O Memorial Pré-Escola
Por: Ana Stabilito • 19/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.689 Palavras (7 Páginas) • 277 Visualizações
Curso de Arquitetura e Urbanismo
Coordenação do Curso de Graduação
Ateliê de Projeto de Arquitetura III
MEMORIAL JUSTIFICATIVO
ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Várzea Grande - MT
Junho / 2018
ANA STABILITO
RAFAELLA SAMLA
MEMORIAL JUSTIFICATIVO
ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho apresentado à disciplina “Ateliê de Projeto de Arquitetura III” do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário - UNIVAG, como requisito da avaliação parcial da aprendizagem.
Várzea Grande - MT
Junho / 2018
INTRODUÇÃO
A elaboração do Projeto de Escola de Educação Infantil da disciplina Projeto de Arquitetura III do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo do UNIVAG, com base na pedagogia de Loris Malaguzzi, nos permitiu ampliar a visão a respeito dos parâmetros arquitetônicos, colocar em pratica o conteúdo aprendido em diversas disciplinas desenvolvidas ao longo do semestre. O projeto arquitetônico dialoga diretamente com o projeto pedagógico da escola.
O conceito da escola foi elaborado e lapidado através de pesquisas e exercícios de fixação elaborados em sala de aula. Foram vistas diversas tipologias escolares, layouts de plantas baixas e como elas se adaptam ao entorno.
O partido adotado no projeto destaca-se por sua simplicidade e funcionalidade, âmbitos esses que foram buscados desde o primeiro momento de sua ação projetual. Mesmo com o olhar mais desatento, sua leitura é fácil, e acredita-se que este é um dos pontos fortes do projeto.
A escola EXPLORART visa atender um publico de 2 e 6 meses a 9 anos. A ideia principal do projeto é pensar em como a arquitetura pode influenciar no estimulo do estudo e desenvolvimento pedagógico, já que é na escola que essas crianças passam grande parte do tempo.
PROJETO DE REFERÊNCIA
GROUP ESCOLAIRE PASTEUR
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FICHA TÉCNICA
Local: Limeil-Brevannes, França
Tamanho: 9500 m², 5 escolas, 50 aulas com restaurante e biblioteca
Orçamento: 18,6 mil euros
Arquitetos: R2k-architectes, Grenoble, Veronique Klimine e Olavi Koponen
Engenheiro de madeira: Gaujard Technologies, Xavier Ceccarello
Construção: Holzbau Amann
Pinturas: Lauri Ahlgren
Data de conclusão:17/02/2013
Tida como uma das maiores escolas da França, com cerca de mil alunos, o Group Escolaire Pasteur, apresenta uma identidade própria para cada escola, mas ao mesmo tempo apresenta um senso de comunidade no quadro amplo e geral. Cada escola é agrupada em seu próprio pátio, e seguem uma estrutura de sala de aula tradicional. Possuem um restaurante comum e biblioteca.
A escola tem uma estrutura de madeira, que foi pensada tanto por ser ecológico quanto por ser um bom isolante térmico e acústico. O vidro também é um material utilizado, seja pela estética ou pela iluminação natural. A construção se integra bem ao meio, pois a cidade é repleta de vegetação, o que cria uma atmosfera agradável.
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Figura 22: Sala de exercícios | Figura 23: Pátio externo |
A simplicidade e o fato de que cada escola parecer seu próprio império no terreno sem perder a conectividade entre todos os edifícios e o seu entorno foram os motivos que nos chamaram a atenção para a construção. O elemento arquitetônico do edifício que foi utilizado com referencia direta foram os brises coloridos dispostos ao longo da edificação.
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Figura 24: Brises coloridos dispostos no pátio interno. Utilizados como bloqueadores de sol.
MEMORIAL JUSTIFICATIVO
PARÂMETROS PARA O PROJETO ARQUITETÔNICO ESCOLAR
1- Pedagogia adotada
A pedagogia de Loris Malaguzzi consiste num princípio de ensino em que não existem as disciplinas formais e que todas as atividades pedagógicas se desenvolvem por meio de projetos. Estes projetos, no entanto, não são antecipadamente planejados pelos professores, mas, surgem através das ideias dos próprios alunos, e são desenvolvidos por meio de diferentes linguagens. O ensinamento que sustenta todo esse princípio, é a Pedagogia da Escuta.
As escolas têm na arte a ferramenta para o pensamento. São escolas feitas de espaços, onde as mãos e mentes das crianças se entrelaçam em uma alegria criativa e libertadora, através de uma aprendizagem real. Os educadores promovem os processos de aprendizagem cooperativos e o trabalho em conjunto. O plano é inserido como um desafio e envolve conhecimento de exploração e discussão em grupo. Há um respeito muito grande pelas ideias das crianças nas suas variadas demonstrações, identificando esse trabalho na perspectiva de um pesquisador.
Como exemplo, a cozinha, que é um espaço geralmente negado às crianças, é aberta e inteiramente conectada com a proposta pedagógica. Para a equipe gestora, a proximidade dos alunos ali reforça a importância da relação com a família, já que é no ambiente que se constroem importantes laços, como o “comer junto”, e a vida familiar cotidiana. A cozinheira também atua como educadora e permite aos alunos que participem do preparo dos alimentos – na tarefa, eles não só conhecem os alimentos, como são convidados a experiências sensoriais e de degustação, ao descascar, cortar e provar os diferentes ingredientes.
Outro elemento bastante presente é o espelho, não só nas paredes, mas também no chão, por se apresentar como algo intrigante para a faixa etária, já que a criança enxerga a si própria, aos amigos, e também as particularidades do ambiente, estimulando a visão por diferentes perspectivas. Ainda na proposta de valorizar a experiência dos alunos, as salas que acolhem os projetos das crianças não são arrumadas para o dia seguinte. A ideia é que as crianças possam revisitar suas criações e mesmo dar continuidade às suas pesquisas, sendo este um fio condutor da aprendizagem.
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