ANÁLISE DO TERMINAL URBANO DE ANÁPOLIS
Por: franciellyger • 12/12/2017 • Artigo • 2.050 Palavras (9 Páginas) • 452 Visualizações
FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS
ARQUITETURA E URBANISMO
FRANCYELLY MATIAS GERMANO
KAMYLLA BORGES DE SOUZA
Trabalho apresentado como requisito para a obtenção de nota parcial de 2ª.VA na disciplina Planejamento e Gestão do curso de Arquitetura e Urbanismo.
Profa. Msc. Fernanda Mendonça
Profa. Esp. Talita Siade
Orientadoras
Anápolis
2017
UMA ANÁLISE DO TERMINAL URBANO DE ANÁPOLIS
RESUMO
Este trabalho consiste na identificação das problemáticas existente na cidade de Anápolis com o foco no Terminal Urbano, que possibilitem analisar e caracterizar o fluxo das vias de entorno do terminal. Com a maior dificuldade no tráfego da região, entre eles os tipos (veículos de pequeno porte, motocicletas, pedestres, ciclistas, veículos de grande porte). Essas análises se tornam relevantes para a mobilidade urbana e de transportes, cujo objetivo é o de adequar as necessidades de deslocamento da população à infraestrutura desejada. Gerando então supostas sujeitões para a melhoria do sistema viário, objetivando garantir acessibilidade e segurança à população (usuários do transporte coletivo, motoristas e pedestres).
PALAVRAS – CHAVE: Transporte Público, Anápolis, Terminal urbano e Mobilidade Urbana.
e 3 a 5 palavras.
1. INTRODUÇÃO
Não é possível pensar no espaço urbano sem abordar o trânsito. O transporte público é um sistema precário no Brasil devido ao pouco investimento destinado ao mesmo e a pouca importância que ele recebe em relação ao funcionamento da cidade.
A cidade de Anápolis segundo fontes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geográfico e Estatística) possui 370 mil habitantes (trezentos e setenta mil) e é conhecida como porto seco da região Centro-Oeste. Anápolis está situada em um eixo onde seu desenvolvimento territorial e econômico está sendo muito rápido.
O transporte público brasileiro vem sendo criticado devido a sua escassez e péssimas condições. Conforme a Constituição Federal, o trabalho deve ser administrado e mantido pelos municípios, mas os investimentos devem ser realizados também pelos estados e pelo Governo Federal.
Nas últimas décadas, devido ao crescimento da população e industrialização brasileira sem planejamento prévio, o sistema de transporte público coletivo vem apresentando, de maneira geral, baixa produtividade, pouca confiabilidade, frequência irregularidade e inadequação. Os Terminais urbanos são elementos fundamentais para a fluidez na organização do sistema de transporte público da cidade.
Após leituras feitas sobre as cidades e seu pleno crescimento junto a mobilidade urbana. Começa um processo de estudo na cidade de Anápolis direcionada ao atual terminal urbano e sua relação com seu entorno. Segundo Jan Gehl, as cidades deveriam ser redesenhadas em função das dimensões, dos movimentos e das necessidades do corpo humano, em vez do automóvel.
A cidade de Anápolis possui apenas um terminal urbano e todas as linhas tem partida dele, ou seja, são rotas com duração em média de 40 minutos (quarenta). Onde cada linha faz uma rota que atende de dois a quatro bairros e a com base na variação do número de usuários de um determinado bairro a linha atende apenas o determinado bairro. O fluxo de viagens diariamente no terminal é cerca de 1.970 mil viagens (mil novecentos e setenta). O usuário tem oportunidade de com uma única passagem, viajar em qualquer uma das linhas do sistema.
O terminal urbano de Anápolis se encontra na região central e em seu entorno há um grande fluxo de pessoas circulando devido aos comerciantes e a existência da Praça Americano do Brasil. Recentemente o terminal passou por uma reforma com o intuito de manter e restaurar o patrimônio que estava dentro do terminal (Antiga Estação Ferroviária de Anápolis).
Considerando as condições onde está localizado o terminal urbano, seu sistema viário possui vias com larguras medianas por se tratar de uma área mais antiga e já consolidada. Estudando a paisagem urbana do entorno ao terminal nota-se uma vista sobrecarregada de informações onde a pessoa se perde no meio.
2. O PROBLEMA
O acesso ao Terminal Urbano de Anápolis se dá de forma desordenada e em condições precárias. Com problema na sinalização e no fornecimento de informações necessárias para utilizar o transporte público devidamente.
O terminal urbano de Anápolis é possui poucas entradas para pedestre, dificultando o acesso. Após a reforma aumentaram uma saída pela lateral (rampa) mostrada nas figuras 01 e 02. O portador de deficiência em nenhum momento possui qualquer facilidade para acessar o terminal e muito menos o transporte público. Na figura 02 mostra a relação de espaço entre o patrimônio histórico com o terminal urbano.
[pic 1]
Figura 01: Vista lateral do terminal urbano de Anápolis.
Fonte: Acervo próprio.
[pic 2]
Figura 02: Vista lateral do terminal urbano de Anápolis.
Fonte: Acervo próprio.
Considerando as condições atuais do terminal urbano imagina-se que o seu planejamento foi inadequado para um deficiente físico. Para um usuário que se propor a passar pela experiência de utilizar pela primeira vez é provável que ele encontre dificuldade e sinta-se perdido, pois não há nada que informe como prosseguir por exemplo, explicando como se dá o acesso para o embarque aos ônibus.
As pessoas que circulação pelo entorno do terminal não possuem nenhuma segurança física e muito menos segurança no trânsito uma vez que a sinalização é privilegia apenas os automóveis e os pedestres encontram-se forçados a atravessar as vias mesmo correndo risco. Muitas vezes o tempo do sinaleiro não é suficiente.
Jan Gehl afirma que a condição para a vida urbana e para o pedestre está se tornando-se menos digna. Uma cidade onde as pessoas sintam-se convidadas a caminhar e pedalar, ou seja, ocupar o espaço urbano acaba se tornando uma cidade mais segura.
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