A Estação Itinerante para Parada e Descanso Obrigatórios de Caminhoneiros
Por: aechamendi • 24/2/2018 • Projeto de pesquisa • 2.326 Palavras (10 Páginas) • 320 Visualizações
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ARQUITETURA E URBANISMO
Aline Echamendi
PROJETO DE PESQUISA
Estação Itinerante para Parada e Descanso Obrigatórios de Caminhoneiros
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Londrina, 13 de novembro de 2017.
Aline Echamendi
PROJETO DE PESQUISA
Estação Itinerante para Parada e Descanso Obrigatórios de Caminhoneiros
Trabalho apresentado à disciplina de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação da Prof.ª Camila Atem.
Londrina, 13 de novembro de 2017.
Lista de tabelas
Tabela 01 - Cronograma..........................................................................11
Lista de figuras
Figura 01 - Mapa dos Pontos de Parada e Descanso.............................09
Sumário
- Introdução....................................................................................................05
- Conceituação Temática...............................................................................06
- Justificativa..................................................................................................08
- Objetivos
- Objetivo Geral ...................................................................................10
- Objetivos Específicos.......................................................................10
- Procedimentos de Pesquisa .......................................................................10
- Cronograma .................................................................................................11
- Resultados esperados ................................................................................12
- Bibliografia Básica.......................................................................................12
- Referências Bibliográficas..........................................................................14
Introdução
O presente projeto de pesquisa tem por intuito explicitar o tema escolhido para a realização do Trabalho Final de Graduação, cuja apresentação se dá ao final deste período. Como foco inicial, o tema previa o estudo da arquitetura efêmera atrelada a alguma problemática social, onde através de uma vivência pessoal optou-se pelo estudo da Lei nº 13.103, de março de 2015, popularmente conhecida como “Lei do Descanso”.
Essa por sua vez, trata sobre o exercício da profissão do motorista de transporte de cargas e de passageiros com foco na regularização da jornada de trabalho, tempo de direção e dos locais de parada e descanso. Esses locais, denominados Pontos de Parada e Descanso (PPD), ficariam à beira das estradas, permitindo então a parada segura do veículo e possibilitando o repouso necessário ao profissional, se tornando essenciais para o cumprimento da lei. Entretanto, não se tem nenhum ponto regularizado até o momento, e as previsões apontam um longo caminho até a efetiva regularização.
Isto posto, como objetivo geral, propõe-se desenvolver um anteprojeto arquitetônico de uma estação itinerante para parada e descanso obrigatórios de caminhoneiros com intuito de atender temporariamente a Lei do Descanso, sugerindo um cadastro em nível nacional para regularização e usufruto da unidade.
Em relação ao que será apresentado neste projeto de pesquisa, tem-se de início a contextualização da problemática e apresentação do tema escolhido, relacionando-o com autores de diversas áreas para que se construa o entendimento do mesmo, intitulada de conceituação temática. Em seguida apresenta-se sua importância através da justificativa. Na sequência traça-se os objetivos geral e específicos, e, consequentemente os procedimentos de pesquisa, onde tratamos da metodologia para alcançá-los. Ao final do trabalho observa-se ainda o cronograma referente ao primeiro semestre do próximo ano, os resultados esperados, a bibliografia básica e as referências bibliográficas deste.
Conceituação Temática
O primeiro tipo de arquitetura construída pelo homem foi a efêmera. E, ao longo de nossa história, quando nômades, a arquitetura efêmera se manifestou de várias formas, como por exemplo as tendas temporárias construídas com palha e peles de animais. Atualmente, este tipo de arquitetura pode ser exemplificada através das ocas dos índios nas florestas, tendas de circos, tendas árabes e africanas, e pelos iglus (KRONENBURG, 1998).
De origem grega, efêmeros, refere-se a algo passageiro, transitório, de curta duração. E, de acordo com Carnide (2012), trata-se de um conceito delicado a se definir, não somente quando relacionado a arquitetura, o efêmero pressupõe uma temporalidade fugaz, uma duração consideravelmente curta e que a própria criação admite a destruição, o fim.
Dito isso, quando uma arquitetura é realmente efêmera? Conforme Paz (2008) a resposta é um tanto desconcertante, a arquitetura de eventos, por exemplo, é efêmera não por ser arquitetura, mas por ser de eventos. Isto é, não por empregar esta ou aquela modalidade construtiva, mas por atrelar-se a algo temporário, a um uso que é transitório. Diz ainda que o apelo a uma construção temporária se dá quando se pretende melhorar a performance de um lugar para um fim igualmente temporário. E com isso, se faz entender que esse tipo de arquitetura não é precária em si – ou não deve ser precária – como atende a solicitações mais exigentes.
Como confirma Kronenburg (1998), a diferença entre estruturas permanentes e temporárias é apenas uma questão de tempo. Na verdade, o lugar existe separadamente da paisagem: em muitos casos os edifícios permanecem, mas seu significado não, deixando para trás cascas vazias que não tem mais a mesma importância ou relevância que um dia tiveram.
O critério definidor da arquitetura efêmera não é a durabilidade potencial do objeto construído, mas sua durabilidade real. Um assentamento rural pode ser precário, mas pretender a permanência, e assim sê-lo por conta de contínuas manutenções. Ao contrário, edificações sólidas podem ser demolidas por esgotar-se, em curto intervalo de tempo, sua finalidade. Eis o primeiro paradoxo do tema: uma arquitetura só́ se torna efêmera de fato quando se desfaz de um dado lugar. Conceitualmente, existe apenas quando cumprida sua efemeridade. Tudo o mais é incerteza. O segundo paradoxo é consequência deste: não há relação direta entre a tecnologia construtiva e a efemeridade real da construção. (PAZ, 2008).
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