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Resenha do Livro: Cidades - Jardins de amanhã

Por:   •  30/1/2018  •  Resenha  •  813 Palavras (4 Páginas)  •  397 Visualizações

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CIDADES-JARDINS DE AMANHÃ

HOWARD, Ebenezer. Cidades-Jardins de Amanhã. São Paulo: SP, 2002.

Gean Medeiros Pinheiro de Souza¹

O livro cidades-jardins de amanhã, 2ª edição de Ebenezer Howard, editado pela editora Hucitec Annablume e lançado em 2002, é organizado em vários tópicos que aqui serão sintetizados de maneira superficial com a finalidade de conhecermos a ideia geral que o autor pretende transmitir aos seus leitores, a ideia central do livro se resulta na preocupação por uma luta que aspirava nada menos que à abolição dos males da Revolução Industrial.  Howard aborda nos primeiros minutos de leitura de sua obra, sobre o surgimento das inovações da revolução industrial no início do século XVIII na Inglaterra e formaliza duras críticas a essa fase que ali vinha nascendo. Segundo ele essa inovação passaria a criar uma nova agricultura e assim modernizar o campo rural, por outra visão, para Howard, essa revolução aumentaria a massa de desempregados rumo às grandes cidades, onde a indústria fora instalada com mais força.  Segundo o autor em meados do século XVII com o fim do absolutismo vinha nascendo o regime mercantilista, bem como as primeiras ideias do liberalismo político e isso são fatores que cominaram no crescimento da burguesia inglesa e assim, nasciam os belos bairros ornados com praças e jardins particulares da nobreza. Dentre esses bairros cita ele Bloomsbury e Regent Park. Por outro lado a partir do século XIX, a revolução deixava marcas profundas nas cidades europeias com o aumento da população, da poluição do ar e dos cursos d’água, problemas com higiene e deterioração das cidades. Segundo o autor, as habitações operárias situavam-se em vielas estreitas, sem iluminação e ventilação e sistema de higiene precário. Todos esses elementos somados com o baixo salário cominavam para uma cidade vista por muitos daquela época como irremediável.

A partir do século XIX surgem as primeiras ideias para encontrar melhorias para o operário inglês com Robert Owen que promove uma reforma trabalhista em suas empresas visando o bem do operário, aumentando salário e reduzindo a carga horária de trabalho, ideias que foram submetidas com êxito, pois segundo Owen, a disputa da máquina com o homem resulta em miséria, porém a subordinação da máquina pelo homem seria a única solução. Partindo de Owen, nasce a proposta da cidade da harmonia e cooperação, ligada à indústria e a produção agrícola e toda permeada pela natureza. Trata-se de uma comunidade autossuficiente na qual o excedente produzido pelo trabalho da comunidade, após satisfeitas todas suas necessidades básicas, poderia ser livremente negociado. Essa nova maneira de enxergar a organização da sociedade, coloca Owen com um dos pioneiros do socialismo no mundo.

Muitos foram os conflitos que ocorriam na Europa durante o período Industrial, pois naquele momento se posicionava o crescimento econômico indomável e tinha-se a preocupação na busca por ideais que buscassem o equilíbrio entre esse crescimento econômico e os programas sociais integrados ao desenho da paisagem.

Nesse cenário conturbado, surge então os ideais de Ebenezer Howard que propõe a criação de cidades jardins na Inglaterra, baseadas em um apanhado de conceitos vindos de filósofos, sociólogos e urbanistas de sua época.

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