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Tcc arquitetura

Por:   •  10/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.947 Palavras (20 Páginas)  •  674 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Quando uma cidade proporciona mobilidade à população, oferece as condições necessárias para o deslocamento das pessoas. Em outras palavras, ter mobilidade é conseguir se locomover com facilidade de casa para o trabalho, do trabalho para o lazer e para qualquer outro lugar onde o cidadão tenha vontade ou necessidade de estar, independentemente do tipo de veículo utilizado.

Ter mobilidade urbana é pegar o ônibus com a garantia de que se chegará ao local e nos horários desejados. É ter alternativas para deixar o carro na garagem e ir ao trabalho a pé, de bicicleta ou com o transporte coletivo. É dispor de ciclovias e também de calçadas que garantam acessibilidade aos deficientes físicos e visuais. E, até mesmo, utilizar o automóvel particular quando lhe convier e não ficar preso nos engarrafamentos. (BADDINI, 2011).

Neste aspecto, as pessoas e os automóveis em geral devem ser favorecidos com circulações adequadas a cada um dos meios de locomoção. O terminal intermodal engloba todos estes aspectos, é um local onde pessoas e veículos necessitam transitar com o máximo de conforto, segurança e eficiência, estimulando assim, continuamente, sua utilização para a locomoção coletiva, fortalecendo o desenvolvimento econômico e social da população.

1. 1. DELIMITAÇÕES DO TEMA

Este trabalho delimita-se à proposta da reestruturação e modernização das estações rodoviárias Municipal/Intermunicipal Nicolau Delic e a Estação São Caetano da CPTM, o projeto arquitetônico do Terminal Intermodal Boulevard São Caetano consiste na junção dos três terminais resultando em um empreendimento que facilite o traslado de passageiros entre os diferentes meios de transporte. Para que o projeto não cause um impacto agressivo no entorno, inspirado no High Line de Nova Iorque, a proposta prevê a construção de um parque linear sobre as estações, a fim de aperfeiçoar o espaço urbano público e ao mesmo tempo servir de ampliação do espaço de atuação do projeto Estação Jovem que funciona atualmente sobre o edifício do Terminal Intermunicipal. O projeto irá beneficiar, principalmente, a população de São Caetano, em especial os que moram ou trabalham no centro da cidade, que terão um parque em meio aos edifícios.

1. 2. JUSTIFICATIVA

A função de uma Estação Intermodal se resume em atender as necessidades dos usuários que estão se deslocando entre cidades e contemplar uma adequada estrutura física de prestação de serviços. Além de oferecer mais qualidade de vida à população da área central, a proposta visa melhorar o acesso de pedestres às plataformas de embarque através de passagens subterrâneas diminuindo o risco de acidentes e atropelamentos. A proposta é que haja uma grande contribuição para a população que utiliza o transporte coletivo com a elaboração de um projeto arquitetônico e um plano urbanístico voltado a atender a mobilidade urbana, respeitando a vizinhança, os seus usuários e a paisagem urbana.

1. 3. OBJETIVOS

Desenvolver um projeto que seja sustentável;

Propor ambientes adequados às necessidades dos usuários e funcionários;

Promover acessibilidade a todos os usuários do espaço e entorno;

Desenvolver um projeto urbanístico que garanta um fluxo eficiente para os

diferentes meios de locomoção;

Desenvolver um projeto que centralize vários serviços, que atenda as necessidades dos usuários;

Desenvolver um projeto arquitetônico e urbanístico focado na mobilidade urbana; contribuindo para com o traçado urbano, sistema viário e planejamento ciclo viário.

2. CONCEITO DE PLANEJAMENTO URBANO

O Planejamento Urbano tanto como disciplina acadêmica, quanto método de atuação no ambiente urbano, lida basicamente com os processos de produção, estruturação e apropriação do espaço urbano e tem a finalidade de prever os possíveis impactos, positivos e negativos, causados por um plano de desenvolvimento urbano.

Os planejadores urbanos trabalham geralmente para a municipalidade local, buscando melhorias na qualidade de vida das comunidades. Uma comunidade é vista por um planejador urbano como um sistema, em que todas as suas partes dependem umas das outras. Historicamente o Planejamento Urbano trabalha com o desenho urbano e o projeto das cidades, agindo diretamente no ordenamento físico das mesmas.

O Planejamento urbano é um fenômeno urbano visto como algo dinâmico, a cidade passa a ser vista como o produto de um determinado contexto histórico, e não mais como um modelo ideal a ser concebido pelos urbanistas. Isso leva à busca de solução dos problemas práticos, concretos, buscando estabelecer mecanismos de controle dos processos urbanos ao longo do tempo. A cidade real passa a ser o foco, ao invés da cidade ideal. Dentro dessa concepção, o planejamento pode ser definido como um conjunto de ações consideradas mais adequadas para conduzir a situação atual na direção dos objetivos desejados. (KOHLSDORF, 1985)

Essa visão contrapõe com a concepção mais tradicional, onde o urbanista deveria “projetar” a cidade. Mas essa mudança somente se consolidou com o advento do planejamento sistêmico , onde a cidade é um sistema composto por partes (atividades humanas e os espaços que as suportam) intimamente conectadas (vias de circulação). Para intervir nesse sistema além do enfoque espacial dos arquitetos, dominante até então, se faz necessário reconhecer o caráter dinâmico e sistêmico das cidades através da colaboração de sociólogos, historiadores, administradores, economistas, juristas, geógrafos, psicólogos etc. Neste sentido, algumas etapas que devem ser seguidas durante o processo de planejamento, por exemplo: avaliação preliminar do sistema identificando potencialidades e deficiências; formulação dos objetivos; descrição e simulação do sistema; definição de alternativas; avaliação das alternativas; seleção das alternativas e implementação.

Contudo, é fundamental para todos estes estudos que urbanistas e gestores obtenham uma visão geral, completa do meio urbano, através do desenvolvimento de trabalhos em equipes multidisciplinares, assim como a participação da sociedade.

2. 1. PAISAGEM URBANA COMO SUPORTE SOCIAL

Todos os espaços construídos, não confinados entre parede e um teto, podem ser denominados,

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