PARADIGMAS DO MODERNISMO PRESENTES NA OBRA: CASA DE CARMEN PORTINHO
Por: maarilucatelli • 31/8/2017 • Artigo • 643 Palavras (3 Páginas) • 663 Visualizações
Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz
Arquitetura e Urbanismo
Teoria da Arquitetura: Contemporânea
Docente: Sirlei Maria Oldoni
Discentes: Bruna Inês Zanini
Carla Alexandra Soares Mendes
Caroline Pitz Vieira
Izabela Zanon
Karine Mohler
Laura Santos Coelli
Mariana Lucatelli Giolo
Período: 8º Noturno
PARADIGMAS DO MODERNISMO PRESENTES NA OBRA: CASA DE CARMEN PORTINHO
O movimento em si já trazia os elementos em seu conceito, deixar de ser neutro, e igual, com a utilização de novas técnicas construtivas, trazendo as diferenças expressas em cada cultura específica. Sendo assim, uma das características principais do Modernismo Brasileiro foi a diversificação que o movimento apresentou, não sendo identificado apenas em obras de classe alta, mas também em áreas periféricas das cidades. Trazendo elementos mais ecléticos do que o Modernismo vindo da Europa e visto das áreas mais ricas das cidades.
A obra modernista analisada, Casa de Carmen Portinho, além de apresentar os elementos explícitos do Modernismo dos anos 50, apresenta características que foram consideradas inovações, feitas apenas por grandes nomes até o momento, como o telhado com calha central, com águas com inclinação para o meio da obra, técnica usada por Niemeyer na casa de seu pai, ou a Casa Burton Tremaine. Fazendo com que a Casa de Carmen se tornasse uma casa modelo, à disposição do público.
A concepção formal da obra, modernista, seguindo seu plano de necessidades, poderia ser apresentada através de outros tipos de estilos arquitetônicos, mas os elementos apresentados surgem em atos voluntários do Arquiteto e da Engenheira.
O texto cita a respeito da volumetria: é ressaltada pelas paredes cegas, uma arquitetura que tem em seu valor estético nas formas geométricas simples. É um belo e inteligente jogo de volumes sob a luz, de acordo com sua ascendência corbusieriana. Destaca-se da natureza pela geometria pura e brancura do revestimento de suas estruturas.
Internamente a decoração é sóbria, mínima, como parte da beleza enxuta. O autor cita também o plano envidraçado apenas ocupa o espaço vazado na forma trapezoidal.
Um pouco de cor – azul, rosa, o amarelo nos caixilhos, os tons de madeira no piso e no armário – animam o interior e contrariam a palidez externa da construção modernista.
A planta da casa parece um jogo de retângulos criteriosamente dimensionados e equilibradamente, acomodados numa forma simples. É próprio desses tempos um zoneamento por funções. Nessa obra é possível ver como as áreas sociais, íntima e de serviço se articulam de modo a manter a hierarquia na privacidade doméstica, sem comprometer a circulação interna e a solução formal, e sem interferir na integridade do espaço principal da casa com portas ou corredores indesejáveis. As peças da casa se encaixam inteligentemente em um traçado simplificado e obedecem a uma circulação estudada, que garante reserva e hierarquia aos diferentes ambientes da vida doméstica.
As esquadrias de madeira dos quartos atendem à demanda modernista de padronização. No entanto, a arquitetura modernista nunca abandonou a elaboração de detalhes preciosos e elementos pouco convencionais, ainda que isto representasse um ônus à obra.
Rampa, passarela, pilotis e formas geométricas engendram a dinâmica da arquitetura purista de Corbusier. Descartada a decoração, depurada a composição, a beleza doméstica se abstrai no jogo de volumes, nos desníveis, balanços, colunas, cheios e vazios, panos de vidro, planos de cor. As paredes ali se curvam e em como as aberturas perfuram estrategicamente para mostrar a transparência de um ambiente a outro e destes para o exterior.
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