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História da Arquitetura Mundial

Por:   •  11/7/2018  •  Resenha  •  2.984 Palavras (12 Páginas)  •  504 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITARIO DE BRUSQUE – UNIFEBE

CAMILA RAISER

RESENHA

BRUSQUE

2015

CAMILA RAISER

A HISTÓRIA DA ARQUITETURA MUNDIAL: CAP. 14 “O pregresso do século XIX.

Resenha Informativa apresentada a disciplina de História da Arte e da Arquitetura II da 2ª fase no Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE

Professora: Cíntia Aparecida da Silva

(Referência)

FAZIO, Michael; MOFFETT, Mirian; WODEHAUSE, Lawrence. A história da arquitetura mundial. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2011.

A arquitetura do século XIX foi a mais diferente até então, pois foi nesse período que ressurgiram estilos históricos antigos como o Gótico, Grego, Islâmico, Egípcio, Bizantino e Paleo Cristão. Outro fator importante para o período, que influenciou diretamente na arquitetura foi a descoberta dos novos materiais, decorrentes da Revolução Industrial. Esses novos materiais não apenas possibilitaram novas formas de construção, como também abriram portas para novos limites, que influenciaram na arquitetura do século XX.

  1. O NEOCLASSICISMO

Os mais importantes precursores do Neoclassicismos foram Karl Friedrich Schinkel na Alemanha, Thomas Jefferson nos Estados Unidos, Sir John Soane na Inglaterra e Benjamin Henry Latrobe na Inglaterra e nos Estados Unidos.

  1. Karl Friedrich Schinkel

Foi Karl quem introduziu na região da atual Alemanha o Neoclassicismo, sendo que ele utilizou na maior parte elementos da arquitetura grega. Para Karl a arquitetura grega focava a cidade. Suas construções mais famosas foram a Casa da Guarda Real, o Teatro Nacional Prussiano e o Alt Museum. Além dos elementos gregos, Karl produzia estruturas monumentais de forma inteligente e precisa, com espaços flexíveis, combinando arquitetura e paisagem, com ou sem simetria.

  1. Sir John Soane

Utilizando de Características Românicas, Soane foi o principal precursor do Neoclassicismo na Inglaterra. Sua principal característica era a fora cuidadosa e planejada de trabalhar com a luz, através de Clerestórios e Claraboias. Um exemplo de sua obras foi o Bank os England, onde toda sua decoração foi talhada em baixo relevo.

  1. Benjamin Henry Latrobre e Thomas Jefferson

Latrobre nasceu na Inglaterra, onde exerceu sua arquitetura antes de emigrar para os Estados Unidos, onde contribuiu na construção do famoso Capitólio. Projetou o Banco da Pensilvânia e a Catedral de Baltimore, ambos em estilo Romano. Outri importante arquiteto norte-americano foi Thomas Jefferson, que além de arquiteto teve muitas outras atribuições, sendo inclusive o terceiro presidente do País. Sua arquitetura trazia elementos da Roma antiga e foi ele quem projetou a University of Virginia, onde o modelo de planejamento foi bastante admirado. Outra edificação bastante famosa foi sua própria casa, na Virginia, com cúpulas e muitas janelas, demonstrou o quão criativo era seu estilo.

  1. O HISTORICISMO GÓTICO

  1. AWN Pugin

O principal historicista gótico na Inglaterra foi Augustus Welby Northmore Pugin. Ele trouxe de volta este estilo, pois acreditava que dessa forma traria de volta a imponência e o poder do catolicismo do passado. Ele buscava demonstrar não só o quanto a arquitetura havia mudado, mas como havia perdido a qualidade monumental. Para ele a cidade medieval trazia um ambiente visual e religioso, enquanto a Industria visava apenas interesses capitalistas. Pugin colaborou com os detalhes da reconstrução do Parlamento do Reino Unido.

O movimento Eclesiológico na Inglaterra e nos Estados Unidos

Esse movimento surgiu em 1830 e tinha o intuito de resgatar os ritos medievais da Igreja Anglicana perdido em função da Reforma. Este movimento encontrou muitos apoiadores na universidades, local onde o movimento estava se formando.

