CONTEXTO HISTÓRICO: A Igreja Católica
Por: CU13 • 18/3/2020 • Resenha • 1.204 Palavras (5 Páginas) • 273 Visualizações
CONTEXTO HISTÓRICO
A Igreja católica foi a instituição mais poderosa da idade Média. Numa época em que a riqueza era medida pela quantidade de terras, a Igreja chegou a ser proprietária de quase dois terços das terras da Europa ocidental.
Era respeitada por grande parte da população onde tinham influência, além de grande poder (principalmente capital e politico), principal responsável pela “idade das trevas”, promovendo perseguição, opressão às culturas e costumes locais e derramamento de sangue por onde passava.
O Renascimento revolucionou este quadro, estabelecendo ao longo de aproximadamente 10 séculos: a nova prática econômica e outros fatores significativos contribuíram para uma revalorização do homem como agente do seu destino, ou seja, foi marcada pelo antropocentrismo. Entre as principais mudanças estão: Fortalecimento da burguesia, Resgate das artes clássicas, recuperação de estudos da matemática e estudo da geometria.
Neste contexto surge a Reforma Protestante, a partir dos princípios propostos pelo monge agostiniano Martim Lutero (1517), em resposta ao extremismo e corrupção da igreja católica que segundo Lutero já não seguia mais os ensinamentos de Jesus. Em pouco tempo a Europa se via dividida entre católicos e protestantes. No período de quase três décadas o protestantismo obteve expressiva expansão, surpreendendo a Igreja de Roma.
A resposta da Igreja Católica veio como medida para conter a sua perda de influência, conhecida como “contra reforma”. A partir de 1545, bispos e cardeais reuniram-se no Concílio de Trento. Em quase 20 anos de reuniões sucessivas, os católicos propunham atrair os fiéis perdidos e conquistar outros, das novas terras recém-descobertas, por meio de novas propostas litúrgicas, novos edifícios religiosos, mudança das relações com as populações, chegando a ponto de absorver divindades das culturas locai, que antes eram alvos de retaliações, e transformá-las em parte de sua mitologia. Outras mudanças radicais provocadas pela Contra Reforma exigiam novos edifícios religiosos: surge o púlpito, sobre a cabeça dos fiéis, onde a Palavra seria celebrada na língua natal. Os santos venerados no local receberiam espaço nas naves laterais, e suas imagens dispostas em altares seriam zeladas por irmandades especiais.
A IGREJA CATÓLICA NO BRASIL
A Companhia de Jesus (jesuítas) chega ao Brasil com a exclusividade da representação religiosa. Inicialmente, só eles eram autorizados pela Coroa Portuguesa. No Brasil Colonial, a única religião permitida era a Católica Apostólica Romana. As ordens religiosas que atuaram no Brasil foram: Jesuítas , Franciscanos, Beneditinos e Carmelitas.
ARQUITETURA RELIGIOSA
“De acordo com a tipologia e cronologia dos conjuntos, os edifícios religiosos apresentam três fases distintas: ◦ Primeira Fase – de 1549 a 1654 – da chegada dos jesuítas e fundação do primeiro colégio até a reconstrução do colégio da Bahia. ◦ Segunda Fase – da segunda década do séc. XVII até as primeiras décadas do século XVIII – caracterizada pelos grandes conventos das ordens religiosas (franciscanos e carmelitas) até a consolidação dos templos na ocupação do interior. ◦ Terceira Fase – todo o século XVIII – marcada pelas construções de igrejas e capelas para abrigar o culto de irmandades e confrarias, que desempenharam um papel relevante na organização e consolidação da ocupação do interior.”
Primeira Fase (1549-1654):
São característicos da primeira fase os Colégios dos jesuítas. Constituídos por planta quadrangular, com pátio descoberto ao centro e edifício para o culto – a igreja – em uma das faces do polígono. Consistia em nave única, capela-mor e duas colaterais. Não havia espaço de transição entre o exterior e a nave da capela. Os colégios jesuítas possuíam uma uniformidade formal, com os três elementos integrantes da fachada principal – igreja, torre sineira e colégio – dispostos num mesmo plano. Às vezes possuíam acesso por porta única. Sobre ela, óculo ou janela, ou ainda três janelas. Possuíam frontão triangular despojado e portas e janelas com sobrevergas ou frontões triangulares. A decoração das naves era despojada de ornamentos, paredes caiadas, telha vã. Somente nos retábulos e altares colaterais havia maior cuidado nas talhas ou nas imagens dos santos-de-roca. Ornamentação e interior: na Colônia, devido às condições locais, a madeira dourada a têmpera e pintura conseguiram substituir a técnica aplicada na Europa.
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