Analise tipológica e aspectos formais em concursos de projetos arquitetônicos

CONCURSOS PARA PROJETOS NO BRASIL: UMA COMPARAÇÃO ENTRE O

CONCURSO PÚBLICO E O PRIVADO.

22 de dezembro 2015.

Carlos Alberto Júnior

Karilene Costa

RESUMO

Esse artigo apresenta uma comparação entre concursos públicos e privados

para projetos com enfoque na área de sustentabilidade. Serão comparados os

aspectos formais e tipológicos dos projetos dos dois concursos aqui apresentados,

os processos de seleção de vencedores e uma descrição de cada projeto vencedor.

O primeiro concurso, de cunho privado, foi promovido pela revista Arquitetura e

Construção e o segundo é relativo ao projeto de reforma da biblioteca pública de

Santa Catarina.

Palavras-chaves: Sustentabilidade. Público. Privado

1 INTRODUÇÃO

A realização de concursos para projetos arquitetônicos no Brasil se constitui

em oportunidades de crescimento, amadurecimento profissional, visibilidade no

mercado e no meio acadêmico, tendo ainda modalidades que possibilitam retorno

financeiro para os participantes. Os concursos podem ser promovidos por entidades

públicas ou privadas, para os mais diversos fins. Sua realização, normalmente, está

condicionada a normas, regulamentos e/ou editais que estabelecem as diretrizes

projetuais e regras do processo seletivo que muitas vezes nem sempre claras. Esse

artigo buscará comparar dois concursos distintos quanto a modalidade pública x

privado que, no entanto, possuem características comuns sob o aspecto da

sustentabilidade.

2 CONCURSOS AVALIADOS

Os concursos selecionados para efeito de comparação foram o 8°prêmio o

melhor da arquitetura 2015, na categoria condomínios residenciais verticais na

modalidade privada e o segundo o concurso, na modalidade pública, o concurso de

elaboração do Anteprojeto de readequação e Arquitetura de Interiores para a

edificação da Biblioteca Pública de Santa Catarina, situada na Rua Tenente Silveira

no centro de Florianópolis/SC.

8°prêmio o melhor da arquitetura 2015

O concurso o 8°prêmio o melhor da arquitetura 2015, foi promovido pela

revista Arquitetura e Construção, de circulação nacional e tem como característica a

participação de obras concluídas e como finalidade a publicação dos projetos

vencedores em edições posteriores da revista. O concurso foi regido por normas

publicadas na página do evento na internet e possuía ao menos três etapas

distintas. Os participantes foram selecionados pela revista e estariam aptos a

participar os projetos arquitetônicos com obras realizadas e concluídas no território

nacional no período de 1º de janeiro de 2012 a 31 de maio de 2015 que se

enquadrassem nas categorias: Intervenção Urbana; Retrofit e Restauro; Escolas e

Universidades; Edifícios Culturais (bibliotecas, museus, galerias, etc.), Edifícios

Comerciais (acima e abaixo de 4 pavimentos ou 500 m²); Escritórios (interiores);

Bares, Restaurantes e Casas Noturnas; Lojas e Showrooms; Condomínios

Residenciais (horizontais ou verticais); Reforma de Apartamento; Reforma de Casa;

Casa de Lazer (praia e campo); Casa de Cidade e Outros (uso misto, hospital, lazer,

hotel, clube, indústria, etc.)

Os critérios de participação mais marcantes constam do item número 5 das

normas do concurso às quais estabeleciam:

• Os projetos serão indicados pela redação da revista Arquitetura &

Construção.

• Os projetos e as obras indicadas devem atender à legislação vigente, às

normas e restrições das concessionárias de serviços públicos (de energia,

água, gás, entre outras) e dos órgãos governamentais nos níveis municipal,

estadual e federal.

• Os escritórios de arquitetura (pessoa jurídica), seu representante e os

arquitetos (pessoa física) deverão informar o seu número de registro do

Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU).

• Cabe aos profissionais indicados buscar a concordância de seus clientes

quanto à divulgação do projeto e da obra.

Ainda quanto à participação seriam admitidas tanto pessoas jurídicas quanto

físicas, com restrições aplicadas aos funcionários (as), colaboradores (as),

sócios/acionistas da CARAS e de suas empresas coligadas, bem como de seus

respectivos parentes até segundo grau e cônjuges e quaisquer pessoas envolvidas

diretamente na execução do PRÊMIO.

Os projetos deveriam ser apresentados por meio de plantas, cortes,

implantações em arquivo pdf, sempre em pranchas formato A1, também deveriam

ser anexadas 04 (quatro)