Arquiteura Românica x Arquitetura Gótica
Por: Brunowisck • 17/9/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 1.496 Palavras (6 Páginas) • 430 Visualizações
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ARQUITETURA ROMÂNICA
FORMAS GEOMÉTRICAS
- Eixo vertical prevalece na abside, nave central tem forte direção longitudinal
- Planta em cruz latina, tipo basilical (3,5 ou 7 naves)
- Sistema quadripartido: subordina todas as medidas da base ao cruzeiro do transepto
- Utilização do arco pleno era o mais comum
- Torres: quadradas, redondas ou octogonais
- Colunas recebem um tratamento geométrico para ficarem esteticamente mais leves e elegantes, parecem mais de uma
SOLUÇÕES ESTRUTURAIS
- Parede autoportante (estrutural: grossas e com poucas aberturas, janelas eram estreitas e colocadas no alto. As paredes eram reforçadas pelos contrafortes saliente situados exteriormente no mesmo alinhamento dos pilares ou colunas que serviam para sustentar as abobodas ou cúpulas utilizadas
- Abóboda de aresta: intersecção de cilindros formando vincos , possuía vantagens em relação à abóboda de berço. Se um módulo sofresse qualquer problema estrutural, os outros módulos não seriam afetados, enquanto na de berço, sofreria efeito dominó, exigindo mais dos apoios
- Tramos: unidades rítmicas compostas pelas abóbodas e cúpulas e os seus elementos de descarga de forças: pilares e colunas que suportam os elementos citados
- Alternância de apoios: pilares reforçados alternadamente para sustentar as cargas horizontais e diagonais das abóbodas, enquanto que os intermediários se tornam parte de uma parede secundária
SISTEMAS CONTRUTIVOS E MATERIAIS
- Telhado de madeira (de 2 águas): permitia montar roldanas para içar as pedras para montar abóbodas, as rodas eram movidas por tração animal ou humana
- Abóbodas: material: pedra. Primeiro eram montadas as escoras e o cimbramento para depois receber o preenchimento
- Materiais variavam de acordo com a disponibilidade de cada região, mas o predominante era pedra, reforçando o caráter maciço e fechado das construções
- Começo da utilização da técnica de vitrais, utilização de vidro plano com armações em chumbo.
SIMBOLISMO
- Arquivolta: age como um portal, faz o intermédio entre o mundo sagrado (igreja) e o mundo profano (terra)
- Busca muito forte pela verticalização, indica que Deus está sempre para cima, independente do local, e mostra sua grandiosidade em relação aos homens
- Deus está mais próximo, acompanha o homem na peregrinação, não é uma meta distante, está constantemente presente nas aspirações humanas
- Cristo é representado com a coroa a coroa de Rei ao invés da espinhos, representava a aproximação entre Estado e Igreja
- Estrutura maciça das construções era tanto simbólica quanto estrutural, representava o refúgio espiritual e físico, eram projetadas para resistir à ataques físicos (ex: janelas estreitas e portas espessas)
- Igreja é ao mesmo tempo fortaleza e porta do céu, interpretação da necessidade de proteção
- Nave central excessivamente larga podem ser interpretadas como uma aspiração humana à participação mais ativa
- Corpo ocidental: WESTWERK reafirma a autoridade imperial sobre a Igreja
- Torres: simbolizam a proteção divina e a aspiração aos céus, denotam o “Sacrum Palatium”
- “Vesca Piscis”: Cristo representado no centor, como um livro na mão, simboliza o “renascer” e o conhecimento
- Nas paredes, expressões artísticas de entidades ligadas ao cristianismo: expressões congeladas, nem tristes nem felizes, equilibrados. Corpos alongados e pés flutuantes indicavam que eram seres diferenciados e iluminados (auréola).
SEQUENCIAS ESPACIAIS
- Geralmente, haviam 1 ou 2 torres na fachada, ao lado da entrada
- Nave central e laterais (3,5 ou 7). A central era mais alta, mais larga e mais iluminada, enquanto as secundárias estavam na penumbra
- Deambulatório: prolongamento das naves laterais é uma espécie de nave “curvilínea” que contorna a abside e pode ou não estar acompanhada das capelas radiais, cuja função era abrigar os altares secundários, marca a integração espacial tão característica do período
- Abside central: contém a capela mor, onde se situa o altar e o coro
- Tramo do Cruzeiro: encontro do transepto com a nave central, pode ser marcado arquitetonicamente pela Torre do Cruzeiro
- Transepto: em maioria dos casos, é regular.
-contradição entre a articulação rítmica e estrutura maciça
-Cluiniacenses: mais rebuscado e mais adornado, ligado a ordem beneditina
X
-Cistercienses: humildes e menos adornados
-ESTÉTICA DA LINHA
ARQUITETURA GÓTICA
FORMAS GEOMÉTRICAS
- Planta longitudinal basílica em cruz latina, baseadas nas principais igrejas românicas maduras
- Utilização do arco, ogival (agudo) era o mais comum
- Torres: geralmente terminadas em pináculos/agulhas- muitas foram projetadas para terem esse acabamento, mas nem todas foram executadas dessa maneira
- Colunas e pilares mais finos e altos, devido a utilização de um número maior deles, dando um ritmo mais acentuado na nave principal
- Tramos retangulares
SOLUÇÕES ESTRUTURAIS
- Contrafortes: sustentam por fora das paredes, as cargas das abóbodas nervuradas e das partes internas. Podiam conter capelinhas e esculturas, cujo peso eram fundamentais para o equilíbrio de forças
- Vão regulares permitem duplicar o número de pontos de apoio e com isso reduzir pela metade o esforço de cada um.O vão quadrado suportava em 4 apoios os esforços de uma abóboda, enquanto no vão retangular os mesmo esforços (empuxo) serão distribuídos em pelo menos 6 apoios.
- Possui estrutura independente, paredes não são mais estruturais, por isso trabalha pelo equilíbrio de forças e não pelo acúmulo, servindo para delimitar e proteger os espaços
- Através das nervuras estruturais das abóbodas, as forças eram desviadas para os pilares de sustentação e para os contrafortes no exterior da catedral
- Arco ogival resolve o problema da abóboda em tramo retangular. Surgiu devido à necessidade de elevar os 4 arcos principais à mesma altura, o que só poderia ser feito agudizando os arcos.
SISTEMAS CONSTRUTIVOS E MATERIAIS
- Pilares: blocos de pedra facetados eram empilhados, as facetas evitavam o escorregamento e deslocamento desses blocos
- Arco botante era empregado para transferir os esforços de empuxo lateral da cobertura e da abóboda para os contrafortes
- Dimensões das janelas aumentam para trazer mais luz para o interior das catedrais
- Pilares fasciculados originam dos apoios e se juntam as nervuras das abóbodas
- Material das nervuras e dos preenchimento das abóbodas era diferente: para dar um “acabamento gótico”
- Construção das abóbodas: primeiramente eram construídas as nervuras e depois os espaços entre elas recebiam o preenchimento
- No exterior das catedrais, o mecanismo da estrutura é exposto com franqueza (arcos botantes e contrafortes) , já no interior das catedrais não podemos compreender as leis que governam o conjunto
- “desmaterialização” não é só estrutural, o jogo de luz e sombra também contribui
- Rosácea- concebida através de uma geometria muito precisa, partindo de um núcleo e adicionando pétalas. Era feita de vidro artesanal em uma armação de chumbo.
SIMBOLISMO
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