Cap. V "O Barroco", do livro "A formação do homem moderno vista através da arquitetura"
Por: Hudson Lopes • 28/4/2020 • Resenha • 725 Palavras (3 Páginas) • 558 Visualizações
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Resenha
Capítulo V
O Barroco
Resumo
O assunto dessa resenha é referente ao capítulo cinco do livro "A formação do homem moderno vista através da arquitetura" do autor brasileiro Carlos Antônio Leite Brandão. Nesse capítulo, chamado "O Barroco" o autor faz algumas referências do artista Michelangelo, citando seus conflitos e crise de suas obras, abrindo espaço para o início do Barroco, sendo comparado com o Renascimento. Brandão cita que as obras arquitetônicas do Barroco expressavam o poder da igreja na época e que os edifícios tinham papel de comunicar e relacionar com a cidade, iniciando o Urbanismo Barroco.
Análise do Texto
O autor Carlos Antônio Leite Brandão possui graduação em Arquitetura e Urbanismo, possui título de mestre e doutor em Filosofia, é professor titular da UFMG e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além de ter feito especialização em Cultura e arte Barroca, e pós-doutorado na Fundation Maison des Sciences de I'Homme e École des Hautes Études em Sciences Sociales. Atua como professor da Escola de Arquitetura da UFMG, no Departamento de Análise Crítica e Histórica. Elabora várias obras desde 1991, com destaque para os livros "O combate da arte em Leon Battista Alberti", "As cidades da cidade", "Quid Tum", "A república do saberes", e "A formação do homem moderno vista através da arquitetura", livro do qual foi retirado o capítulo dessa resenha, é um livro que pode ser dividido em duas partes, a primeira em que ele situa o leitor na ordem cronológica dos estilos arquitetônicos, já com uma análise crítica e filosófica de cada período, a começar pelo Gótico, terminando no Barroco. E depois na segunda parte ele releva a separação e evolução dos estilos arquitetônicos e suas consequências na sociedade Moderna.
Desta maneira, no capítulo cinco do livro, denominada "O Barroco", o autor inicia o texto fazendo referências do artista Michelangelo, citando suas crises e conflitos de suas obras e que isso abriu espaço para o início do período denominado Barroco, comparando-o com o Renascimento, o qual fazia uma imitação do universo, e que a contra-reforma do maneirismo modificou a concepção de se fazer a arquitetura. "A arquitetura de Michelangelo não inaugura o período barroco mas, sem dúvida, funda um campo de possibilidades estéticas inéditas para a produção artística que lhe seguiria" (p.107).
O papel do arquiteto passa a ser de criador e que muda-se o conceito de beleza, de modo que os elementos são empregados de forma mais criativa, sem imitar e sim, explorar com mais autoridade e excelência. O Autor cita que as obras arquitetônicas do Barroco expressavam o poder da Igreja na época e que os edifícios tinha papel de comunicar e se relacionar com a cidade, que inicia o urbanismo barroco. Concluindo que a arquitetura barroca formou o homem moderno, caracterizado pela subjetividade, ou seja, por si próprio, e consequentemente, sendo trágica e vigorosa.
No século XVI, o homem se vê povoado de conflitos, incertezas e "alienado" de um mundo exterior onde não encontra nenhuma fonte de referência para sua situação no mundo, o autor cita que:
Esse conflito entre corpo e alma e a alienação do homem maneirista frente ao mundo estão expressos na obra de Michelangelo, na Basílica de São Pedro, onde sugere-se que é dentro de si mesmo que o homem deve buscar sua segurança existencial" (p.108).
Já no século XVII, a arquitetura barroca explorará uma nova arche, a subjetividade poderosa, criando uma nova síntese para o século, sendo ela a nota fundamental. "Para Michelangelo, a subjetividade procura regular a criação e se afirmar como a arche que deverá presidir a arquitetura" (p.109). "O dinamismo e a tensão do espaço interno são contidos pela parede e se opõem ao espaço externo, não havendo interação entre ambos" (p.109).
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