Arquitexto n. 164.01
Por: lalinhasoares • 9/4/2015 • Resenha • 476 Palavras (2 Páginas) • 374 Visualizações
Áreas públicas de qualidade trazem uma cidade mais interativa, dinâmica e viva, segundo Saboya, em seu texto “Padrões de visibilidade, permeabilidade e apropriação de espaços públicos abertos”.
Um espaço público bem projetado, estudado e estruturado é capaz de reestruturar toda a região a sua volta, seja de maneira positiva ou negativa. Por isso deve-se estudar bem o local de inserção e implantação deste espaço público. Muitos pensam que os melhores locais para se implantar uma área comum a todos são aqueles pouco densos, com pouco movimento, onde esta nova área pública seja, por si só, o elemento reestruturador do local. No entanto, Saboya e Jacobs sugerem o oposto: o espaço público deve ser implantado em uma área densa, onde haja movimento e habitantes. Ele não deve ser sozinho o elemento que impulsiona uma área a desenvolver-se melhor, este resultado deve ser alcançado em conjunto com o que já existe na região. Um local bem integrado com os demais usos da área em que está inserido cria espaços democráticos e úteis.
“ O sucesso ou fracasso de parques de bairro depende do tipo de uso do solo existsente ao seu redor”
Pagina 01 – SABOYA, Renato T. de; BITTENCOURT, Sofia; STELZNER, Mariana; SABBAGH, Caio; MORO BINS ELY, Vera H.. Padrões de visibilidade, permeabilidade e apropriação de espaços públicos abertos: um estudo sintático. Arquitextos, São Paulo, ano 14, n. 164.01, Vitruvius, jan.2014
< http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/14.164/5015>
A partir desta análise, surgem duas perguntas: os espaços mais visíveis são mais utilizados? A permeabilidade do espaço influencia o seu tipo e modo de uso? Para responder a estas perguntas, é preciso estudar mais da área, analisar e realizar experimentos que embasem as teorias. Foi isso que Saboya, Bittencourt, Stelzner, Sabbagh e Moro Bins Ely fazem em seu estudo. Isso porque percebeu-se que analisar a visibilidade e a permeabilidade ajuda a sugerir, facilitar ou até mesmo dificultar alguns tipos de contato em uma certa região.
Desde o início os autores sugerem que se crie uma metodologia para estudar a dinâmica de um local, podendo ser através de vídeos, mapas, relatórios, fotos ou até mesmo esquemas. Esta metodologia deve abrigar alguns questionamentos sobre o tema, como por exemplo: o que são as barreiras visuais? E as barreiras de permeabilidade?
No texto, estuda-se através de vídeos e mapas. Estudam-se diversas possibilidades, que cada vez mais abrem os horizontes e as possibilidades de projeto de um parque. Por isso, pode-se concluir o quanto importante é para um arquiteto e urbanista estudar a área onde se intervem, buscar as mais variadas maneiras de analisa-la. Cada maneira é uma oportunidade de enxergar a área de uma forma diferente, mais completa, complexa e sugestiva. O projeto deve ser sugerido pelo próprio local e sua forma já existente de vida.
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