Casas Bahia
Trabalho Universitário: Casas Bahia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: leovilan30 • 15/5/2014 • 3.910 Palavras (16 Páginas) • 518 Visualizações
SUMÁRIO
1. Introdução-----------------------------------------------------------------------------04
2. Histórico da Casas Bahia--------------------------------------------------------05
3. Fusão da Casas Bahia com o Grupo Pão de Açúcar-------------------09
4. Análise Econômica da Viavarejo----------------------------------------------10
5. Comportamento Organizacional----------------------------------------------12
6. Resultados Financeiros da Viavarejo---------------------------------------15
6.1 Lucro Trimestral da Viavarejo---------------------------------------15
6.2 Lucro Liquido Anual da Viavarejo----------------------------------16
7. Considerações Finais--------------------------------------------------------------17
1. Introdução
Uma fusão estratégica que proclama alavancar o melhor de duas empresas e promete melhores oportunidades de crescimento, oculta no âmago do discurso os percalços inerentes a estas grandes e rápidas transformações. Na busca pelo retorno financeiro favorável à ótica dos acionistas é subjugada a ótica do colaborador cujo comportamento afeta o desempenho das empresas.
Este contrassenso é a base deste trabalho que investiga o processo de fusão de duas instituições anteriormente concorrentes que passaram a operar sob uma mesma bandeira. A importância deste estudo está baseada na análise dos processos culturais e financeiros de cada entidade, onde os resultados retratam uma visão geral dos colaboradores que atravessam um intenso processo de transformação organizacional.
2. Histórico da Casas Bahia e o seu estilo de gestão
A história de vida de Samuel Klein, fundador das Casas Bahia transformou-se em um caso de sucesso de repercussão e curiosidade mundial. A dificuldade e crueldade que ele e sua família enfrentaram fizeram com que obstáculos fossem transpostos em busca de uma vida de paz e felicidade. Sua personalidade, marcada por carisma, confiabilidade, persistência e coragem fez nascer uma potência empresarial no segmento eletroeletrônico. Com base na análise do cenário externo e políticas da empresa, buscou-se demonstrar que seu fundador possui características determinantes e elementar à nova demanda flexível do mercado, principalmente para as classes econômicas menos favorecidas.
Nos últimos anos a Casas Bahia teve um crescimento contínuo que a colocou em primeiro lugar entre as empresas de sua área de atuação.
A estratégia de marketing é apresentada como ponto fundamental, pois teve um papel primordial no relacionamento com os clientes. O varejo proporcionou a diferenciação de seus concorrentes ocupando uma posição marcante e difundindo a identidade da marca e o conceito da loja.
Segundo Marcovitch (2003) os laços familiares estão presentes nas atividades empresariais ou vice-versa. O rápido crescimento da Casas Bahia, independente de todas as crises econômicas que assolaram o país nas últimas décadas, está diretamente ligado ao perfil de seu fundador.
Samuel conseguiu em pouco tempo despertar a simpatia dos clientes, em 05 anos aumentou uma lista de 200 para 5.000 clientes. Parcelava os pagamentos e a cada mês, quando visitava os clientes para receber a prestação, fazia novas vendas e assim mais parcelamentos.
Com o aumento dos clientes Samuel não conseguia mais fazer visitas mensais, passou a visitá-los a cada 45 dias, o que facilitava ainda mais para os clientes o pagamento, e, por conseguinte, propiciava mais vendas.
Em novembro de 1957, Samuel compra a primeira loja que já se chamava Casas Bahia, em homenagem ao grande número de nordestinos na cidade e por isso o nome foi mantido. Samuel tinha inúmeros “mascates” que continuavam trabalhando para ele, em charretes, independente do estabelecimento comercial fixo, até que a loja estivesse devidamente estruturada. Na loja, Samuel negociava móveis, vendidos juntos ou separados, sempre através de parcelamentos.
Essa flexibilidade de negociação facilitava as vendas e propiciava o crescimento do negócio, o que por sua vez estava contribuindo para o seu prestígio com os fornecedores. Negociante experiente, Samuel se aproveitava desse prestígio para comprar grandes quantidades e conseguir preços mais acessíveis. Em pouco tempo os fornecedores estavam disputando lugar na loja e anunciando seus produtos na “Casas Bahia”, com bons descontos, fazendo propaganda gratuita para Samuel.
Ainda na década de 60, mantendo a estratégia das vendas financiadas, Samuel Klein, para oferecer aos seus clientes financiamentos em longo prazo, repassou às financeiras esse serviço, contudo, as elevadas taxas de juros cobradas acabaram por dificultar as vendas. Foi então que ele reviu sua estratégia, fez acordos com as financeiras, recebia diretamente dos clientes as prestações, conseguindo assim uma diminuição dos juros, e se comprometia a repassar os pagamentos às financeiras.
Já em 1970, percebendo que seu crescimento estava sendo cerceado pela falta de capital e investimentos, e sem desistir do objetivo de crescimento, de ampliação dos negócios e da abertura de filiais, Samuel adquire 50% da Interinvest Financeira. O resultado é tão satisfatório que 04 meses depois ele adquire os outros 50%, sempre reinvestindo os recursos na empresa.
Samuel se mantinha a frente dos negócios, pagava salários acima da média do mercado, investiu em campanhas publicitárias, em parceria com fornecedores, que repassavam 3% do valor dos pedidos de mercadorias para sua divulgação, manteve a característica de empresa familiar, e tirava vantagem disso, pois as decisões eram tomadas sozinho.
Na década de 80, num cenário nacional marcado por crises, autos índices de inflação, inúmeros planos de estabilização econômica, instabilidade política, mudança de moeda, etc. Samuel Klein, continuava apostando em crescimento; a Casas Bahia adquire sua primeira fábrica de móveis, investe em estoques e com uma leve retomada no poder de
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