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Edificação Residencial

Por:   •  25/10/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.432 Palavras (14 Páginas)  •  166 Visualizações

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SINOPSE DO CASE: Edificação Residencial[1]

Brenda Veneranda Fernandes Silva[2]

Telmo José Mendes[3]

1 DESCRIÇÃO DO CASO

O Brasil, atualmente, tem demonstrado um quadro de estabilidade econômica e melhor distribuição de renda entre a população, logo, esse crescimento econômico vem possibilitando o alcance de alguns objetivos pessoais na vida dos brasileiros, entre estes a aquisição da casa própria que tem sido facilitada pelas maiores ofertas de financiamento e facilidade de opções de pagamento.

Entre as regiões com maior potencial para tal desenvolvimento imobiliário está o Nordeste por apresentar, além da qualidade de vida favorável, grandes áreas disponíveis para a construção e mão de obra qualificada e acessível. Diante disso, um empresário decidiu morar no Estado do Maranhão e adquirir sua própria moradia, esta elaborada através de um projeto arquitetônico.

No momento, tal projeto encontra-se em fase inicial e necessita de algumas análises e pré-dimensionamentos dos elementos estruturais e seus materiais constituintes, assim como a avaliação para a escolha do tipo de fundação mais adequado. Para tais análises, o profissional deverá se cercar de dados e informações para apresentação junto ao cliente que tem a necessidade de entender a estrutura que irá compor sua residência já que este sabe a importância deste sistema para a segurança e durabilidade da edificação.

2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO

Identificar os principais aspectos relacionados à implantação de uma residência unifamiliar, levando-se em consideração a análise e pré-dimensionamentos dos sistemas estruturais que permeiam tal edificação, dando-se atenção à escolha do tipo de fundação mais adequada ao terreno em questão.

2.1 DESCRIÇÃO DAS DECISÕES POSSÍVEIS:

  1. Compreensão do papel da estrutura no projeto arquitetônico;
  2. Estudo das propriedades e características dos concretos e suas resistências;
  3. Análise do emprego de elementos estruturais de concreto armado na concepção arquitetônica;
  4. Dimensionamento de estruturas;
  5. Descrição dos tipos de fundações;
  6. Estudo dos tipos de lajes existentes e suas aplicações;
  7. Análise do lançamento e pré-dimensionamento de vigas, lajes, pilares e fundações em concreto armado.

2.2 ARGUMENTOS CAPAZES DE FUNDAMENTAR CADA DECISÃO

  1. Desde os primórdios da humanidade o homem tem a necessidade de abrigos. No início eram cavernas e ambientes estritamente naturais, com o passar do tempo e junto à evolução humana se passaram a construir abrigos, casas e edifícios aliando a necessidade de proteção e sobrevivência à beleza em um só ambiente. Diferentes métodos construtivos foram se desenvolvendo, aliados a descoberta de diversos materiais como a o barro, a madeira, as fibras vegetais entre outros, que foram se agregando e evoluíram para a composição de componentes como o concreto, a argamassa e o cimento.

Paralela a essa evolução, as tipologias arquitetônicas também se desenvolveram, foram criados projetos dos mais monumentais, como os templos gregos e as igrejas góticas da Idade Média, a residências e apartamentos compactos.

Todas essas construções apresentam algo em comum, a necessidade da concepção estrutural, entender como os materiais trabalharão em consonância, como as cargas da edificação serão distribuídas, como esta resistirá às ações e conduzirá os carregamentos ao solo e quais os componentes farão essa distribuição é uma análise primordial para produzir resultados funcionais.

Além disso, deve-se associar à função estrutural ao projeto arquitetônico, pois primeiro dá forma a segunda, já que sem estrutura não há garantia da forma arquitetônica. Este também garante o exercício das funções a que se destina o projeto arquitetônico, ou seja, configura o entorno, organiza e limita os espaços e, por fim, participa da expressão arquitetônica, permitindo a monumentalidade e o desenvolvimento de diversos aspectos formais.

Além disso, outro aspecto que exige bastante controle no gerenciamento de uma construção é o econômico, informações relacionadas ao custo, prazos, materiais, equipamentos e etc. devem ser bem gerenciadas para minimizar desperdícios. Logo, quanto maior o projeto, maior a necessidade de compatibilização entre as atividades técnicas, a exemplo do projeto arquitetônico e do estrutural, que devem estar integrados permitindo, assim, a otimização de soluções técnicas e econômicas.

Segundo CORRÊA e NAVEIRO (s/d, p.01):

[...] Dentre as diversas integrações entre projetos de edifícios, a interface entre arquitetura e estrutura requer uma atenção maior, pois a estrutura representa a maior percentagem de gastos na execução (cerca de 19% a 26% do custo total do edifício) e os erros cometidos na execução da estrutura são os mais difíceis de serem corrigidos. Por outro lado, os custos de projeto variam em média de 1,6% a 2,7% do custo total do edifício, portanto, é menos custoso corrigir um projeto do que uma obra estrutural executada. Nessa interface, o projeto estrutural deve respeitar a forma e a estética definidas no projeto arquitetônico, bem como a arquitetura deve proporcionar soluções estruturais viáveis dos pontos de vistas técnico e econômico.

Assim, é muito importante para o profissional de arquitetura possuir domínio técnico a respeito do assunto, tal iniciativa resultará em uma melhor integração entre a arquitetura e o sistema estrutural, logo, como foi explanado anteriormente, o projeto contará com maior economia e poderá, da mesma maneira, atender aos princípios estéticos oferecidos pela arquitetura.

  1. O concreto que conhecemos atualmente tem suas bases remontando a era clássica da humanidade, mais especificamente durante a civilização romana, que utilizavam a Pozolana, uma espécie de cimento que tem o nome derivado das rochas vulcânicas na região de Pozzuoli, no sul da Itália, próxima ao monte Vesúvio. As rochas eram moídas e misturadas à cal, formando o cimento, que foi largamente utilizado nas construções em Roma, no Coliseu romano há material pozolânico em sua composição e é uma estrutura bastante resistente que tem sobrevivido a diversas intempéries ao longo dos séculos.

Com o desenvolvimento dessas técnicas as construções romanas se tornaram ainda mais grandiosas e resistentes, algumas ainda estão conservadas até hoje, embora esse conhecimento tenha se perdido durante a Idade Média e só tenha sido resgatado por volta do século XVIII com o engenheiro inglês John Smeaton, que através de um experimento com aglomerantes desenvolveu o cimento hidráulico, a partir dai, uma sucessão de materiais foi sendo desenvolvida até se chegar ao Cimento Portland, criado e patenteado por Joseph Aspdin em 1824.

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