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ARQUITETURA ROMÂNICA PORTUGUESA

Por:   •  5/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  12.918 Palavras (52 Páginas)  •  266 Visualizações

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ULHT

DEPARTAMENTO DE ARQ.

HIST.  DA ARQUITETURA E DAS ARTES

2º D

ARQUITETURA ROMÂNICA PORTUGUESA

ARLINDO CARLOS -21103910

HELDER AMARAL – 21204718

IVANILDO DOS SANTOS – 21200383

MARCO BRANQUINHO – 21103909

ÍNDICE

INTRODUÇÃO        

1.ENQUADRAMENTO GERAL        

1.2-A ARQUITECTURA        

2.ARTE ROMÂNICA PORTUGUESA        

3.ARQUITETURA ROMÂNICA PORTUGUESA        

3.1-ARQUITETURA RELIGIOSA        

3.1.1 Elementos da Construção        

3.1.2-Elementos da Decoração Arquitetónica        

3.1.3-Interior das Igrejas        

3.2-ARQUITETURA MILITAR        

3.3-ARQUITETURA CIVÍL        

3.3.1- Urbanismo Românico        

4.CASO DE ESTUDO: SÉ DE LISBOA        

4.1-Preâmbulo        

4.2- Um local Sacralizado        

4.3- Os construtores e a arquitetura        

4.4- A estrutura inicial        

4.5- Campanhas de obras ─ Séculos Xll à XVll        

4.6- O Terramoto de 1755        

4.7- As obras pós-terramoto        

4.8- Campanhas de obras ─ Séculos XIX e XX        

4.9- Iconologia        

4.10- Tumulária, heráldica e inscrições        

4.11-Iconografia        

CONCLUSÃO        

BIBLIOGRAFIA        

INTRODUÇÃO

Este trabalho indica o estudo sobre arquitetura românica em Portugal, o mesmo tem como objetivo à priori investigar as origens do românico num contexto geral até chegar a Portugal e um estudo aprofundado sobre uma igreja da época, escolhido como caso de estudo a Sé de Lisboa.

Estruturalmente o trabalho aborda de início o românico a nível internacional, a seguir a arte românica portuguesa, depois a arquitetura românica portuguesa e por fim a igreja da Sé escolhida por questões de proximidade ou seja por se encontrar em Lisboa, o que nos permitiu visita-la e tirar algumas fotografias usadas no trabalho.

Inicialmente foram feitas recensões de capítulos de algumas obras literárias referidas ao tema que compõem o trabalho e depois foram feitas outras investigações para uma abordagem mais completa do tema.


1.ENQUADRAMENTO GERAL

O Românico surgiu durante a alta idade média na Europa Ocidental, e o termo foi empregado para exprimir de maneira sintética dois conceitos que são: 1º a semelhança entre o processo de formação das línguas romanço (línguas latinas), construídas pela mistura do latim vulgar aos idiomas dos invasores germânicos, das artes figurativas, realizadas, nos mesmos países e mais ou menos ao mesmo tempo, através da ligação de tudo o que restava da grande tradição artística romana com as técnicas e tendências Barbaras. 2º Suposta aspiração desta nova arte de se ligar a da antiga ROMA. Apesar da suposta aspiração da arte romana e germânica, também foram usados elementos bizantinos, islâmicos e arménicos. Mas sobretudo, o que ela criou foi essencialmente original. (Conti, 1995, p. 3)

Entre o final do seculo X e o início do seculo XI, a Europa Ocidental passou por uma lenta renovação acompanhada por um notável surto construtivo. Nesta época, as diferenças regionais, no que diz respeito a arquitetura, são ainda muito acentuadas. Enquanto a Sul se desenvolve a chamada primeira arte românica meridional, no Norte de França e no território império do Otoniano predominam as grandes construções cobertas de maneira, de tradição carolíngia. No século XI desenvolveram-se dois fenómenos fundamentais para compreensão do aparecimento, do desenvolvimento e da expansão da arquitetura românica: o monaquismo (modo de vida daquele que deixa os assuntos do mundo e se devota à religião, essas pessoas são chamadas de monges se são homens e de monjas ou irmãs se são mulheres) e o culto das relíquias. No entanto ao longo da segunda metade do séc. XI e do início do séc. XII, que uma serie de transformações politicas, sociais, económicas e religiosas ira proporcionar o aparecimento e a expansão do estilo românico. (Machado, 2008, p. 35)

O monaquismo na europa ocidental é marcado pela fundação do mosteiro de Cluny que no seu auge em meados do séc. XII tem sob sua dependência 1184 mosteiros submetidos aos mesmos costumes monásticos. Segundo espírito Cluniense, nenhuma realização era demasiado bela para honrar Deus o que irá favorecer uma estética de riqueza e profusão ornamental. O poder da abadia de Cluny representa um fator que transcende a estrutura feudal e a diversidade e o localismo que se impõe. Contribui para a consolidação de um padrão de romanidade e de alguns princípios de humanidade, que estão na base de linguagem artística comum a Europa de então, ou seja, a arte românica. (Machado, 2008, p. 36)

A partir do seculo XI, o gosto pelas relíquias ganhou mais importância devido a uma maior crença nas indulgências (remissão dos castigos, misericórdia), em outras práticas religiosas para obter o perdão dos pecados, sendo a peregrinação um dos meios mais eficazes para alcançar o perdão. São vários os lugares que permitem um contacto direto com o poder divino, manifestado através da realização de milagres. Dos vários santuários regionais por toda Europa cristã as peregrinações a lugares longínquos eram os mais estimados. Os lugares de maior peregrinação eram: Santiago de Compostela, Roma, e Jerusalém. (Machado, 2008, p. 36)

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