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Avaliação critica da relação dos filme Arquitetura da Destruição e Caçadores de Obras Primas

Por:   •  31/1/2016  •  Resenha  •  830 Palavras (4 Páginas)  •  847 Visualizações

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No filme Arquitetura da destruição, de 1989, é traçado a relação que Hitler tinha com a arte. Tanto antes de sua ascensão política, onde sonhou a ser artista, até mesmo depois quando a arte pode influenciar a propaganda política, que por sua vez teve papel essencial no desenvolvimento do nazismo em toda a Alemanha. O filme traz ainda a percepção que Hitler, além de ser um artista frustrado também tinha uma mente fechada e preconceituosa com a arte e a humanidade, onde segundo ele, a arte clássica seria a arte verdadeira, e a produção moderna que não segue aqueles parâmetros eram, portanto, degeneradas. Assim, como demonstra o filme, surgem as suas exposições de arte e a de arte degeneradas, que eram associadas ao deformado, ao grotesco. O fascínio pela antiguidade, como Grécia e Roma é destacado no filme, idolatria essa que justificava, em sua concepção, a limpeza do mundo de um judeu quase fantasioso que supostamente seria o culpado pelo fim da cultura, e assim associado a um pequeno parasita que se alimenta lentamente. O filme é uma visão do mundo construído por hittler visto por outra perspectiva, um resumo de como a arte pode influenciar e justificar toda uma guerra.

No filme Caçadores de Obras primas, de 2014, é contada a história dos especialistas que foram destinados para salvar obras saqueadas pela Alemanha. O filme concentra em alguns poucos personagens, mesmo que na realidade a quantidade de envolvidos chegou a mais de 350 pessoas, e relata a procura desses homens pelas obras saqueadas na tentativa de defender e proteger o que for possível. Hittler, que sonhava em construir a cidade padrão em Linz e dela fazer a capital cultural do mundo, tanto destruía quanto guardava obras saqueadas, essas obras da humanidade, portanto eram classificadas quanto a seu suposto valor e então separadas de acordo com a própria vontade de Hitler e seus oficiais. O filme apesar de ser comercial e não tão aprofundando historicamente trouxe uma outra visão da guerra, a visão vista por aqueles que queriam salvar uma cultura.

Ambos os Filmes, trazem uma discussão importante para os dias atuais, o que seria a arte que deve permanecer e a arte que deve padecer, dentro de um contexto geral, é claro, a arte é arte por si só, e a partir do momento que defende uma ideia já tem seu valor cultural e social. Hittler demonstra, que apesar de algum talento em gravura em aquarela, tinha uma mente extremamente pequena, preconceituosa e limitada, ao ponto de tentar defender uma arte clássica e justificar com isso a destruição e “humilhação” da outra. E mesmo quando tentou selecionar grandes obras que seguiam o estilo clássico, surgia retratos seus e de sua família, demonstrando o orgulho exacerbado de um político que se auto intitulou crítico de arte e salvador da mesma. Na guerra, mais de 5 milhões de obras chegaram a ser roubadas e levadas a Alemanha, entre elas pinturas, objetos e tantas outras formas de arte. O filme Caçadores de Obras Primas relaciona-se com o primeiro justamente nesse ponto, enquanto a Alemanha saqueava e escondia as obras, eles trabalhavam para protege-las e leva-las de volta. Mesmo que pareça uma história utópica, a associação de ambos os filmes e o entendimento da história mostra como, de certa forma, foi ridículo um governante sentir-se superior a qualquer outra pessoa da humanidade, privando-as do direito de vivenciar uma arte nova e o direito de sua

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