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O SABER VER A ARQUITETURA

Por:   •  10/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  613 Palavras (3 Páginas)  •  626 Visualizações

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 SABER VER A ARQUITETURA
(CAP. 4) AS VÁRIAS IDADES DO ESPAÇO

Introdução:
        A arquitetura corresponde a exigências de natureza tão diferentes que descrever adequadamente o seu desenvolvimento significa entender a própria história da civilização, dos numerosos fatores que a compõem e que, com a predominância ora de um ora de outro, mas sempre com a presença de todos, geraram diferentes concepções espaciais. Com base nessa cultura, ou nesse gosto arquitetônico, produziram obras-primas, cuja excelência não é objeto de demonstração, e cujo conteúdo figurativo, por assim dizer, está presente como elemento da cultura ou do gosto.

Espaço Grego:

        O espaço arquitetônico grego é baseado pela escala humana. É incontestada por toda a história, devido a ignorância do espaço interior, tornando os templos gregos um exemplar típico de não-arquitetura, porém um exemplar deslumbrante se o observado como uma grande escultura.

        Podemos tomar como exemplo o Parthenon, construído em 432 a.C. para ser o foco principal da Acrópole e substituir uma antiga construção que foi queimada durante a invasão Persa. Foi dedicado à deusa Athena, a qual teve uma estátua feita de ouro e marfim posicionada no interior do templo como forma de adoração. O Parthenon como todos os templos da Grécia, são construídos para serem vistos de fora e os espectadores conseguiam apenas observar seu interior através das portas abertas, e por isso são considerados como não-arquitetura, por não terem a funcionalidade do interior.

[pic 1]

        Podemos encontrar algumas características do espaço Grego de 432 a.C., no modernismo atual. Como é o caso da Farnsworth House, construída em 1951 que possui uma estrutura como indicação de leveza e não de peso, assim como os templos da Grécia.

        Como no Parthenon, a impressão dominante é de equilíbrio. A luminosidade geral e o ajuste das proporções são responsáveis por essa impressão.  E embora os materiais sejam muito diferentes, a precisão da composição e o nível dos revestimentos utilizados foram igualmente escolhidos para transmitir uma sensação de luxo, tudo para que as construções pareçam mais leves. Junto com a atenção aos detalhes, bem como a compreensão de uma harmonia explicada matematicamente no mundo natural. Esses ideais são representados nas proporções perfeitas do edifício. A contraposição da máxima integração com a paisagem e a autodeterminação escultórica da Farnsworth junto com os pilares de metal da casa que não chegam a linha do telhado, insinuando uma ordem estética dos templos gregos.

[pic 2]

        Assim como a Farnsworth no modernismo, encontramos a Douglas House um pouco antes do pós-modernismo vigorar, projetada pelo arquiteto Richard Meier e construída em 1973. Uma casa que possui suas características muito semelhantes às da Farnsworth.

        A casa foi gentilmente construída um nível acima do lago Michigan, dando a sensação de estar flutuando no meio das árvores. Como o próprio arquiteto descreveu a casa, parece como se alguém a tivesse derrubada ali, acidentalmente. O diálogo dramático entre o branco da casa, e as cores azul e verde do céu, água e das árvores, permite que a casa não só afirme sua presença, mas para melhoras, pelo contraste, a beleza do seu ambiente natural.  Também trazendo a leveza e contraste que os Gregos buscaram para construir muitos de seus templos, e a Mies Van Der Rohe projetar a Farnsworth.

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