O Texto Defende o Conceito de Continuidade dos Calores Clássicos
Por: Beatriz Rucci • 4/4/2016 • Resenha • 381 Palavras (2 Páginas) • 368 Visualizações
O texto defende o conceito de continuidade dos valores clássicos dentro da arquitetura moderna, do qual o questionamento intrincado era de ruptura total. O autor analisa três pontos relativos à arquitetura que auxiliaram na explicação das relações entre o Clássico e o Moderno.
As noções que surgiram no clássico da representação, razão e história não foram questionadas pelo modernismo, então a base do pensamento clássico foi conservada. A arquitetura levou valores que se tornaram intemporal, significativo e verdadeiro para toda sua história. Apesar de clássico e moderno serem diferentes, possuem um sistema de relações semelhantes, portanto ao longo de todas as fases há uma continuidade do pensamento arquitetônico; mas o movimento moderno não tentou resgatar características clássicas, pois esses valores eram muito naturais à arquitetura. Para o autor, a arquitetura moderna não se esquivou da ideia de afirmação de um sistema pela afirmação da verdade (a razão) pela conquista de um significado (a função) e pela publicação de um resultado ao comprovar a realidade (a forma), então o moderno não teria praticado a imaterialização, mas apenas ilustrado.
A coluna e a viga, o capitel e a base, por exemplo, foram previstos como naturais à arquitetura, e então o renascimento tentou orientar a arquitetura a um retorno à herança verdadeira e natural, dotada de valor, tornando o renascimento uma simulação de edificações antigas, a mensagem do passado confirmava o significado do presente, enquanto que antes, nos estilos góticos ou românicos a verdade e o significado eram visíveis pois havia coerência entre linguagem e representação.
A linguagem e a representação perdem a harmonia quando no renascimento não se transmitia mais significado, mas apenas mensagem do passado. A verdade estava agora nos processos da historia, a arquitetura moderna propôs o rompimento da necessidade de representar uma outra arquitetura, e apenas incorporar sua própria função, mas essa proposta não conseguiu romper com a tradição figurativa, ela apenas opera no modernismo como uma substituição da ideia de linguagem natural para a ideia racional, que passa a ser a imagem representativa da realidade. Entao o racional tornou-se a base moral e estética da arquitetura moderna, a busca da naturalidade partindo do racional para conceber a forma, e a razão se tornou uma valor metafórico, tornando-se inacessível para a maioria, por isso aprendemos a linguagem que só o arquiteto entende.
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