O belo na arquitetura clássica
Por: Juliana Geraldo • 16/4/2021 • Resenha • 412 Palavras (2 Páginas) • 216 Visualizações
Os gregos deixaram de herança a beleza das construções cujas proporções seguiam padrões
matemáticos como o retângulo áureo e a sequencia de Fibonacci. Essas proporções se
destacam pela representatividade do infinito, e sendo os deuses considerados perfeitos e
possuindo vida infinita, logo se imaginou que “a matemática poderia ser um modo de se
chegar ao divino”.
A harmonia, o equilíbrio e a simetria são padrões utilizados para alcançar o belo. Ainda essas
definições são dotadas em seu ínfimo de proporções, que podem ser simétricas ou opostos,
como grande e pequeno, alto e baixo, assim sendo os opostos também configuram medidas
significativas na busca pelo belo.
A arte clássica demonstra uma certeza sobre a magnitude do universo e a pequenez humana
diante disso. A arte renascentista demonstrava através de suas proporções perspectivas e
formas geométricas puras, que tinham o controle da vida. O barroco expressa a liberdade de
criação artística, onde mostra o homem com seus conflitos e dúvidas. Na antiguidade, artes
que tinham mais liberdade e sentido conceitual não eram bem vistas por teóricos, entre eles
Vitrúvio.
Esculturas e representações artísticas sempre foram presentes a arquitetura, seja como
complemento a edificação, ou tendo complemento desta. A ornamentação não tinha apenas
princípios estéticos, mas sim, conferir caráter ao edifício. Essa prática também está inserida
como ferramenta de dominação e representação de poder, pratica qual superada com o tempo
restando apenas espaço para a contemplação do belo.
Vitrúvio descreve a arquitetura como um reflexo do belo natural, fazendo comparação aos
templos e construções com o corpo humano ou proporções presentes na natureza.
No renascimento, Francesco di Giorgio, inspirado por Vitrúvio escreveu um tratado onde
desenhou uma silhueta humana sobrepondo uma cornija. Seguindo essa linha de pensamento
Alberti aconselhava que em medidas de proporção, um corpo/espaço fosse escolhido e os
demais fossem gerados a partir desta escolha.
Na antiguidade clássica, principalmente no renascimento, haviam duas questões que
permeavam o campo de relação entre arte e natureza. O primeiro considerava a arte abaixo
da natureza, e a segunda que elevava a arte acima da natureza, como uma representação do
belo com as correções necessárias que não haviam no meio natural.
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