TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

TEORIA DO RESTAURO – TÉCNICAS RETROSPECTIVAS

Por:   •  27/10/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.750 Palavras (11 Páginas)  •  470 Visualizações

Página 1 de 11

TEORIA DO RESTAURO – TECNICAS TETROSPECTIVAS                        

AULA 1

  • Identidade Cultural – está relacionado a: amigos, sonhos, família, personalidade/experiência, território, formação, grupos, mídia, religião;
  • Cultura pelo censo é inalcançável como show, teatro, artes = status (restritivo);
  • Superior para entender a cultura elevada (associada a dinheiro);
  • Elitista – decide quem/ o que é cultura;
  • Grupo pequeno decide para o geral;
  • Antropocultura – Desmistificar esse conceito – homem aprende qualquer coisa desde que ensinado, não há limite para compreender a cultura;
  • O homem precisa de regras para sobreviver em sociedade;
  • Identidade Cultural – É formada pelo mundo externo e escolhas (individuais);
  • Cultura é o que está se repetindo, vai ficando regular, tradição (algo que já existia) – algo que já tem uma história;
  • Exemplo: Casamento – uma tradição, mostra que a pessoa “faz parte da sociedade” – é cultura, mas não precisa ser patrimônio;
  • Patrimônio – É uma escolha da cultura que se deve ficar – para o senso comum;
  • Pelo governo – arquitetura culinária, história, religião (católica), órgãos antigos do governo (prédio) - riqueza formal, valor do antigo;
  • Ficou muito ligado ao artístico (prédios e obras) feito por arquitetos;
  • Carta de Veneza – Construções arquitetônicas + sitio urbano e rural que teve uma civilização particular;
  • Não é mais somente grandes construções;
  • Aceita também as pequenas que testemunham a cultura;
  • Constituição Federal – Bens de natureza material e imaterial – referência à identidade, ação, memória de diferentes grupos;
  • Patrimônio Imaterial (2000) – Manifestações culturais (festas)
  • Registrado, não é tombado pois não é fixo
  • Pode perder o título

AULA 2

  • Arco de Tito (reconstruído)
  • Séc. XVIII (Valadier);
  • Reconstruído apenas em sua volumetria;
  • Elementos simples – não existiam tantos recursos na época;
  • Restauração considerada moderna;
  • No ambiente romano, o mármore branco pode ser integrado com travertino ou calcário, em afinações já experimentadas com sucesso;
  • Séc. XIX
  • Avanço Técnico + Máquinas + Produção + Desempregos;
  • Arquitetura: Ferrovia, rodovia, fábricas, habitação;
  • Racionalidade e simplificação: Cortiços, caos social, sem saneamento;
  • Londres e Paris com epidemias de cólera
  • Movimentos Sociais (Séc. XIX)
  • Política repressiva do governo – com uso de política e exercito;
  • Revolta dos operários – reivindicar seus direitos;
  • 1819, Manchester – Batalha de Peterloo;
  • 60 mil: 11 mortes e centenas de feridos
  • 1848 – Revolução na França
  • Mutilações em museus, patrimônios ligados a monarquia;
  • Sentimento nacionalista pós revolução – edifícios medievais destruídos x valorização da arquitetura medieval;
  • Devastações e saques de obras de arte – “vandalismo” no intuito de destruir e apagar os símbolos das antigas classes dominantes, nobreza e clero;
  • O nacionalismo exalta os valores dos monumentos nacionais como símbolo de identidade;
  • Urbanística Neoconservadora: A Paris de Haussman (1853-1869)
  • Barão Georges Eugina Haussman (1803-1891);
  • Uma cidade que já ultrapassou 1 milhão de habitantes;
  • Plano regulador para uma cidade moderna com o objetivo de assegurar a ordem pública e de conquistar o povo por meio de imponentes obras;
  • Abre 95 km de ruas no centro, suprime 49, recortando o núcleo medieval;
  • Abre 70 Km a periferia, suprime 5, sobrepõe a malha antiga, cria mais;
  • Isola os monumentos mais importantes e adota-os como ponto de fuga para novas perspectivas viárias nas bulevares retilíneos;
  • 1º Grande Obra Moderna de Paris;
  • Paris Antiga: ruas estreitas, tortuosas e becos
  • Sinônimo de Insalubridade
  • Exercito Militar Francês perdeu muitos homens
  • Demolição da Cidade Medieval
  • Controle das barricadas populares - construção de bulevares retilíneas;
  • Novas exigências higiênicas;
  • Ruas estreitas não comportam o transito;
  • A concentração das funções e interesses na capital/ especulação e novas edificações;
  • A reforma veio como um controle social;
  • A cidade medieval some, os pobres vão para a periferia, o centro fica para os ricos;
  • Paris se torna a primeira cidade moderna do mundo;

