RESENHA CRÍTICA TEORIA DO RESTAURO - CESARE BRANDI A CARTA DE VENEZA
Por: Evelyn Janke • 1/6/2020 • Resenha • 596 Palavras (3 Páginas) • 786 Visualizações
RESENHA CRÍTICA COMPARATIVA CESARE BRANDI CONCEITO DE RESTAURO CONTRAPOSTO A ANÁLISE DA CARTA DE VENEZA
No primeiro capítulo Cesare Brandi começa abordando o conceito de restauração, como recuperar a funcionalidade dos produtos, explicando o aspecto da restauração de produtos industriais e de obras de arte. Nota-se que se destaca as coisas que se referem a imagem, um olhar artístico, a estética pode ser restaurada mas a função não, mas ao mesmo tempo não deixando de lado o contexto histórico. Então tudo começa sem mudar o histórico da obra de arte e depois reatar a potencialidade da obra, trabalhando com a longa duração de vida que essa obra possui, sem apagar marcar causadas pelo passar dos anos.
A obra de arte possui duas historicidades, quando é criada em um certo tempo e lugar, e a outra é o tempo e lugar que se encontra no presente. Quando isso acontece são ali encontrados sinais do seu passado, marcando assim sua passagem. Na carta de Veneza o autor comenta que deve abordar um acontecimento histórico ou uma restauração, sempre protegendo a obra de arte e sua história.
Então nada mais é que reconhecer a obra, reconhecer sua consistência com um olhar estético e histórico, analisar todo o contexto da obra e restaurar sem cometer falso artístico e sim somente a matéria da obra, sempre respeitando sua originalidade, mantendo sua realidade e quando for necessário intervir, trabalhar de forma visível. Sempre levar em consideração as duas instâncias, sendo elas estética e histórica.
No segundo capítulo
Há uma grande relação entre a estrutura e os aspectos de uma obra de arte, que caracterizam a matéria de uma obra de arte, então na hora da restauração sempre levar em consideração essa reprodução, que esta no objeto de intervenção, e priorizar o aspecto da obra de arte, não deixando que a estrutura alterada predomine, quando isso acorre temos um falso histórico e estético, sempre se baseia em respeitar sua originalidade, para não ter uma perda no tempo, e uma modificação do lugar e origem, e quando isso acontecer deverá ter justificativa que seria somente por fundamento de uma conservação.
Quanto a Carta de Veneza que foi aprovada em 1964, onde tem como principal objetivo consolidar o patrimônio através de sua história, na hora de conservar e restaurar. Para a conservação são necessárias manutenções, de forma que não modifique a evolução do uso. Então monumentos, pinturas, esculturas não podem ser mudados de lugar, a não ser que assegure a conservação dessas obras. A restauração deve acontecer depois que for feito um estudo técnico e histórico, conservando e revelando os valores estéticos e históricos da obra, sempre respeitando sua originalidade e autenticidade, assim como ocorre no conceito de Cesare. A carta possui uma grande importância nos dias de hoje, possui temas relevantes significativos para situações atuais, podendo se apropriar de técnicas na hora da prática na conservação e restauração de bens culturais.
Conclui-se que as duas teorias enfatizam que tanto o valor histórico quanto o valor artístico são importantes para conservar a autenticidade material das obras mantendo sua
potencialidade e essência, sempre respeitar a condição histórica do monumento, prezando seu valor artístico. Os monumentos sempre
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