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A Representação Cartográfica

Por:   •  10/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.023 Palavras (5 Páginas)  •  183 Visualizações

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[pic 1]UNIFACVEST – CENTRO UNIVERSITARIO FACVEST

BIANCA DE SOUZA ALVES

SINTESE DOSSIER BAIRROS: LUIS MARQUES + SARA MACHADO REPRESENTAÇÕES ESPACIAIS DO BAIRRO

LAGES 2018

   A representação cartográfica delimita o espaço físico, que possibilita muitas vezes identificar determinados elementos limitantes e homogeneidades territoriais. Um estudo feito na cidade de Lisboa, está buscando, diversas maneiras para abordar sua delimitação e suas características. Hoje segundo o atlas SIPA identifica cerca de 120 bairros, sendo 12 distritos de Lisboa. Porém tem a necessidade dos critérios de arquitetura, então busca no estudo da morfologia a gênese, o tecido urbano e cronologia de consolidação, a distribuição funcional ou a entidade promotora e também questões sociais culturais e simbólicas.

  A movimentação dos seres humanos e dos animais, está associada a leitura do território, a capacidade de orientação, onde os mapas mentais, tem grande importância em facilitar esse acesso. E quem ajuda muito nessa orientação, são símbolos de informação externa, permitindo ajudar na sua navegação, mapas cognitivos por exemplo: são fundamentais no processo de orientação porque permite registrar o que sabemos sobre o espaço físico, permite determinar um percurso de ponto de origem para o ponto de partida.

   As representações internas são obtidas através das externas, as representações externas estimulam a mente, divergem do ambiente físico, induzindo distorções de estruturas artificiais. Para melhor orientar as pessoas e do ponto de vista cognitivo, identifica-se cinco elementos fundamentais associados a qualidade visual ou legibilidade do território, são eles elementos de referência, vias, limites, pontos confluência, bairros, áreas, ou setores urbanos.

   Representações digitais facilitam na comunicação externa, e também como ferramenta para a aquisição, como tratamento e divulgação de dados para auxiliar a sociedade, permitem a percepção individual dos mapas internos. A utilização das representações digitais em investigação oferece uma série de vantagens, principalmente na capacidade de criar modelos detalhados com a possibilidade de visualizar a evolução de fenómenos do passado, presente e futuro. As fotografias e imagens de satélite são fundamentais, auxilia na percepção de alterações geológicas, no estudo dos locais. Para investigar as características dos fatores de delimitação dos bairros no município de Lisboa foi criado o projeto Bairros em Lisboa 2012.

   Foram realizados 100 inquéritos a residentes e 20 não-residentes de seis bairros da cidade de Lisboa. Foi buscado a suas características como: vivencia, relação com vizinhos, atividades realizadas no bairro, principais funções do bairro, preferencias, grau de satisfação e necessidades, a identificação do centro do bairro, delimitação do bairro através de desenho em uma mapa. São questões muito importantes na construção de delimitações dos bairros. Foi feito o estudo de dez classes de espaços de maior oi menor incidência de intersecção. E a partir dos resultados obtidos notou-se o centro dos bairros para cada seis estudos. A uma preocupação também com fatores biofísicos e antrópicos que poderão influenciar na delimitação do bairro.

   Integrou-se também a cartografia temática, principalmente pela sua datação ou seja cronologia, categoria dos imóveis e bairros, as vias rodoferroviárias, muros regime de propriedade, o uso e ocupação do solo, com intuito de identificar outras possíveis barreiras físicas que obtenham relevância na delimitação dos bairros. Assim por último, foi também integrado o modelo digital do terreno, conforme topografia atual da cidade de Lisboa, com o intuito de identificar os elementos de morfologia e relevo presentes, e assim nomeando declives, orientação de encostas, vales e linhas de água. 

   Um grande problema na delimitação dos bairros, são os bairros planejados pois a elementos marcantes já construídos que não podem ser alterados, como por exemplo: barreiras físicas preexistentes como caminhos, muros, cercas, conventos e igreja que prejudicam de certa forma a delimitação dos bairros planejados do que os bairros sem plano.

    Largos e Praças unidos apesar de serem relevantes, na delimitação do bairro não caracteriza como centro. Alguns espaços verdes já existentes poderão ser excluídos da delimitação dos bairros, devido à quebra e descontinuidade do edificado. A não ser o Jardim da Parada de Ourique que já constitui o bairro ‘centro’. Ao inquérito dos não-residentes destaca-se o fato de não existir intersecções superior a 80%, nesse caso será complicado delimitar bairro e estabelecer um centro bem definido.

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