AULA 3

  • Teorias e Práticas de Preservação e Restauro
  • Surgiu:
  • Reações às destruições e transformações;
  • A partir do medo da perda: da memória, dos testemunhos da história;
  • Alterar a relação das variadas culturas com seu próprio passado;
  • Identificação dos edifícios como representantes da identidade da sociedade/ particulares de um povo
  • O que levou:
  • Nova maneira de encarar o legado cultural nos movimentos para a preservação e restauração de monumentos;
  • Ao "uso dos bens culturais como forma de afirmar e nacionalidade";
  • Desenvolvimento da noção do restauro como na política e cultural das instituições dominantes: o Estado e a Igreja;
  • Formação especialista + estudos + criação de métodos, técnicas e teorias de restauração;
  • Primeiros teóricos da conservação John Ruskin (1819-1900) e Eugine Emmanuel Ciollet-Le-Duc (1814-1879);
  • Ludovic Vitet (1802-1873)
  • Inspetor Geral dos Monumentos Históricos de 1830 a 1852;
  • Elaboração de inventário dos monumentos franceses, adoção de medidas preservação, padronizar as intervenções;
  • Dava prioridade aos aspectos documentais - priorizava a "não inovação" e intervenções mínimas, baseados em sólido conhecimento;
  • Era contra os embelezamentos e correções desnecessários;
  • "O primeiro mérito de uma restauração é o de pessoas despercebida"
  • Sainte-Chapelle, 1936
  • Arquitetos Restauradores: Feliz Ruban, Jean Baptiste Lassus, Viollet-le-Duc (estagiário);
  • Fidelidade nos documentos, nos indícios existentes;
  • Metodologia científica - preocupação em metodologia/ registrar tudo que se faz
  • Viollet-le-Duc
  • 1. Restauração Estilística - até hoje adotada
  • Estudioso, teórico, arquitetos, historiador, escritos, desenhista - formação multidiciplinar;
  • Conhecia profundamente a arquitetura medieval/ gótica;
  • Realizava e defendia o estudo aprofundado do monumento;

AULA 4

  • 1849 - Instrução técnica (Le Duc + Marimas) sobre restauração
  • O modo de fazer levantamento, analises, verificar causas de degradação, como talhar, fazer rejuntes, técnicas medievais;
  • 1853 - Inspetor Geral dos Edifícios Diocesanos
  • Serviço dos cultos - avaliação de projetos de restauração das igrejas;
  • 1863 a 1872 - Entretiens sur l'Architecture e Dictionaire Raisomé de Ll'Archiecture Française du XI au XVI scele (1854-1868)
  • Princípios racionais de construção: forma + estrutura + função
  • Sistema Lógico perfeito - concepção idealizado
  • Conhecimento sobre arquitetura medieval/gótico: ilustrações
  • Verbetes: Formulações teóricas de suas experiências práticas
  • Notre Dame de Paris, 1843-1864
  • Le Duc + Lassus
  • Queria construir torre, mas a população não deixou
  • Teoria da Restauração - Restauração Estilística
  • Restauração: Restaurar um edifício não é mantê-lo, restaura-lo, é restabelecê-lo existido nunca em um dado momento;
  • Intuito não é recuperar e sim melhorar o mesmo, criando algo que nunca existiu;
  • Teoria e Método
  1. Conhecer profundamente o sistema
  2. Estabelecer um modelo ideal
  3. Aplicar o esquema idealizado
  • Reconstituições hipotéticas do estado original com "correções" de projeto - uma reformulação ideal de um dado projeto;
  • Admitir acréscimos e modificações a fim de prolongar a vida do edifício;
  • Alterava partes originais que considerava "defeituosas";
  • Não respeitou as marcas do tempo;
  • Buscava por uma pureza estilística;
  • Violet-le-Duc
  • Almejava atingir estado completo idealizado do edifício, com o objetivo de alcançar a unidade de estilo, não importando se, para tanto,  tivessem que ser sacrificados algumas fases da passagem da obra no decorrer do tempo e feitas substituições maciças;
  • O estado perfeito da conservação é o estado original, o uso e o desgaste o deformam;
  • Obra: Castelo de Pierrefondes XIV
  • Única obra que Le Duc completou;
  • Estilo medieval;
  • Encontrado em ruínas/ sem projeto/ sem referencias
  •  Intervenção de criação
  • Criticas = "Vilão"
  • Forma incisiva/ invasiva de atuar sobre o monumento de forma abusiva - intervencionista;
  • Criticas a sua postura de pouco considerar os materiais, a concepção original e as mudanças por que passou a construção - desrespeito;
  • As marcas do tempo e valores simbólicos: busca pelo estado completo ideal - falseamento histórico;

