Resenha do Capítulo 12. O Ambiente da Revolução Industrial - BENEVOLO, Leonardo
Por: Fabosso • 11/9/2015 • Resenha • 769 Palavras (4 Páginas) • 4.267 Visualizações
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Édson Moreira Fabosso
Resenha 1: BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade –
Capítulo 12. O Ambiente da Revolução Industrial
São José dos Campos – São Paulo
2015
- Introdução
A Resenha 1 trata da discussão realizada nas aulas de Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo (Urbanismo IV) – THAU-IV, ministradas pela Profa. Arq. Agnes Uehara, na qual o principal tema abordado foi o texto do Capítulo 12, do livro História da Cidade, de Leonardo Benevolo, intitulado “O Ambiente da Revolução Industrial”.
- Desenvolvimento
Após a metade do século XVIII a Revolução Industrial muda o curso dos acontecimentos históricos na Inglaterra e, mais tarde, também no resto do mundo.
As principais consequências sobre o ambiente construído, os principais fatos que influenciaram a ordem das cidades e dos territórios foram:
- O aumento da população devido à diminuição do índice de mortalidade; a expectativa média de vida passa de cerca de 35 anos para 50 ou mais, a estrutura da população é modificada em decorrência da queda da mortalidade e do aumento do número de jovens.
- O aumento dos bens e dos serviços produzido pela agricultura, pela indústria e pelas atividades terciárias, em decorrência do progresso tecnológico, do desenvolvimento econômico e, principalmente, pelo aumento do número de habitantes que exigem bens e serviços disponíveis em quantidade e qualidade superior, que fazem aumentar a qualidade de vida e que, por sua vez, permitem um aumento da população.
- A redistribuição dos habitantes no território em consequência do aumento demográfico e das transformações da produção, a migração dos camponeses para cidades onde as indústrias tendem a se desenvolver, fazendo com que essas cidades cresçam mais rapidamente do que o restante do país.
- O desenvolvimento dos meios de comunicação como as estradas, os canais navegáveis, as ferrovias e os navios a vapor, que permitiram uma mobilidade incomparavelmente maior.
- A rapidez e o caráter aberto destas transformações, que se deram em poucas décadas e que deixam abertos caminhos para outras transformações cada vez mais profundas e mais rápidas.
- As tendências do pensamento político e a consequente desvalorização das formas tradicionais de controle público do ambiente construído, ao mesmo tempo em que se recusa a aceitar que as dificuldades impostas pelo ambiente são fatos inevitáveis.
Em consequência a este desenvolvimento, as desvantagens na ordem física se tornam muito claras na primeira metade do século XIX: os defeitos da cidade industrial se tornam numerosos e incomuns para que possam ser eliminados completamente.
O núcleo das cidades, cuja estrutura havia sido formada na Idade Média ou Moderna não pode mais tornar-se o centro de um aglomeramento humano: as ruas são estreitas e não suportam o aumento do trânsito, as casas são demasiadamente pequenas e compactas para hospedar uma população mais densa. Assim, as classes mais ricas abandonam o centro e se mudam para a periferia. As antigas casas se tornam cortiços onde os pobres e recém-chegados se amontoam. As zonas verdes são ocupadas por novas construções.
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