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A ignorância na arquitetura

Por:   •  29/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  905 Palavras (4 Páginas)  •  281 Visualizações

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A ignorância da arquitetura

‘’É quase uma praxe iniciar um estudo de crítica ou de história da arquitetura com uma censura ao público’’ (p. 1)

‘’O público interessa-se por pintura e música, por escultura e literatura, mas não por arquitetura’’ (p. 1)

‘’Os jornais dedicam colunas inteiras a um novo livro de Koestler ou a uma exposição de Burri, mas ignoram a edificação de um novo palácio’’ (p. 1)

‘’Todavia [...] qualquer um pode desligar o rádio e abandonar os concertos, não gostar de cinema e de teatro e não ler um livro, mas ninguém pode fechar os olhos diante das construções que constituem o palco da vida citadina e trazem a marca do homem no campo e na paisagem’’ (p.2)

‘’O desinteresse do público pela arquitetura não pode, contudo, ser considerado fatal e inerente a natureza humana [...] Existem sem dúvida dificuldades objetivas, e uma incapacidade por parte dos arquitetos, dos historiadores da arquitetura e dos críticos de arte para se fazerem portadores da mensagem arquitetônica, para difundir o amor pela arquitetura’’ (p. 2)

‘’Há [...] a impossibilidade material de transportar edifícios para um determinado local e de fazer uma exposição, como se faz com quadros. É necessário já ter interesse por esse tema e estar munido de boa vontade para ver a arquitetura’’ (p. 2)

‘’O homem médio que visita uma cidade monumental e sente o dever de admirar seus edifícios desloca-se segundo critérios meramente práticos de localização” (p. 2)

‘’Esta paixão não existe. A obstinação e a dedicação dos arqueólogos, merecedores de toda a admiração no campo fisiológico, dificilmente se elevam a esse plano de sintética reevocação que tem um eco no público” (p.3)

“A cultura dos arquitetos modernos está muito frequentemente ligada a sua crônica polemica. Lutando contra o academicismo enganoso e voltado a um simples trabalho de copia, eles tem declarado muitas vezes, ainda que inconscientemente, o seu desinteresse pelas obras autenticas do passado” (p. 3)

“Há, portanto, muito o que fazer. É tarefa da segunda geração de arquitetos modernos [...] restabelecer uma ordem cultural” (p. 3)

“Passado o tempo da ostentação de novidades e dos manifestos de vanguarda, a arquitetura moderna insere-se na cultura arquitetônica” (p.3)

“Quando formos capazes de adotar os mesmos critérios de avaliação para a arquitetura contemporânea e para que foi edificada nos séculos que nos precederam teremos dado um decisivo passo em frente na senda dessa cultura” (p.4)

“Dezenas e dezenas de livros de estética, de critica e de historia da arquitetura poderiam se apreciados através de uma prova de fogo: nos volumes de caráter arqueológicos-historico, acrescentem o capitulo sobre a arquitetura moderna [...] nos volumes de caráter apologético-moderno, incluam os capítulos sobre a arquitetura do passado [...] Muitos dentre os livros recentes falhariam por sua parcialidade modernista” (p.4)

“Hoje em dia, as coisas se passam de outro modo: podemos citar em todos países vários críticos de arte que se ocupam quase que exclusivamente de arquitetura, e um numero muito maior deles que se interessa por ela periodicamente” (p.5)

“Porem, se analisarmos com mais cuidado esse fenômeno, tranquilizador a primeira vista, observamos que, para além da aparência quantitativa, a substancia e, muitas vezes, pouco satisfatória” (p.5)

“Qual é o defeito característico da maneira de tratar a arquitetura nas historias da arte correntes? Já dissemos ais de uma vez: consiste no fato de os edifícios serem apreciados

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