Eugène Emmanuel Violet-Le-Duc

Foi ele quem trabalhou com o Historicismo Gótico na França. Como Pugin ele defendia o uso da arquitetura medieval, porém, de forma mais racional. Ele lutava para que as escolas desenvolvessem estudos referente a este estilo, porém, não obteve muito sucesso. Com todo seu envolvimento em prol do Historicismo Gótico ele ficou conhecido e foi chamado para inúmeros projetos de restauração. Para Violet-Le-Duc a restauração ia muito além de reconstruir, para ele restaurar era devolver ao estado de perfeição. Suas teorias impactaram no racionalismo do século XIX e no modernismo do século XX.

A ÉCOLE DE BEAUX-ARTS

A escola de Arquitetura mais influente na França no século XIX, sendo que devido a sua importância influenciou também na arquitetura norte-americana. Os alunos aprendiam de forma peculiar uma sequência de aspectos que deveriam ser analisados, desde as necessidades, as relações hierárquicas dos espaços, a simetria e a ornamentação, esta última com tanta ênfase que fazia com que as pessoas achassem que para eles a estética visual era mais importante que a estrutura em si, o que acabou culminando na modificação de alguns princípios da École para o Modernismo Europeu no início do século XX. Nesse período não havia outra instituição em toda a Europa e Estados Unidos com tamanha competência, sendo que serviu de modelos para as que surgiram posteriormente.

Richard Morris Hunt e a Feira Mundial de Chicago

Foi o primeiro norte-americano a frequentar a École des Beaux Arts, o que o ternou um profissional muito cobiçado nos Estados Unidos, já que a nova burguesia originada após a Revolução Industrial almejava por casas que imitassem a antiga nobreza europeia, trabalho este que Hunt cumpria com perfeição. Foi ele quem projetou a base da Estátua da Liberdade e a fachada do Metropolitan Museum of Art de Nova York, porém, sua participação mais impactante na arquitetura dos Estados Unidos se deu com a Feira Mundial de Chicago em 1893, onde os arquitetos mais importantes foram incumbidos de projetar as edificações que abrigariam a feira. O projeto foi todo baseado no estilo da École, inspirado no Renascimento Italiano. Todo o conjunto de edificações seguia a mesma linha construtiva, garantindo a unidade do complexo. A construção foi tão monumental que chegou a ofuscar as edificações modernas do período. Houve até quem afirmasse que isso tardou o desenvolvimento da arquitetura americana.

McKim, Mead e White

Foi o trio norte-americano que cumpriu com maior sucesso os preceitos da École. Mead, após estudar na Europa voltou para os Estados Unidos e conheceu McKim, que havia estudado nos Estados Unidos e posteriormente se aperfeiçoado também na École, voltando para os Estados Unidos em 1870 e abrindo uma firma com Mead em 1872.

Através de contatos de seu pai que era critico de arte e música, White conseguiu mesmo sem estudo formal nesta área, estágio na H.H. Richardson. Em 1879 White se junta a Mead e McKim, formando o prodígio trio, já que sua qualidades se completavam de forma perfeita. Uma de suas obras foi a Biblioteca Pública de Boston, além de inúmeras casas para os “novos ricos”, e a Pensylvania Station em Nova York (1902-11).

O PROGRESSO DO AÇO

Nesse período buscava-se novas formas de produzir o aço que só foi possível com a colaboração de Willian Kelly, que desenvolveu um conversor capaz de queimar o excesso de carbono com um jato de ar, porém, Kelly não foi bem sucedido, já que Henry Bessemer patenteou seu projeto e levou a fama pela invenção. Esta nova forma de produzir o aço não apenas barateou a produção, como agregou maior resistência ao produto que começou a substituir o ferro fundido, já que apresentava maior resistência a tração e a compressão. A primeira ponte de aço construída foi a Ponte Eads, sobre o rio Mississipi, sendo que o aço também foi utilizado na Ponte do Brooklyn, a mais importante do século XIX, com um vão de 500 metros, excepcionalmente projetada para resistir até o rompimento dos cabos principais.

