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A Ignorância da Arquitetura

Por:   •  12/9/2018  •  Resenha  •  467 Palavras (2 Páginas)  •  586 Visualizações

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A ignorância da Arquitetura

“ O desinteresse do público pela arquitetura não pode, contudo, ser considerado como fatal e inerente à natureza humana¹ ou à natureza da produção de edifícios², de tal forma que devamos limitar-nos a constatá-lo. Existem sem dúvida dificuldades objetivas, e uma incapacidade da parte dos arquitetos, dos historiadores de arquitetura e dos críticos de arte para se fazerem portadores da mensagem arquitetônica, para difundir o amor pela arquitetura, ao menos na maioria das pessoas cultas. “

Segundo Bruno Zevi, a falta de meios que propague a história e edificações oriundas da arquitetura acabam culminando na falta de conhecimento e interesse da sociedade nesta arte, acarretando assim em um dos pontos levantados sobre a ignorância. Tendo em vista que a exposição de grandes edifícios, num mesmo local, marcados pela história, se torna impossível, o pequeno público que tem algum tipo de conhecimento sobre a Arquitetura são os que já possuem um envolvimento e interesse por esta arte.

“Dezenas e dezenas de livros de estética, de crítica e de história da arquitetura poderiam ser apreciados através de uma prova de fogo: aos volumes de caráter arqueológico- histórico, acrescentem o capítulo sobre a arquitetura moderna e verifiquem se os conceitos críticos informadores continuam a ter validade; nos volumes de caráter apologético- moderno, incluam os capítulos sobre a arquitetura do passado e notem os absurdos a que chegaria a extensão crítica da atitude meramente funcionalista ou racionalista.”

Contar a história da Arquitetura sem que haja desigualdade e favoritismo com relação as “eras” da Arquitetura. Ter autores, críticos e arquiteos que ressaltem a importância das fases que a Arquitetura passou, sem que ocorra uma parcialidade com relação as mesmas, visto que todas tiveram e tem suas importâncias.

“Mas se analisarmos este fenômeno, tranqüilizador à primeira vista, observamos que, para além da aparência quantitativa, a substância é, frenqüentemente, pouco satisfatória. A razão fundamental é a mesma que torna inadequados os capítulos de arquitetura da maior parte dos textos de história de arte, escritos por críticos de arte.”

Apesar de revistar e colunas, frequentemente, realizarem publicações e publicações críticas de resenhas de obras arquitetônicas fazendo uma disseminação sobre esta arte, deve- se levar em consieração que este evento não é o mais adequado.

Os edifícios são avaliados superficialmente como eventos plásticos. Fenômenos associados à pinturas e esculturas, como teses representativas, em vez de serem descritos e explorados pelos olhos de um arquiteto que está diretamente vinculado a estas obras.

“Se na verdade quisermos ensinar a saber ver a arquitetura, devemos antes de mais, propor- nos a clareza de método. [...]”

A falta de uma interpretação sucinta, porém clara que chegue ao público, cativando-os e interessando-os. Textos escritos diretamente por arquitetos, com um olhar diferenciado e que traduza palavras que impressionam de forma negativa o público, levando assim, a essência e importância da Arquitetura aos mesmo.

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