AGACHE E OS PLANOS PARA O RIO DE JANEIRO
Por: Hellen Sampaio Almeida • 3/12/2018 • Trabalho acadêmico • 1.846 Palavras (8 Páginas) • 492 Visualizações
Fichamento: Morfologia Urbana E Desenho Da Cidade
Autor: José M. Ressano Garcia Lamas
Aluno: Guilherme Janja Girão Quezado
AGACHE E OS PLANOS PARA O RIO DE JANEIRO
“ Em 1928, o prefeito do Rio, António Prado Júnior, encomenda a Agache o Plano de urbanização ou remodelação da capital do Brasil. Agache acaba o plano em 1930, o qual é aprovado em 1932. Nessas datas, publica a Cidade do Rio de Janeiro (1930) depois traduzida para o francês – La remodelation d’une capitale, aménagement, extencion, embellissement.”
Agache foi um grande entusiasta francês do urbanismo como ciência de estudo e era diretamente chamado por governos de outros países para solucionar problemas urbanísticos em outros países, brasil, não sendo uma exceção, que teve Rio de Janeiro, a capital do pais na época, lapidada por ele.
“A documentação existente facilita a abordagem de Agache nesta dissertação. Interessa-me o conteúdo do seu trabalho, exemplar da metodologia do urbanismo formal, e a possibilidade de examinar o
Graças a presença de dele no Brasil durante a formação do plano urbanístico, ele( o plano) ganha influencia arquitetônica vinda diretamente de uma dos grandes mestrer modernistas europeus que também influenciou outros grandes no mês nacionais como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
“Agache desenvolve um método e uma técnica operacional que assentam na estruturação da cidade a partir do zonning e do plano-diretor. ”
Esses dois conjuntos de regras previnem o crescimento desordenado da cidade protegendo-a de m´estruturação. Zonning se refere ao zoneamento das necessidades da vida urbana e densidades de distribuições e o plano-diretor define a estrutura urbana e os elementos de maior função da cidade, definindo hierarquia nas posições de seus terrenos.
“Agache, no Rio de Janeiro, em 1929-1930, utiliza com à-vontade e sabedoria a composição clássica, o traçado e quarteirões para a definição do espaço, jogando com todas as ferramentas do urbanismo barroco-haussmanniano: avenidas, boulevards, praças, valorização dos sítios, traçados geometrizados e quarteirões. ”
Usando um leque de referências, Agache, implementa o planejamento do rio de janeiro fazendo as melhorias necessárias que ele juga ser essenciais para o melhoria da funcionalidade da cidade.
“É o desenho urbano que comanda a arquitetura, ao mesmo tempo que o projeto arquitetônico já transparece no desenho urbanístico. Plano de urbanismo e projeto de edifícios são para Agache dois momentos de uma processo único marcadamente arquitetônico- tanto mais porque Agache foi também uma arquiteto de grande sensibilidade e invenção, como o testemunham alguns equipamentos realizados. ”
O resultado final de seu projeto foi claramente influenciado por suas raízes arquitetônicas e seu contato com o modernista suíço Le Cobuesier. Na visão do autor o urbanismo e arquitetura se mesclam na atitude de criação de Agache.
“ Esta rápida síntese do trabalho e teorias de agache e vidência o requinte a que chegara a urbanística formal europeia e a escola francesa antes da Segunda Guerra Mundial. Certamente que tal urbanística necessitaria de um poder político, voluntário e empenhado, capaz de levar por diante o controlo da cidade, o que, de resto também foi necessário para manter a coerência de cidades modernas como Brasília. ”
Essa forma de urbanística atingiu o sucesso e este foi essencial para a fundamentação de cidades construídas mais tarde, como Brasília, a qual foi baseada na carta de Atenas sugerida pelos arquitetos modernistas.
AS EXPERIÊNCIAS HABITACIONAIS HOLANDESAS: A REFORMA DO QUARTEIRÃO
“A Urbanística holandesa na primeira metade do século XX é marcada por objetivos progressistas e maios fora do comum para a época: preocupações sociais; construção maciça de alojamentos; produção em série; planejamento a longo prazo; municipalização
do solo.
Em paralelo desenvolve-se intensa pesquisa que incide sobre alojamento, os edifícios e o quarteirão, o qual vai sendo progressivamente modificado até dele nada restar. ”
Graças a situação econômica e de grande crescimento demográfico da Holanda, esses estudos foram essenciais para a solução de problemas urbanos, os quais foram evitados por iniciativas públicas que consistiam um programa de reajuste habitacional e de leis.
“ Basicamente, são utilizadas duas tipologias urbanas: a da
O modelo urbano holandês planejado para a extensão de Amsterdam é essa mescla entre duas tendências europeias (racionalizando sem deixar de pensar nas áreas verdes) assim satisfazendo as necessidades dos da cidade que no momento precisava comportar um número bem maior de pessoas que a cidade antiga estava preparada para suportar.
“Organizava-se um sistema urbano principal, de grandes traçados, e um sistema secundário, com perspectivas cortadas voluntariamente e suportando os equipamentos coletivos. A malha determinada pela sobreposição dos dois sistemas acusa tanto o carácter local como o geral e principal dos vários espaços. ”
Esses traçados formão um desenho que distribui jardim, mobiliários urbano e habitações externa e internamento no quarteirão evoluindo um modelo habitacional tradicional holandês que agora deve ser moldado para satisfazer um novo método urbano. O quarteirão continua a evoluir até tomar uma U e mais tarde uma forma retangular com um único bloco cercado por quatro ruas perdendo a identidade de quarteirão.
“Algumas observações são pertinentes sobre a evolução do quarteirão holandês. Em primeiro lugar, não se estabelecem rupturas nos momentos de realização da cidade entre o plano do bairro e o projeto dos edifícios. O requinte dos projetos, a sua integração e prolongamento das intenções do plano, permitiram obter um resultado final extremamente elaborado e de grande qualidade. ”
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