A chegada dos novos materiais como o ferro e o aço, decorrentes da revolução Industrial trouxeram outra inovação que foi a ferrovia. Surgiu em 1825 na Inglaterra e se espalhou rapidamente por toda a Europa e Estados Unidos. As ferrovias não apenas trouxeram maior mobilidade, como também desempenharam um papel importante na formação de grande parte da economia. Ela surgiu na Revolução Industrial e foi da mesma forma importante para a continuação da mesma, já que a matéria prima para as indústria era transportada através das ferrovias. Ela também transformou os meios de comunicação e possibilitou a abertura de novos mercados.

AS APLICAÇÕES DA CONSTRUÇÃO COM FERRO E AÇO NA ARQUITETURA

Inicialmente os Arquitetos rejeitaram o uso dos novos materiais, pois para eles estes não agregavam estética visual as edificações como faziam os antigos materiais. Sendo que estes novos eram apenas utilizados em edificações industriais e estufas, já que sua estrutura era leve e resistente, podendo ter altura e grandes vãos para abrigar as plantas tropicais e fornecer o calor necessário, Como exemplo deste tipo de edificação temos a Casa das Palmeiras, em Londres.

Joseph Paxton

Formado como paisagista ele tinha experiência na construção de estufas. Em 1851 com a construção do Palácio de Cristal Paxton revolucionou a arquitetura. Ele utilizou dos conhecimentos que já possuía com a utilização do ferro e do vidro nas estufas e mediante a necessidade da construção de uma edificação para abrigar a primeira grande feira mundial em Londres, ele fez sua proposta. Como ele utilizaria os materiais que estavam sendo produzidos em grande escala, devido a industrialização dos processos, ele conseguiu apresentar um projeto com tempo menor de construção e mais barato, tornando a proposta irresistível. O Palácio de Cristal foi a primeira grande estrutura pré-fabricada, com mais de 5km de extensão, que após a exposição foi remontada em outro local, até der destruída por um incêndio em 1936. Essa edificação conseguiu mostrar para os arquitetos o quão vantajosa era a utilização dos novos materiais.

Henry Labrouste

Foi um arquiteto Francês que adotou as novas técnicas de construção do ferro e do vidro. Ficou famoso pela construção da Bibliothèque Saint Geneviève em Paris. Foi esta uma edificação historicista com fachada Neoclássica, porém, com as paredes externas em alvenaria e estrutura interna em ferro fundido, sendo que mesmo com o uso dos novos materiais ele conseguiu ornamentar com excelência cada espaço. Posteriormente Labrouste foi selecionado para trabalhar como arquiteto na Biblioteca Nacional da França.

Gustave Eiffel

Engenheiro francês que ficou famoso pela utilização do ferro em seus projetos. Sua formação, aliada aos conhecimentos do uso deste novo material permitiu que Eiffel criasse estruturas como pontes, e seu mais famoso projeto, a torre Eiffel. Enquanto muitos arquitetos estavam receosos quanto a utilização do Ferro, Eiffel já sabia aproveitar todas as vantagens deste novo método. Até os dias de hoje a Torre Eiffel é a maior construção de Ferro do mundo.

 

Os primeiros arranha-céus

Os norte-americanos foram o maiores construtores de arranha-céus, que surgiram para poder aproximar um número maior de pessoas nos grandes centros e também para aproveitar mais os terrenos que tinham a cada vez mais valor agregado. É claro que para isso as técnicas de construção tiveram que ser aprimoradas e o aço foi de suma importância para dar resistência a estas novas estruturas.

AS CONSTRUÇÕES COM ESTRUTURA INDEPENDENTE DE CONCRETO E MADEIRA

O concreto que havia caído no desuso desde os antigos romanos surge neste período aliado aos novos elementos, onde surgiu o concreto armado. A igreja Saint-Jean de Montmartre utilizou deste método. Outro método foi a estrutura em balão, com peças pesadas de madeira entalhada e encaixada.

O MOVIMENTO ARTES E OFÍCIOS

        A Industrialização ocorreu de forma na Inglaterra no século XIX com uma ordem social baseada em investimentos mecânicos e comerciais. Todos os produtos feitos em fábrica eram distribuídos amplamente, assim, elevaram o padrão de vida material. As cidades industriais eram cercadas por longos casarios degradantes para os trabalhadores, cresciam no centro da Inglaterra, onde havia energia hidráulica e carvão mineral disponíveis. Nesse momento houve uma preocupação com a parte artística que cada vez mais perdia lugar para as produções em escala.

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