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Resenha do Artigo O olho e a mão, o Desenho na Primeira Viagem de Le Corbusier-Joubert José Lancha

Por:   •  25/9/2023  •  Resenha  •  1.168 Palavras (5 Páginas)  •  92 Visualizações

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Resenha do Artigo

O olho e a mão, o desenho na primeira viagem de Le Corbusier-Joubert José Lancha

A presente resenha propõe analisar, de maneira descritiva e crítica, o artigo escrito por Joubert José Lancha, Arquiteto, Professor doutor do departamento de arquitetura e urbanismo da EESC-USP. O artigo em questão, intitulado "O Olho e a Mão: O Desenho na Primeira Viagem de Le Corbusier", explora a importância do desenho na carreira inicial do renomado arquiteto Le Corbusier durante sua primeira viagem ao sul da Europa, nesta viagem, ele apenas não só absorveu a riqueza cultura dos Países, como também desenvolveu uma profunda apreciação pelo poder do desenho como ferramenta de observação e representação na arquitetura.Este artigo fornece uma análise aprofundada da influência dessa viagem no desenvolvimento do estilo inovador de Le Corbusier e destaca o papel crucial do desenho como meio de expressão criativa.

No texto introdutório, o autor apresenta o importante papel das viagens na questão de estudo na formação profissional e cultural de Le Corbusier.Ao longo de suas viagens, produziu uma vasta quantidade de desenhos, croquis e anotações minuciosas que evidenciaram seu processo de evolução na compreensão da arquitetura. Ao comparar seus desenhos feitos durante suas visitas ao Campo dei Miracoli em Pisa em 1907 e 1911, é perceptível notar um processo de maturidade e aperfeiçoamento ao longo desses 4 anos. Essa evolução passa a refletir a forma que Corbusier passou a entender a arquitetura como um todo, em vez de se concentrar apenas em detalhes ornamentais. No ano de 1907, seus desenhos tinham como destaque a minuciosa captura das fachadas e ornamentos dos edifícios, com vários fragmentos observados com cuidado. Ele acreditava que essa abordagem detalhada poderia revelar a essência da obra. Já em 1911, após uma viagem ao Oriente, os desenhos passaram a ser mais rápidos, soltos e sintéticos, focando na relação entre os edifícios como um conjunto e nas interações de luz e sombra para transmitir a força dos edifícios, ou seja, passou para uma compreensão mais holística da arquitetura como um conjunto, moldando sua visão da arquitetura e do design. A percepção do autor a respeito da evolução perceptiva de Le Corbusier, como evidenciada em seu processo de registro avançado durante suas viagens de estudo, é um exemplo notável de como a exposição a diferentes contextos e experiências pode influenciar a visão de um arquiteto, além de que desenhar e realizar as anotações ser uma forma de aprender sobre a arquitetura e de inspirar para as próprias criações como foi o caso de Le Corbusier.

Já na segunda parte do artigo o autor comenta sobre a viagem de estudo de Keannert organizada para a Itália em 1907, que tinha como objetivo permitir que os alunos tivessem contato com as obras de arte e arquitetura bem como a cultura e a história do País, esta viagem era uma tradição pedagógica da escola de artes, onde outros alunos já haviam feito como o Léon Peerin, além do mestre de Jeanneret que já havia feito duas vezes e incentivava que os alunos fizessem o mesmo. Foi elaborado um roteiro bem detalhado e definido, parecido com o que L'Eplattenier havia feito há cerca de 3 anos atrás que tinha consigo um caderno onde registrava suas impressões e descoberta, Le Corbusier usou de referência este caderno para fazer o mesmo, além de utilizar outras referências para compreender melhor as cidades, as obras e seus autores. Sua primeira parada foi em Milão, onde ele visitou a catedral, descrevendo a mesma como”A Catedral é magnífica externamente, imponente e comovente internamente, sobretudo é enorme”.Percebe-se então que a catedral foi uma experiência emocionalmente para Le Corbusier, pois até aquele momento, ele tinha uma percepção muito limitada sobre a arquitetura, estava acostumado com algo mais modesto, é apresentado também a experiência da visita à Cartuxa de Pavia e a Cartuxa de Ema, que podem ter influenciado suas futuras ideias sobre a habitação e o design atualizados, segundo o autor Le Corbusier vê nas Cartuxa um alternativa, de haver um equilíbrio entre o coletivo e individual. Expressando sempre essa descoberta em seus futuros trabalhos, desenvolvendo a capacidade de observar e compreender os elementos. Abaixo estão os desenhos que ele desenvolveu da Cartuxa de Ema, a primeira um corte com

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