Parque catinho do céu - Análise do projeto

O Parque Cantinho do Céu, entregue à população em 2011, projetado pelos arquitetos Marcos Boldarini e Melissa Matsunaga, do escritório Boldarini Arquitetura e Urbanismo, mudou as feições da antes degradada represa Billings, um dos reservatórios que abastecem a cidade de São Paulo.

O projeto substituiu barracos sem esgoto por casas, ruas pavimentadas e um parque linear de 7 km que corre à beira da Billings integrando a população com o meio ambiente através de equipamentos urbanos, como quadras esportivas, academias ao ar livre, mesas para piquenique, cinema e um deque flutuante que se estende ao longo do parque.

A intenção do projeto foi com que a comunidade ampliasse suas relações de sociabilidade e de contato com o lugar onde vivem, e funcionou, o que antes era um depósito de lixo e entulho entre as casas e a represa Billings passou a ser um parque, uma porta de entrada para a comunidade. Boldarini e Matsunaga inverteram a relação da comunidade com o lago e, ao fazer isso, melhoraram tanto à condição social da vila quanto a condição ambiental.

Resultando em um projeto com melhorias da infraestrutura como redes de água, esgotamento sanitário e coleta lixo regular, incentivando a população ao esporte, ao lazer, facilitando a locomoção e integração da comunidade com as benfeitorias e o meio ambiente através de equipamentos urbanos e a criação de hortas comunitárias.

Hoje o parque é utilizado não somente pelos moradores locais, mas por famílias de ocupações distantes que vem ao Cantinho do Céu desfrutar das atividades que o parque oferece.

O Parque Cantinho do Céu possibilitou que a comunidade, pudesse usufruir de um espaço público de tamanha riqueza de espaços não encontrado nas regiões mais caras e centrais da cidade. Com a realização deste projeto renasceu uma nova cidade nas margens da represa Billings que requalificou a região não só ambientalmente, mas também socialmente, sua implantação possibilitou não apenas a ampliação da qualidade de vida a uma área periférica, destituída de qualquer opção de lazer e entretenimento, mas também o resgate da autoestima de seus moradores.