PROJETO DE ARQUITETURA - CASA DE CAMPO
Por: rejisever • 10/1/2016 • Trabalho acadêmico • 953 Palavras (4 Páginas) • 572 Visualizações
[pic 1]
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
Teoria do Restauro
Legislação de Proteção e Intervenção em Bem Cultural Internacional
Rejiane Severino
Volta Redonda, 2012.
[pic 2]
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
Teorias da Restauração
Legislação de Proteção e Intervenção em Bem Cultural Internacional
Trabalho desenvolvido visando atender a professora de Técnicas Retrospectivas, Isabel Rocha, do Centro Universitário Geraldo Di Biase, sob a responsabilidade da aluna Rejiane Severino.
Volta Redonda, 2012.
Introdução
Patrimônio cultural é uma noção muito ampla, pode-se dizer que é tudo o que se relaciona com a cultura, com a história, a memória, a identidade das pessoas ou grupos de pessoas – coletividades de natureza diversa como grupos familiares, associações profissionais, grupos étnicos, nações –: são os lugares, as obras de arte, as edificações , as paisagens, as festas, as tradições, os modos de fazer, os sítios arqueológicos.
É tudo o que, para determinado conjunto social, interessa proteger por ser considerado como cultura própria, o que é base de sua identidade, o que o faz distinto de outros grupos, incluindo não somente monumentos e outros bens de caráter físico, mas a experiência vivida, que se condensa na linguagem, nos conhecimentos, nas tradições, nos modos de usar bens e espaços.
Conceito de Restauro de Brandi
“o momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na sua consistência física e na sua dúplice polaridade estética e histórica, com vistas à sua transmissão para o futuro” (p. 30), isto é, condiciona o ato de restauração à compreensão, experimentação da obra de arte enquanto tal, o que resulta na prevalência do estético sobre o histórico, na medida em que é exatamente a condição de artística o que diferencia a obra de arte de outros produtos da ação humana.
Do seu conceito de restauro, extrai dois axiomas:
1º Axioma: “restaura-se somente a matéria da obra de arte” (p. 31), que se refere aos limites da intervenção restauradora, levando em conta que a obra de arte, em seu significado, é um ato mental que se manifesta em imagem através da matéria e é sobre esta matéria – que se degrada - que se intervém e não sobre esse processo mental, no qual é impossível agir. Com as críticas às restaurações baseadas em suposições sobre o “estado original” da obra, condenadas a serem meras recriações fantasiosas, que deturpam a fruição da verdadeira obra de arte.
2º. Axioma: “A restauração deve visar ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde que isso seja possível sem cometer um falso artístico ou um falso histórico, e sem cancelar nenhum traço da passagem da obra de arte no tempo” (p. 33). Ainda que se busque com a restauração a unidade potencial da obra, não se deve com isso sacrificar a veracidade do monumento, seja através de uma falsificação artística, seja de uma falsificação histórica.
Exemplo: na França a pedra utilizada tem, em geral, reduzidas características de durabilidade; a escola de Viollet-le-Duc marcou a história da conservação nesse país e condiciona a prática e os gostos atuais; conseqüências: gosto pelo aspecto “novo”, traduzido em operações, substituição de elementos pétreos e por operações de limpeza radicais - opção clara pelas questões de autenticidade estética. Violletle-duc, por exemplo, removeria qualquer vestígio de pátina sobre as pedras, deixando-a com aparência de nova, recém colocada, ou até mesmo, substituiria a pedra patinada por uma pedra semelhante nova, apagando os vestígios de passado sobre a obra, e imprimindo-lhe novamente o seu estilo original.
...