Mercado imobiliário e edifícios de apartamentos : produção de espaço habitável no século XX
Por: Nathália Domingues • 3/6/2019 • Trabalho acadêmico • 549 Palavras (3 Páginas) • 150 Visualizações
Mercado imobiliário e edifícios de apartamentos: Produção do espaço habitável no século XX
texto de Simone Barbosa Villa
O início da modalidade e sua vinculação com o mercado imobiliário logo nas primeiras décadas do processo de verticalização carioca, iniciou uma competição entre incorporadoras pela produção das moradias dos setores mais completos para a população.
Em uma concorrência com os casarões erguidos em áreas nobres, os novos edifícios na zona sul tentaram estabelecer como os espaços preferidos da Elite durante as décadas de 1920/1930 E essas construções deveriam ser repletas de luxo e exclusivas, já que a elite apresentava repulsa por tudo aquilo que era agrupado e com o uso coletivo de espaço, como Cortiço.
Ja na cidade de São Paulo esse período consistiu em transformação de uma cidade Colonial para a cidade de tijolos, passando por um processo longo e dinâmico no mercado imobiliário.
A área urbana começou a se expandir de uma forma que o centro não se consiste mais em um local Residencial e sim comercial. Surgiram também os primeiros bairros Operários próximos a zonas industriais acompanhando vias férreas.
Em 1911 a companhia City comprou grandes extensões de terra, executando loteamentos, originando alguns bairros como Pacaembu e Butantã que seguiam um padrão paisagístico e urbanístico.
Ao longo das primeiras décadas do século 20 a cidade de São Paulo passou por remodelação Urbana e arquitetônica que geraram especulações do mercado imobiliário e muitos edifícios foram construídos na região central da cidade por grandes proprietários burgueses. Grande parte destes edifícios comportavam apartamentos e Comércio em seu pavimento térreo usando uma tipologia europeizada. Esse uso dos edifícios deu-se durante a década de 1910 onde vários foram construídos nas ruas principais do centro tendo térreo e no máximo mais quatro pavimentos superiores onde estavam as habitações.
O início do século foi marcado como começo do processo de industrialização do ramo da construção civil brasileira o que acabaria por diminuir o volume de materiais e peças importadas. Além do mais ligado ao aspecto de processo de urbanização e método construtivo especialmente do concreto armado muito utilizado até hoje no Brasil.
Esses edifícios eram encomendados de grandes proprietários burgueses Paulistas construídos visando apenas o lucro já que a maioria desses proprietários moravam em Palacete nos bairros mais ricos portanto não construíram tais edifícios para seu próprio uso. Além disso o centro neste momento era considerado uma área não apropriada para habitação de Elite.
Silvia Fischer no texto edifícios Altos no Brasil cita que esse processo de verticalização das cidades como Rio e São Paulo São ¨ geradores de novos métodos de investimento especulativos e de coleta privada excessiva da produção, deste modo a sua própria construção, determinado pela expansão física, tornando-se um fator de ampliação do Campo econômico. ¨
iniciou-se então um período de investimento financeiro o que impulsionou a partir de 1930 a procura cada vez maior pela construção vertical como forma de aplicação das rendas imobiliárias.
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