Análise Crítica acerca da Função Cultural do Parque Ibirapuera
Por: Rodrigo Jose De Campos • 21/2/2019 • Trabalho acadêmico • 1.505 Palavras (7 Páginas) • 690 Visualizações
ANÁLISE CRÍTICA ACERCA DA FUNÇÃO CULTURAL DO PARQUE IBIRAPUERA.
CAMPOS, Rodrigo José.[1]
BOSCARIOLI, Kamila S.[2]
GOETZ, Iria Letícia.[3]
OLDONI, Sirlei [4]
RESUMO
O Trabalho tem como objetivo de aborda as importâncias que o Parque Ibirapuera trouxe para a sociedade, tendo em vista os privilégios que estão relacionados ao lazer da população. O parque foi escolhido pelas autoridades públicas para acolher três dos maiores empreendimentos artísticas de caráter monumentais realizados até o IV Centenário da cidade de São Paulo: o Monumento às Bandeiras, o Monumento e Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932 e as edificações da exposição comemorativa do aniversário da cidade, realizada em 1954.
PALAVRAS-CHAVE: Parques, Ibirapuera, São Paulo, Cultura, Niemeyer.
1. INTRODUÇÃO
Em seu IV centenário, no ano de 1954, a cidade de São Paulo (SP), fora presenteada com a inauguração do parque metropolitano Ibirapuera, que por sua vez era a concepção de um espaço verde, cultural e indenitário no meio urbano e representava um marco do desenvolvimento da metrópole paulista.
O espaço do Ibirapuera, desde então, abrange uma linguagem modernista; e suas funções, distintas do comum, resguardam símbolos que expressam e remontam à história da cidade e do estado de São Paulo, deve ser enfatizada a importância de todas as edificações presentes no conjunto deste parque, contudo, podem ser destacadas neste meio algumas obras que mais dialogam com a cultura e com a função cultural deste meio, como: Monumento às Bandeiras, o Monumento, Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932, e alguns dos pavilhões provisórios para a realização de importantes Feiras de exposições.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
São Paulo, devido sua localização e período de fundação que corresponde à época colonial, reúne pluralidade e riqueza cultural única. Contudo, referindo-se às suas transformações materiais e urbanas, permaneceu sendo uma vila até o século XIX, e cresceu, a princípio, em causa da política e do cultivo cafeeiro, em seguida, seu desenvolvimento se deu decisivamente na década de 30 pela industrialização da cidade. Configurou-se como uma cidade carente de significativas áreas verdes voltadas ao lazer ou à cultura. A ausência destes aspectos esteve em discussão desde meados de 1920, quando se iniciaram exaltações por parte de urbanistas diversos, acerca da necessidade de conceber estes espaços, verdes, culturais e identitários, no meio urbano. (BARONE; SAMPAIO, 2010; MARINS, 1999).
Todavia, é notável como foi longo o processo de formação deste parque urbano, qual precede em muitos anos à sua inauguração. Sendo relevante expor que o primeiro projeto para este parque pertence ao ano de 1929. (ANDRADE, 2004).
Somente em 1954, com o quarto centenário de São Paulo e a inauguração do parque Ibirapuera, fora atendida tal demanda. Enfim, São Paulo recebia um espaço destinado ao lazer e ao cultivo de cultura; equipado com um conjunto de obras desenhadas pelo modernista Oscar Niemeyer, sem dúvidas, tratava-se de um espaço permeado por um caráter simbólico e identitário, que havia estabelecido relevante diálogo entre a arquitetura, o paisagismo e a cultura local. (BARONE; SAMPAIO, 2010; MARINS, 1999).
Conforme Marins (1999), “concentraram-se ali os símbolos diretamente ligados à representação da identidade paulista” (como exemplos destes símbolos estão: o Monumento às Bandeiras, o Monumento e Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932, e as edificações em si), que refletem atos “necessariamente impactantes em anos de grandes transformações demográficas, sociais e culturais não só para a cidade, como para seu estado e para o próprio país”.
“Os três conjuntos monumentais permitem também perceber outras distinções, ligadas à concepção do que viria a ser o caráter específico dos paulistas diante dos brasileiros. [...] As obras de arte erguidas no Ibirapuera, inauguradas entre 1953 e 1955, mas concebidas em décadas diferentes, possibilitam perceber mutações arquiteturais e escultóricas que expressam essa múltipla consciência, ou ainda o caráter ideológico de círculos culturais articulados ao poder público no esforço por dotar a capital de símbolos que evidenciassem, ou unissem os muitos e múltiplos paulistas”. (MARINS, p.10, 1999).
A investigação e compreensão do conteúdo simbólico no conjunto monumental e arquitetônico presente no Parque do Ibirapuera, permite formular um panorama acerca da transformação dos discursos arquitetônicos e visuais propostos pelas elites e pelo poder público do estado de São Paulo, numa relação direta com as propostas de construção identitária relativas ao ser paulista. (MARINS, 1999).
2.1. USO DO IBIRAPUERA PARA VALIZAÇÃO DA CULTURA.
Segundo Barone (2007), nos diferentes planos apresentados para São Paulo, os parques apresentam diferenciadas funções, mas com o prevalecimento do Programa de Melhoramentos na década de 1950, áreas, tal como o Ibirapuera, tornam-se importantes meios de visar o lazer ativo da população e para a fomentação da cultura. Deste modo, o parque Ibirapuera, para o público de 1950, apresentava um programa de necessidades peculiar, oferecendo aos seus visitantes em seus pavilhões provisórios e fixos, a partir das comemorações do 4º centenário de São Paulo, exposições de arte de vanguardas, feiras de produtos industriais e, inclusive, congressos científicos em diversas áreas do conhecimento.
3. METODOLOGIA
Optou-se por estudar o problema a partir de um encaminhamento metodológico qualitativo. Isto, porque o método qualitativo (no caso do encaminhamento da pesquisa bibliográfica) demonstra-se como uma base de coleta de dados para o desenvolvimento do trabalho científico, exercendo influência sobre todas as etapas de uma pesquisa (TOZONI-REIS, 2009). Sendo, este, um método essencialmente descritivo que consiste em observação, levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas ao assunto da pesquisa, sem manipulação das informações obtidas. (JARDILINO, ROSSI, SANTOS, 2000). Parte das informações desta pesquisa bibliográfica será obtida por artigos consultados na base de dados Scielo e Google Acadêmico com buscas ordenadas por relevância. A partir da pesquisa torna-se possível, respectivamente, fazer um histórico sobre o tema selecionado, encontrar respostas aos problemas formulados, levantar contradições sobre o assunto e tema e evitar a repetição de trabalhos já realizados.
...