O capitalismo
Por: catarinacrios • 26/10/2016 • Trabalho acadêmico • 656 Palavras (3 Páginas) • 272 Visualizações
UNEF – Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana
Feira de Santana – Bahia
2016
O capitalismo é um modo de produção voltado ao acumulo de capital. Tendo como características essenciais, a propriedade privada, o lucro, divisão de classes e economia de mercado, o qual todos os elementos da economia se tornam mercadoria.
O capital veio antes do capitalismo, sendo o primeiro inserido no segundo devido ao desenvolvimento das forças produtivas e a necessidade de acúmulo de bens de consumo, muito bem apresentado no curta “A História das Coisas” de autoria da norte-americana Annie Leonard, que mostra o processo de produção que vai da extração da matéria-prima até as nossas mãos e posteriormente ao lixo ou incineradores. O curta nos mostra como destruímos o planeta devido ao ciclo vicioso criado pelo sistema o qual estamos inseridos. Com mão de obra desvalorizada e exposição diária a agentes tóxicos para a produção de produtos que são criados visando a substituição e não a duração para que assim, a sociedade consuma cada vez mais alimentado o sistema para que ele possa continuar desmatando, explorando e poluindo. Enquanto nós, cada vez menos insatisfeitos com o que temos.
A alienação presente no curta e característica importante do capitalismo, nos obriga a sempre “ter” mais, nos elevando socialmente se tiver mais e do melhor com ajuda da publicidade que ao invés de criar novos valores, reforça desejos e manipula valores já existentes, tornando-se também mercadoria do sistema e critério para a diferenciação social.
Todo esse processo é impulsionado pela globalização, a qual em sua fase atual se dá pelos avanços do meio técnico-cientifico-informacional que segundo o geógrafo Milton Santos, corresponde à evolução dos processos de produção e reprodução do meio geográfico.
O homem está sempre em constante mudança, utilizando o meio em que vivem e modificando o espaço com o aprimoramento das suas técnicas. Logo, há divisão das fases de transformação, indo do meio natural, passando pelo meio técnico e indo até o meio técnico-cientifico-informacional.
O meio natural pode ser caracterizado como a fase das sociedades não industrializadas, que eram dependentes do meio natural, tendo a natureza como força motriz da economia. Porém com alto desenvolvimento de técnicas que foram sendo aprimoradas chegando ao meio técnico com a Primeira e Segunda Revolução Industrial, transformando a sociedade que antes era braçal, agora em mecânica e criando majoritariamente, certo domínio sobre a natureza.
Com a expansão do conhecimento humano, chegamos na fase atual, o meio técnico-cientifico-informacional, marcado pelo fim da Terceira Revolução Industrial, com a tecnologia da informação, difundindo e globalizando técnicas, unindo-as à ciência.
Todas essas fases culminaram na desvalorização do homem, que tem a máquina como extensão do corpo ou até mesmo podendo ser substituídos por elas para manter acesa a chama do consumo exacerbado, definido por uma produção em série, “marionetizando” o trabalhador para que as demandas de consumo sejam atendidas em escalas de tempo cada vez menores.
Desmata-se, produz-se e descarta-se sem que haja planejamento do que será feito com todo esse lixo que é levado para lixões onde há pessoas em condições subumanas, sem obtenção de capital, fator este que as excluem da condição de cidadão, colocados abaixo dos porcos em uma escala de prioridades, como mostrado no curta “Ilha das Flores”, definindo-os como indigentes, já que não têm acesso às necessidades básicas e muito menos, o poder de troca necessário para pelo menos, mudar de posição social inviabilizada devido a esse sistema que lhes garante apenas o instinto natural de sobrevivência.
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