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Resenha Livro Construir e Habitar

Por:   •  20/3/2020  •  Resenha  •  637 Palavras (3 Páginas)  •  323 Visualizações

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IV. A Multidão

O texto nos traz duas ideias diferentes acerca dos sentimentos e atitudes das pessoas inseridas numa multidão. De um lado as pessoas que tomam de certa coragem, antes desconhecidas por elas mesmas, tomam pra si certas atitudes que nunca teriam, se não estivessem naquele meio, e com aquelas pessoas – pessoas essas que aglomeradas cometeriam crimes que jamais cometeriam sozinhas. (SENNER, 2018, p. 67)

De outro lado, o texto relata as pessoas que se sentiriam, e vivenciariam um sentimento de medo, acanhadas, e oprimidas diante de um número grande de pessoas.

O texto nos retrata diferentes autores que acreditam da diversidade de sentimentos e ações das pessoas diante da multidão. Haussmann e Olmsted buscavam diferentes formas de aumentar a intensidade urbana, já Simmel a temia, pois ele acreditava que o excesso de estímulos levaria as pessoas que transitam ali num estado de ansiedade e medo.

Para Simmel, os diferentes estímulos causados por uma metrópole cheia de pessoas – buzina de carro, um mendigo na calçada – causa no homem um mecanismo de proteção, não um de se afastar, mas um de se manter impassível, evitando o contato visual, absorve as impressões mas não se mostra vulnerável.

Para explicar melhor a teoria da opressão das multidões, o autor nos apresenta uma forma urbana mais específica: a calçada.

Para se medir o sentimento de opressão da multidão na calçada, se utiliza de duas formas. Uma delas é a densidade de passos, que conta o número de pessoas que passam por determinado lugar. Outra forma de se medir é a densidade séssil, que conta o número de pessoas confinadas em determinado lugar, ou que optam por permanecer pele parados por um determinado espaço de tempo.

No século XIX as ruas tinham função mista, tanto para a circulação de pedestres quanto de automóveis, porém continham maciças multidões poucas vezes no ano, ficando o resto do tempo vazias.

No urbanismo de Haussmann a calçada elevada foi um marco, que permitia que densas multidões de pedestres percorressem as ruas protegidas dos veículos. Anteriormente a este fato, o que acontecia é que a ocupava todo o espaço entre os prédios, apenas no urbanismo moderno que a calçada elevada se tornou uma característica em centros urbanos.

Uma rua com sensação de superlotação e que aglomere uma maior quantidade de pessoas tem mais a ver com o habitar, do que com o propriamente fazer. As pessoas preferem permanecer muito mais próximas umas das outras, do que se distanciar o máximo possível.

O autor nos relata formas e estratégias, que nós como urbanistas devemos seguir para realizar esse desejo humano. Exemplo: ...” proporcionar bancos e outras peças mobiliárias de rua em grupos, em vez de distribui-los de forma regular ao longo de uma rua ou um parque; bancos próximos a ponto de ônibus”. (SENNER, 2018, p. 73)

V. Moderno mas não livre – Max Weber não está satisfeito

Para Weber as cidades do século XIX não era realmente uma cidade, elas não passavam de um espelho de um Estado. A cidade não possuía uma vida própria, pois não controlavam o próprio destino. Em contrapartida, para Weber, uma cidade que realmente funcione seria dotada de alguns elementos, tais como: a fortificação, o mercado, um tribunal de justiça, estruturas associativas entre diferentes grupos e autonomia ou autogoverno com participação dos cidadãos – ou seja, uma cidade-Estado. (SENNER, 2018, p. 75)

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