Repetições/ redundâncias/ truncamentos/ desvios | Controle de sintaxe/ das repetições/ da redundância |
Predomínio de orações coordenadas | Predomínio de orações subordinadas |
Outra estrutura linguística que deve ser considerada é a nível de formalidade, o uso ou não uso da mesma, depende de vários fatores, como contexto, local, para quem é o texto etc., é necessário ressaltar que um método não é mais correto que o outro, apenas o local onde é ou não implementado que torna a formalidade correta ou incorreta.
As decisões acerca da tipologia textual abrangem diversos fatores já mencionados, como nível de formalidade, conhecimento linguístico etc., porém todas as escolhas tem dependências umas nas outras, afinal existem várias maneiras de se expressar uma ideia, seja por narração, por dissertação ou argumentação, mesmo após a escolha da melhor maneira de abordar um tema qualquer, temos que decidir como nos colocar no texto, de forma presente ou mais distante, já a maneira como o interlocutor receberá essa mensagem dependerá da formalidade empregada no discurso. Ou seja, todo gênero textual já vem com uma série de decisões preliminares, decisões essas que torna o texto mais, ou menos compreensivo ao recebedor.
Segundo Costa Val “pode-se definir texto ou discurso como ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa semântica e formal”, porém o que torna um texto realmente em texto é a textualidade que segundo Beaugrande e Dressler é composta por sete fatores, a coerência e coesão, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade.
A coerência é o fator que tem a função de deixar o texto “entendível”, e a mesma não depende exclusivamente de aspectos semânticos e lógicos, depende também da capacidade do autor compreender o nível de conhecimento do leitor sobre o assunto que será tratado no discurso, já a coesão é responsável pela maneira de como a coerência será inserida no texto, é construída através da gramatica e conhecimento lexical, como por exemplo a concordância e a conjugação correta.
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