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GERENCIA

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Por:   •  17/4/2014  •  Resenha  •  759 Palavras (4 Páginas)  •  289 Visualizações

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Ter patrão ou ser patrão...Eis a questão.

Quando resolvi deixar de ser empregado para montar o meu próprio negócio (perdoe-me a redundância), coincidentemente encontrei em uma loja de móveis para escritório um amigo que estava ali pelo mesmo motivo: ambos estávamos montando um escritório de contabilidade. Ali mesmo travamos uma entusiasmada conversa acerca das nossas expectativas e dos nossos sonhos de um futuro melhor para nós e para a nossa família. Ele, mais empolgado do que eu, falava da idéia de trabalhar para si mesmo, sem ter que dar satisfação a ninguém, muito menos a patrão; de poder chegar mais tarde e sair mais cedo; de ausentar-se para um passeio no final de semana com a família; enfim, queria ser o dono do próprio nariz, ou seja, do próprio negócio. Com um brilho intenso nos olhos, falava da idéia de fazer do seu empreendimento o maior e melhor da região. Sonhava ser referência, um modelo a ser seguido no ramo de prestação de serviços contábeis.

Passada a euforia inicial, confidenciou-me ele que se não tomasse uma atitude urgente, ficaria louco porque não agüentava mais as intransigências do patrão. E também, ele se sentia injustiçado, porque o patrão ganhava cada vez mais e ele, cada vez menos. “Patrão nunca mais”, disse-me, afinal.

Mais de uma década depois, valho-me daquela conversa para compartilhar algumas verdades, que servem apenas para aqueles de visão curta, que ainda não entenderam a dura realidade do empreendedor:

Primeira: Quando você é empregado, você tem horário a cumprir, o qual é restrito à sua jornada de trabalho. Quando você é patrão, você tem compromissos que não se restringem ao relógio. Se é verdade que o patrão goza da prerrogativa de poder chegar mais tarde ou sair mais cedo, viajar nos finais de semana etc, é verdade também que ele terá que de alguma forma compensar essas vacâncias em outra oportunidade.

Segunda: Quando você é empregado, você não tem que se preocupar com contas a pagar: luz, água, telefone, aluguel, condomínio, folha de pagamento de pessoal, férias, 13º salário e outros benefícios concedidos aos funcionários, tributos, impostos, taxas, contribuições, contador, advogado, treinamentos e tantos outros compromissos.

Terceira: Quando você é empregado, você não tem que se preocupar com recrutamento, seleção e treinamento de pessoal; não tem que demitir, advertir ou suspender ninguém, o que muitas vezes é uma árdua missão, mas é necessária.

Quarta: Quando você é empregado, você não tem que vigiar quem está chegando atrasado ou saindo cedo, faltando sem motivo justo, navegando na internet pelos orkuts e MSNs da vida ou de outra forma “enrolando” no trabalho.

Quinta: Quando você é empregado, você não tem que recorrer a instituições financeiras, submetendo-se a juros altíssimos para honrar seus compromissos e “não deixar a peteca cair”.

Sexta: Quando você é empregado, você não tem que se preocupar com a imposição de multas que são aplicadas a toda empresa que infringe normas legais, muitas vezes até por desconhecê-las.

Sétima: Quando você é empregado, você não tem necessariamente que se preocupar com a satisfação do cliente, pois isto é problema do patrão.

Oitava: Quando você é empregado, você não tem que

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