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ARQUITETURA MODERNA E BRASILEIRA – Vitruvius/Arquitextos –

Por:   •  6/9/2016  •  Resenha  •  1.138 Palavras (5 Páginas)  •  624 Visualizações

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Resumo                                                                                                                                                          

Texto 01

ARQUITETURA MODERNA E BRASILEIRA – Vitruvius/Arquitextos – 063.07ano 06, set. 2005. Luís Henrique Haas Luccas – Professor adjunto da faculdade de arquitetura da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

O texto de Luís Henrique Haas Luccas, publicado em 2005 na page web Vitruvius, convida o leitor já em sua introdução, a pensar sobre a arquitetura moderna brasileira como um marco, o alavanco para uma nova fase estética dentro do Brasil, desprendido do então dominante padrão europeu e em contrapartida objetiva-se que a identidade nacional permeei a arquitetura, de forma que a objeto construído seja expressão da cultura, do povo e do meio.

Os pilares ideológicos do modernismo fixaram-se no Brasil a partir do século XX, a república encontra-se em num período de inquietação intelectual, que ocasiona na tendência a execução de eventos de caráter cultural, como exemplo, a Semana da Arte Moderna realizada em São Paulo (1922), Manifestos Pau-brasil (1924) e Antropofágico (1928), que entre outros eventos e manifestos na época, serviu de terreno para desenvolvimento dos ideais do modernismo no Brasil, esse processo dentro do país, ocorre junto a outras questões políticas no mundo, compondo um senário não favorável. O pós primeira guerra (1914-1918), a grande-depressão, em Nova York (1929), onde a quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial, as dificuldades materiais e técnicas para realizar uma arquitetura moderna, sobre tudo dentro do Brasil, além do nacionalismo e doutrinas sócio-políticas como reacionários totalitários, terem seus ideais apoiados com “muita força na Europa e países como o Brasil”.

A arquitetura moderna no Brasil, desenvolve-se então considerando como grande diretriz a identidade cultural do país como forma de expressão no objeto edificado. Nesse período o arquiteto, urbanista e professor Lucio Costa, empoderado do pensamento intelectual e político presente, propõe que se trabalhe sobre uma arquitetura moderna brasileira que seja fomentada na “expressão nativa”, essa proposta foi desenvolvida e abraçada, adotada desde suas premissas como senso comum, um ideal bem sucedido, nos momentos seguintes esse modelo é ditatório no pais para uma arquitetura brasileira bem sucedida, e “tudo que não engajava-se como expressão cultural genuína passava a ser visto como mero produto comercial.”

Sobre a liderança de Lucio Costa e Oscar Niemeyer, consolidada sobre os princípios citados acima, se desenvolve a produção arquitetônica da escola carioca, “nome pelo qual parte produção moderna da arquitetura brasileira é comumente identificada pela historiografia”, de outro lado, encorajados por Vilanova Artigas, desenvolve-se a escola paulista, propondo uma arquitetura que ressalta a técnica construtiva, o uso concreto armado aparente, e destaque para o sistema estrutural.

Ainda antes dos pilares da arquitetura moderna brasileira, serem laçados da forma como conhecemos; resultante de diversos acontecimentos emergirem quase que ao mesmo tempo se vivia um momento singular, o Rio de Janeiro inclinava-se mais ao Beaux-Arts, estilo arquitetônico originado na escola de belas artes de Paris, que casa influências gregas e romanas a ideias renascentistas. Com notório uso de adornos, flores, estatuas, colunas entre outros. Em são Paulo, o grande número de imigrantes Italianos passa a refletir na cultura, no sotaque conhecido, e até mesmo na arquitetura trabalhada.

Em época, o arquiteto, construtor e professor carioca Heitor Melo foi um dos pioneiros em adotar o estilo neocolonial no Rio de Janeiro, onde em 1922 se discutia sobre tomar a neocolonial como estilo representativo da república, no entanto esse período seria o mesmo no qual o arquiteto, urbanista e professor Lucio Costa laça a tão bem aceita proposta de uma arquitetura de “expressão nativa”. O Rio de Janeiro se torna berço de cultura, atraindo e alimentando um público com gosto para apreciar e alavancar o terreno cultural, “Academia Imperial de Belas Artes– mais tarde ENBA– e a Academia Brasileira de Letras” são importantes trunfos frutos da época, Em São Paulo a extensão econômica e o acolhimento a estrangeiros criava uma ponte de comunicação com exterior, como a vanguarda europeia, viabilizando um fluxo de informações atualizadas alimentando a cultura e combustível intelectual. Foi por meio da conexão com o exterior que o Brasil se conecta com vanguarda em Paris por meio de personalidades como a pintora e desenhista Tarsila do Amaral, o escritor Oswald de Andrade e o maestro e compositor Heitor Villa-Lobos, na Europa junto a grandes nomes como o pintor espanhol Pablo Ruiz Picasso e a escritora, poeta Gertrude Stein que brasileiros desenvolveram e absorveram um novo olho olhar e entender sobre arte, literatura e poesia moderna.

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