AULA 5

Alois Reigl: A atribuição de valor aos monumentos

  • Alois Riegl
  • Historiador da arte
  • Designado em 1902, presidente da comissão de monumentos históricos da Áustria;
  • Contribuição de Rigel
  • Diferentes tipos de valor atribuídos aos monumentos;
  • Distintas formas de percepção e recepção dos monumentos históricos, em cada momento e contexto específicos;
  • Impor ao sujeito da preservação a necessidade de fazer escolhas, as quais devem ser, necessariamente, baseadas num juízo crítico;
  • Atribuição de valor é um ato de cultura
  • "O culto moderno dos monumentos'' - 1903
  • Um conjunto de reflexão destinadas a fundar uma prática, a motivar as tomadas de decisão, a sustentar uma política;

  1. Valores atribuídos nos monumentos e sua evolução histórica
  2. Valores de rememoração
  3. Valores de contemporaneidade

  • Monumento Intencional: É a obra criada pela mão do homem com o intuito preciso de conservar para sempre - presente e viva na consciência das gerações futuras - a lembrança de uma ação ou destino
  • Monumento não intencional ou "monumento histórico e artístico": Não é sua destinação original que confere a essas obras a significação de monumentos, somos nós, sujeitos modernos, que à atribuímos
  • Foi escolhido, valor para a historia: conhecimentos, social, econômico, política, tecnologia, arte
  • Construção intelectual, tem valor abstrato
  • Na relação com a arte, solicita a sensibilidade estética
  • Atribuição: criação da sociedade moderna, um evento histórico localizado no tempo e no espaço;
  • Valores de Rememoração
  1. Valor de "Antiguidade": todas as criações do homem, independente de sua significação ou de sua destinação original;
  • Revela-se ao primeiro contato, de imediato;
  • Surgia do contraste, da percepção do "não moderno";
  • Traços de decomposição impostas à obra pelas forças da natureza, alterando sua forma e ao fazer aflorar no espectador a sensação do tempo transcorrido, do ciclo de criação e destruição, que se apresenta como lei inexorável da existência;
  • Presenciar a degradação, o dano;
  • Medidas de contenção;
  1. Valor "Histórico": momento particular, mas cuja escolha é determinada por nossas preferências subjetivas;
  • Tudo aquilo que foi, e não é mais hoje em dia;
  • Aquilo que foi não poderá jamais ser reproduzido, e que tudo aquilo foi constitui um elo insubstituível e intransferível de uma cadeia de desenvolvimento;
  • Ideia de evolução e documento histórico;  
  1. Valor de "Rememoração Intencional": obras destinadas, pela vontade de seus criadores, a comemorar um momento preciso ou um evento complexo do passado
  • Busca de um eterno presente e exige do monumento "nada menos que a imortalidade, o eterno presente, a perenidade do estado original";
  • Valores de Contemporaneidade
  1. Valor de Uso: necessidade materiais do homem, estilização prática;
  • Cine Belas Artes (preservar o uso)
  • Capacidade de sensibilizar o homem moderno na sua concepção, forma, cor
  1. Valor de Arte: atende às necessidade do espírito
  • Relativo (Arte): capacidade de sensibilizar o homem moderno na sua concepção, forma, cor. "valor artístico relativo", o que é considerado belo hoje - relativo ao momento;
  • Valor de Novidade: a cara de novo, medidas de refazimento e manutenção constantes, aparência nova, acabada, integra. Valor artístico do público em geral: superioridade do novo sobre o velho.
  • Valor contemporâneo/ vontade artística de cada época;
  • "A definição do conceito de "valor de arte" deverá variar segundo o ponto de vista que cada um adote"
  • Valorização de toda e qualquer manifestação artística
  • Princípio de Riege: não há solução única ou verdade absoluta, o que há são várias soluções alternativas, de uma pertinência relativa
  • Joshn Ruskin
  •  Arquitetura = documento histórico
  • "Podemos viver sem ela, e adorar sem ela, mas não podemos recordar sem ela"
  • Postura anti intervencionista

Viollet-le-Duc

Ruskin

Restauro Estilístico

Restauro Romântico ou Pura Conservação

Racional

Emocional

Intervencionista

Anti Intervencionista/ Conservacionista

"Restaurar um edifício é restituí-lo a um estado que pode nunca ter existido no momento"

"A mais completa destruição que um edifício pode sofrer, uma mentira absoluta. Restaurar é impossível, é como ressuscitar um momento"

Passado morto

Passado vivo, sagrado, memória definitiva

Restaurações historicizantes

Defende a manutenção constante, preservar marcas do tempo pois fazem parte da historia, respeito pelo edifício no estado em que se encontra, autenticidade

...

Baixar como (para membros premium)  txt (17.4 Kb)   pdf (268.6 Kb)   docx (24.6 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com