A Arquitetura Clássica
Por: laari_lm • 11/9/2017 • Dissertação • 1.550 Palavras (7 Páginas) • 597 Visualizações
Grécia e Roma
“A arquitetura clássica tem suas raízes na Antiguidade, no universo da Grécia e de Roma, na arquitetura de templos gregos e na arquitetura religiosa, militar e civil dos Romanos” (SUMMERSON,John; A Linguagem Clássica da Arquitetura. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1982, cap. 1 p. 9)
Para os povos antigos, nada do que se tem no mundo nasce por si só, e sim pelo divino, todo traçado da cidade, inclusive os templos, deveriam ser feitos para agradarem os Deuses.
O sistema clássico grego relaciona beleza, razão e proporção, a arquitetura clássica busca o equilíbrio entre as partes, uma harmonia na estrutura. Para alcançar esse objetivo, os principais elementos empregados são os cinco tipos de colunas “A ordem toscana, mais atarracada [...]; em seguida, semelhante porém levemente mais alta, a ordem dórica; a elegante ordem jônica; a imponente e elaborada ordem coríntia e, finalmente, ainda mais alongada e enfeitada, a ordem compósita.” (SUMMERSON,John; A Linguagem Clássica da Arquitetura. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1982, cap. 1 p. 13), as ordens eram escolhidas pelo gosto e pelos meios disponíveis, uma vez que a coluna dórica era muito mais econômica do que a ordem coríntia. Além das ordens, a padronização de aberturas e frontões, mais uma série de ornamentos.
Já os romanos, acrescentaram ainda os arcos e as abóbodas, combinando com a estrutura primitiva grega, de construção “arquitravada” – “A estrutura e a expressão arquitetônica devem estar integradas, formando um todo”. – Um exemplo disso é o Coliseu, cada sequência horizontal de arco é emoldurada por uma coluna contínua, da base para o topo, com o empilhamento feito da mais leve para a mais pesada, temos a dórica/toscana, a jônica e a coríntia no último andar aberto. “O coliseu, que nos permitiu introduzir o tema de arcos e ordens combinados, foi um dos edifícios com que os homens da renascença mais aprenderam” (SUMMERSON,John; A Linguagem Clássica da Arquitetura. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1982, cap. 1 p. 24)
Acrópole de Atenas, Péricles, Grécia, 447 a.C. a 432 a.C
Partenon/ Partenão, Ictinos, Calícrates, Grécia, 447 a.C. a 432 a.C.
Coliseu, Vespasiano, Tito, Roma, 68 d. C a 79 d.C.
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Idade Média
A idade média pode ser divida em três fases, a Alta idade média (V-VII séc. DC), Idade das trevas ( IX –XI séc. DC) e Baixa idade média ( XI – XIV séc. DC). O ápice do Império Romano foi no século II, há uma nova tradição administrativa, uma dominação, durante esse período eles eram adeptos ao panteísmo e os romanos eram tolerantes com as culturas dominadas.
Os romanos desenvolveram um novo tipo de arquitetura, como por exemplo, o Panteão, que surge com o espaço interior integrado e abstrato, a esfera perfeita com a “luz divina”. O Panteão era dedicado a todos os Deuses, com a intenção de abraçar novas culturas.
Porém em 379 é declarado o cristianismo como religião oficial do Império Romano. Em 395 o Império Romano se fragmenta, formando o Império Romano do Oriente (Bizancio e Constantinopla) e o Império Romano do Ocidente (Roma). O mundo medieval emerge com o predomínio de novas características, o imperador começa a perder o poder, dando inicio assim a Era Feudal na parte ocidental e no oriente eles conseguem se unificar religiosamente.
Quando se instaura a Era Feudal, já no final da Alta idade média, nenhum progresso era possível nas artes e na arquitetura. No final do século X, já na idade das trevas, as inovações mais significativas são as de planta térrea, o espaço se torna agrupado, planificado e organizado. No final da idade das trevas, inicio da baixa idade média, o gótico começa a aparecer.
As características do gótico são bastante notáveis, dentre elas o arcobotante, a abóboda, o arco ogival, contraforte, todos esses elementos permitem uma maior espacialidade.”A nave dividida em três quadrados (não são quadrados perfeitos mas, sem duvida, pretendia-se que fossem), e as naves laterais separadas da nave central por arcadas com alternância de suportes, pilares para acentuar os ângulos dos quadrados, e colunas intermediárias. Os cruzamentos da nave com os transeptos eram nitidamente individualizados através de arcos triunfais, não apenas a leste e a oeste como também ao note e ao sul [...] Era uma planta complexa, mas plenamente dominada pela lógica de uma razão ativa e coerente”. (PEVSNER, Nikolaus. Panorama da Arquitetura Ocidental, São Paulo, SP: Martins Fontes, 2002, cap 02.
P. 48)
“O gótico depende a tal ponto da colaboração entre artista e o engenheiro, e uma tal síntese entre qualidades estéticas e técnicas [...]” (PEVSNER, Nikolaus. Panorama da Arquitetura Ocidental, São Paulo, SP: Martins Fontes, 2002, cap 03. P. 84)
Catedral de Santiago de Compostela, Santiago de Compostela – Espanha (1075-1128)
Catedral de Notre-Dame de Paris, Paris - França (1163-1345)
Capela Sainte-Chapelle, Paris- França (1246 – 1248)
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Renascimento
Podemos dividir o período do renascimento em três fases, trecento (XIV), quattrocento(XV) e cinquecento (XVI). As principais características da arquitetura renascentista são respectivamente a retomada dos modelos clássicos, busca da perfeição e da beleza, visão humanista e racionalista, além do uso da matemática e da geometria. Sendo assim as construções passaram a redescobrir e a revalorizar as referencias culturais da antiguidade clássica.
Se tratando da arquitetura renascentista, não se pode deixar de mencionar Brunelleschi e a construção da cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiore em Florença. Bunelleschi descobriu a perspectiva, possuía o domínio da realidade desenvolvendo o ponto de fuga.
“A sensibilidade do arquiteto poderia transparecer em seus projetos, mas de maneira involuntária e apenas nas poucas oportunidades do processo de seleção das fontes consagradas. Já Michel Ângelo pura e simplesmente ignorou esse conceito de “autoridade”. Quando se voltou para a arquitetura, já era um escultor com um domínio de formasse materiais que transcendia dos antigos. E esse mesmo poder de ver, através de formas mortas e estabelecidas, algo intensamente vivo (...). Como diz ingenuamente Vasari, “em questão de proporção, composição e regras, procedeu de forma diferente dos outros que seguiram a prática comum”. Quanto a isso não há dúvidas”
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